quarta-feira, julho 31, 2002

Sem lembrança

31 de julho, madrugada de terça para quarta-feira

Não consegui lembrar os sonhos dessa noite. Para compensar aí vão três poemas de Fernando Pessoa.

Durmo, cheio de nada, e amanhã

Durmo, cheio de nada, e amanhã
é, em meu coração,
Qualquer coisa sem ser, pública e vã
Dada a um público vão.
O sono! este mistério entre dois dias
Que traz ao que não dorme
À terra que de aqui visões nuas, vazias,
Num outro mundo enorme.

O sono! que cansaço me vem dar
O que não mais me traz
Que uma onda lenta, sempre a ressacar,
Sobre o que a vida faz ?!

Durmo. Se sonho, ao despertar não sei

Durmo. Se sonho, ao despertar não sei
Que coisas eu sonhei.
Durmo. Se durmo sem sonhar, desperto
Para um espaço aberto
Que não conheço, pois que despertei
Para o que inda não sei.
Melhor é nem sonhar nem não sonhar
E nunca despertar.

Durmo. Regresso ou espero?

Durmo. Regresso ou espero?
Não sei. Um outro flui
Entre o que sou e o que quero
Entre o que sou e o que fui.

Esses poemas estão publicados em:
Jornal de Poesia
Imperdível.

terça-feira, julho 30, 2002

Adivinhem

Sonhei mais uma vez com trabalho. É a época do ano, estou razoavelmente acostumada. Mas essa noite a família também entrou na jogada.

30 de julho, madrugada de segunda para terça-feira

Fichas

Estávamos na minha sala eu, Uriel e Fernando. O Uriel me pedia para transformar em fichas todos os documentos da empresa, porque assim eles ocupariam menos espaço. Eu argumentava que passar todas as informações de todos os documentos para as fichas seria um trabalho muito grande e que não teríamos tempo hábil para colocar o precedimento em prática. O Uriel no entanto, insistia na idéia. Já o Fernando estava querendo usar meu computador para alguma coisa, o que acentece de vez em quando na vida real.

Jogador

Sonhei que visitava minha tia Dulcinha, viúva do tio Zé. Na casa dela estavam, além de mim e minha mãe, a Daniela (que casou há pouco tempo) e o Astolfo, caçula, que de fato, ainda mora com ela. A Daniela, que está grávida, já tinha ganhado bebê, mas ele não aparece no sonho. Inclusive, ela ainda estava com uma barriguinha de uns cinco meses, mas no sonho, era uma espécie de sequela da gravidez e iria passar.

Num determinado momento, a tia Dulcinha começa a dizer que não sabe dos documentos do tio Zé, que ela não consegue achar o testamento e que ela estava muito chateada com isso. Eu não entendo porque ela tocou naquele assunto, porque a visita não tinha nada com aquilo.

Então, meu primo chega com vários papéis que ele havia buscado em um cartório. Entre os documentos tinha o contrato social de uma empresa de esportes. No documento havia uma parte escrita assim: "Jogador principal: José Vito Pizarro" (nome do meu tio). Aí nós percebemos que o meu tio tinha aberto a tal empresa para administrar uma carreira de jogador de futebol que nunca aconteceu.
Meu primo Astolfo, que também é aficcionado com esporte, com o pai era em vida, chegou a comentar: "ele poderia ter se dado muito bem no futebol".

segunda-feira, julho 29, 2002

Aviso aos navegantes

Esse blog está um pouco diferente: agora temos links para outros blogs legais e a para o meu e-mail. Portanto, aproveite.

29 de julho, madrugada de domingo para segunda-feira

Detetive

Nesse sonho, havia um detetive japonês que estava investigando o sequestro do Ayrton Sena. De vez em quando eu tomava o lugar do detetive, mas na maior parte do tempo, eu era uma espécie de observadora que não participava da história. O detetive usava um sobre-tudo bege que ia até o joelho e um bonezinho esquisito. Parecia um detetive de desenho animado.

Não me lembro muito bem como, o detitive foi parar em uma caverna onde o bandido tinha amarrado o Ayrton Sena. O carcereiro era aquele negão de mais de dois metros que fez uns filmes do Bruce Lee. Quando o negão precebeu que o detetive estava dentro da caverna eu passei a ser o detetive. Nessa hora abriu uma espécie de passagem secreta na parede da caverna e o Ayrton Sena estava lá, em pé, com o macacão vermelho que ele usava na fórmula 01. Quando o negão veio para o meu lado, eu (sim, EU) dei um golpe na nuca dele com a mão. A impressão que eu tinha era que o meu golpe não tinha força nenhuma, mas o negão ficou parado, todo rígido, mostrando os dentes para mim. Isso me deu tempo para pensar: "Meus golpes não têm força nenhuma, mas já que ele está parado vou aproveitar para acertar o saco dele, assim ele cai no chão e eu tenho tempo de fugir. Então eu começo a chutar entre as pernas do negão mas ele não cai, continua lá, parado, mostrando os dentes. Nesse momento eu acordei.

domingo, julho 28, 2002

27 de julho, madrugada de sexta para sábado

Mais trabalho

Sonhei com trabalho, para variar. Estava na 4a Feira Mineira de Móveis (que realmente é o próximo evento da Pinheiro) e tinha organizado um fila indiana com os expositores para que eles pudessem pegar seus crachás e pagar a taxa da prefeitura de R$ 30,00.
Muitos reclamavam que não sabiam da existência da taxa, que ela era cara, que não queriam ficar na fila. Eu, muito feliz e contente, tinha permissão da chefia para ser taxativa: "sinto muito, sem o pagamento da taxa não posso entregar os crachás e sem os crachás os seus funcionários não podem entrar na feira".

O que acontece na realidade: a taxa tem que ser cobrada e teoricamente os crachás só podem ser entregues com o seu pagamento. Todavia, como os crachás são entregues aos expositores nos momentos mais diversos e normalmente cada hora por uma pessoa diferente, nem sempre (quer dizer, quase nunca) a taxa é cobrada nesse momento. Como os expositores também não querem pagar, a cobrança desses R$ 30,00 é sempre muito chata e ocorre no decorrer da feira.

Resumindo: no sonho, eu estava resolvendo o problema. Pena que na vida real a coisa não é tão simples como fazer uma fila indiana.

28 de julho, tarde de domingo

Max again

O primeiro sonho publicado nesse blog foi com o Max. Hoje à tarde voltei a sonhar com esse meu amigo. Estávamos numa das reuniões que o Max costuma fazer na casa dele. Entre os seus amigos tinha uma banda de heavy metal com caras cabeludos de preto e uma baterista mulher que se chamava Andréia. Ela também estava de preto e um boné vermelho na cabeça. Eu estava imprimindo alguma coisa e a impressora do Max ficava do lado da baterista. Eu pedia para ela colocar papel na impressora mas ela não conseguia fazer direito, colocando a folha sempre no lugar errado. Eu Pensava "esse povo que só fica tocando rock'n'roll é muito divertido mas é meio burrinho..." O guitarrista tentava ajudar mas também não conseguia.

A impressora do Max não ajudava muito. O carregador de papel era um negócio enorme, feito de uma estrutura metálica que formava uma espécie de elipse vertical de mais ou menos um metro. Isso fazia com que o papel antes de entrar na impressora "passeasse" pela estrutura que parecia aquela volta de montanha russa de 360 graus.

A casa do Max também era diferente. Não se tratava do apartamento dele, mas uma casa mesmo sé que conjugada com outras. Então, o portão era o mesmo para ele e para os seus vizinhos que moravam em outras casas nos fundos. A casa dele era a mais próxima do portão o que não o agradava nem um pouco, porque os vizinhos sempre passavam na frente e ficavam olhando o que estava acontecendo dentro. Nós dois estávamos conversando e ele falava que tinha vontade de contruir uma entrada independente para ele, porque muitas vezes os vizinhos passavam e não só olhavam indescretamente para dentro como faziam comentários do tipo: "E aí? Tá fazendo um churrasco com seus amigos?" "Olha, será que é festa?" "Nossa, quanta gente, hein?" e que ele ficava muito puto com isso.

sexta-feira, julho 26, 2002

Para cortar o ciclo

Depois de três dias consecutivos me lembrando dos meus sonhos, essa noite nada aconteceu. Quer dizer, aconteceu, mas me lembro apenas de um rápido flash. Espero ter mais sorte amanhã.

26 de julho, madrugada de quinta para sexta-feira

Estava lendo um livro enorme, que estava em cima de uma mesa. Nada além disso.

quinta-feira, julho 25, 2002


25 de julho, madrugada de quarta para quinta-feira

Flashes

Não consigo me lembrar de um sonho completo essa noite. Mas alguns flashes interessantes:

Estava num lugar que eu não sei bem se era uma escola ou um acampamento e não sei o que as pessoas faziam ali. Mas eu sei que a minha prima Lô (Leônia) estava lá e todo mundo, inclusive eu, era mais novo, como se o sonho se passasse há 10, 15 anos atrás. Outra pessoa que eu encontrei nesse lugar, que era aberto, mas tinha umas barraquinhas como aquelas de vender cerveja em calourada, foi o Dyerre, outro amigo que eu não vejo há muito, muito tempo.

Em algum momento eu fui parar em uma festa de uma velhinha que era dona de uma das barracas. Era uma espécie de sarau e dentro da barraca tinha um piano de cauda e um divã. (!)

No outro dia depois da festa eu estava com meus cobertores e tinha que arrumar um lugar para guardá-los. Além deles tinha um colchão enorme que eu não sabia onde eu ia enfiar mas que eu deveria guardar junto com os cobertores. Pensei em guardar dentro da barraca da velhinha, mas era tudo aberto e eu sabia (não sei como) que molharia. Então eu fui parar em um cômodo (ele apareceu do nada, porque até então era tudo na rua). Nele, a minha prima Lô estava assistindo televisão e tinha um guarda-roupa que eu conhecia mas as gavetas estavam em lugares trocados, onde deveria ter porta tinha gaveta, onde antes era gaveta tinha prateleira essas coisas. Mas eu consegui encontrar um lugar para colocar meus cobertores e meu colchão.

Num outro momento eu estava fumando. Quando acabei de fumar ainda pensei: não vou contar para ninguém que eu fumei esse cigarro. E vou tentar não fumar mais. Bem coisa de viciado, né?

quarta-feira, julho 24, 2002


24 de julho, madrugada de terça para quarta-feira

Trabalho, trabalho

Essa noite eu trabalhei e estudei. Primeiro, eu estava atendendo um cliente da época do Escritório do Comunicação, o Wiliam da Campos Guimarães. Nós estávamos fazendo uma permuta: eu fazia as peças publicitárias dele e ele me ensinava inglês e contabilidade(?!) Eu anotava tudo em um caderno aspiral com umas modelos na capa, muito parecido com aqueles que eu usava na época da escola.

Minha reunião acabou e eu fui encontrar a minha mãe no mesmo prédio. Peguei o elevador e ele descia muito rápido, o que me deixava com uma sensação de queda horrível. Saí do elevador pensando como ele era detestável. Encontrei a minha mãe, que estava conversando com um atendente de um balcão. Ele estava falando que segundo o perfil da minha mãe e um acordo feito entre a Cemig e a Copasa, ela poderia pagar apenas metade da conta de água todo mês. Minha mãe respondeu que não queria pagar só metade da conta, que ela sabia que eles cobrariam mais caro depois por causa disso. O rapaz explicou de novo que era só ela assinar um papel que apenas metade da conta seria cobrada, mas ela estava irredutível e disse que não assinaria. Eu entrei na história e disse: "Eu assino! Onde tem que assinar? Para pagar só metade da conta, eu assino". Mas eu não poderia assinar por ela e nós perdemos a promoção. (!!)

Depois disso fui para aula, porque eu estava fazendo um curso de especialização em Marketing. A sala era igual de cursinho (como no Pitágoras, onde estudei). A maioria das pessoas estava muito bem vestida (terno ou tailleur) o que destoava um pouco daquele clima de cursinho.

A professora tinha o cabelo curtinho e eu anotava tudo que ela falava no meu caderno, que tinha páginas e páginas escritas dos meus cursos de inglês, contabilidade e marketing. O pior de tudo: as pessoas não se chamavam apenas pelo nome. Durante as aulas as pessoas tinham que falar "executivo fulano" ou "executiva beltrana". A última coisa que me lembro do sonho é a sensação de peixe fora d'água que aquele curso me dava.

terça-feira, julho 23, 2002

23 de julho, madrugada de segunda para terça-feira

Religião

Eu estava em um mosteiro que ficava em uma montanha muito alta de um país da Europa. O lugar era muito antigo e bonito mas tinha um defeito: tocava música da bahia. Mas só axé music da pesada mesmo, tipo "É o tchan" e similares. Eu ficava pensando: "nossa, mas num lugar onde as pessoas são tão cultas, no meio da Europa, berço da civilização, eles ficam ouvindo essa música tão ruim". Depois eu concluí que eles, na verdade, não sabiam que tipo de música era aquela, não tinha noção da letra (até porque era um monte de padre que não falava português), e portanto aquilo não passava de ingenuidade.

Enquanto eu andava pelo mosteiro eu vi um escravo africano cego preso em uma cela. Fiquei muito comovida com a situação dele e revoltada com o fato dos padres manterem um escravo. Eu conversei um pouco com ele para tentar conforta-lo e ele me disse que até que não era mal tratado, que os padres eram bons para ele por causa da cegueira. Pelo que eu entendi da conversa ele era um escravo do tempo da escravidão mesmo (coisa de sonho) e tinha sido levado para o mosteiro porque era cego. Mesmo assim ele ficava naquela cela e tinha roupa de escravo, o que continuou me revoltando.

De repente entra o bispo mau na história. O mosteiro era dirigido pelo bispo bom que era muito velhinho e parecia o Padre Cícero. Tinha também o bispo mau que queria roubar o terço do bispo bom para que ele não pudesse fazer a cerimônia que teria naquele dia à noite. Ele queria impedir a cerimônia só de sacanagem.

Então ele entra no quarto onde o bispo bom está dormindo e pega o terço que tem um sininho que toca e acorda o bispo bom. Nessa hora, o bispo bom vira a minha mãe e eu tomo o lugar do bispo ruim. A minha mãe me xinga porque eu queria roubar o negócio dela e atrapalhar a cerimônia. Então eu começo a brincar com o terço e contar quantos diamantes e rubis tem no terço, que é uma peça muito valiosa, mas meio feiosa.

Eu não tenho mais inteção de roubar nada e fico conversando com a minha mãe sobre a cerimônia. Agora, essa cerimônia seria para a minha mãe ficar no lugar do bispo bom, que estava muito velhinho. Aí eu pego uma caixa com os apetrechos que a minha mãe vai precisar à noite. Dentro da caixa tem um monte de coisa, inclusive alguns dentes humanos. Eu lembro a minha mãe que durante a tal cerimônia ela vai ter que arrancar um dente, tipo uma prova de fidelidade. Inclusive eu mostro para ela um dente do bispo bom (eu não como eu sei que o dente é dele, mas eu sei).

Mas ela diz que essa tradição é muito antiga e que ela não iria arrancar dente nenhum. Eu fico mais tranquila, porque a idéia de um dente da minha mãe sendo arrancado a frio estava me incomodando. Depois disso não me lembro do que aconteceu.

segunda-feira, julho 22, 2002

20 de julho, madrugada de sexta-feira para sábado

Sonhei primeiro que eu estava dentro de um western, daqueles bem convencionais. Eu era professora, vestia roupa de couro cru, marrom e tinha um cabelo enorme. Numa determinada altura do sonho eu largo os meus alunos e vou enfrentar o bandido que está na cidade, mas o Tom Seleck (aquele ator que fazia o seriado Magnum) é uma espécie de líder dos homens que estão caçando o bandido e não quer que eu vá porque eu sou mulher. Mesmo assim eu subo no cavalo e vou também.

Depois eu sonhei que estávamos eu, Kenji, Artur, Ana, Max e Márcio no Diamond Mall. O motivo do encontro era a visita à cidade da Ana que é namorada do Artur e mora em Floripa. No mesmo sábado eu realmente encontrei a Ana e o Artur, à noite, no Acorde (um boteco simpático).

22 de julho, madrugada de domingo para segunda-feira

Misturando tudo

Sonhei que o meu pai precisava de uma relação completa das peças publicitárias produzidas para a Feira de Rádio. A única forma de enviar essa relação ao meu pai seria usando o fax do Fred (amigo do Artur e do Max) e quem estava me ajudando a montar essa listagem era a Rosiane. Detalhe: o fax do Fred ficava em um camelô de frutas na av. Alfredo Balena.
Algumas relações com o sonho:
. Na sexta-feira meu pai ligou me pedindo que fosse encontrar a Luana, minha irmã, no aeroporto da Pampulha.
. Também na sexta, o Almindo tinha que finalizar a relação das peças publicitárias produzidas para a Feira de Rádio, porque ele estaria iniciando hoje, segunda, seu período de férias.
. No sábado, o Artur tinha me falado que havia encontrado o Fred na noite anterior.
. Nesse mesmo sábado eu tinha conversado com a Rosiane sobre o aniversário do Marcelo e qual caminho ela faria para ir.
Resumindo: eu misturei tudo na minha cabeça e deu isso. Só não consegui entender de onde saiu o fax no camelô da av. Alfredo Balena. Alguém tem alguma sugestão??

quinta-feira, julho 18, 2002

Pena

Essa noite eu tive um sonho longo, mas consegui esquece-lo no momento em que eu acordei. É uma Pena. Para não voltar para casa de mãos vazias, publico dois sonhos super divertidos que na época me deixaram muito feliz.

Madrugada dessas, já faz um tempo, casa do Kenji

Ô João!

Em uma noite iluminada sonhei que João Guimarães Rosa lavava as louças na pia da cozinha do Kenji. Eu estava sentada em um banquinho do lado, conversando.

Ele estava com aquele terno xadrezinho, gravata borboleta vermelha e os óculos redondos com armação preta.

Durante o papo, ele me contou que o Riobaldo e a Diadorim realmente existiram e que a Diadorim não tinha morrido nada, estava viva e trabalhava de faxineira no Shopping Del Rey. Eu revidei, surpresa:

- Ô Joããão, então porque você a matou no livro, Joãão?!

A explicação dele era alguma coisa em torno de que as mulheres são seres muito trágicos, por natureza, e que se ele não a tivesse matado, ela não ficaria satisfeita.

Muito tempo atrás, na época da faculdade

Nova Iorque – Paris

Nesse sonho eu estava a serviço, acompanhando a Naomi Campbel. Alguma coisa do tipo fazer uma reportagem sobre as viagens dela. Mas, no sonho, nós éramos meio amigas. O bom do sonho: eu estava me preparando para no dia seguinte embarcar para Paris. Aí vieram me avisar que o meu vôo para Paris iria fazer uma escala em Nova Iorque. Logo em seguida eu acordei.

quarta-feira, julho 17, 2002


Retorno

Pronto, esse blog está funcionando de novo. Aproveito para me desculpar pelo sumiço. Uma carga de trabalho absurda me impediu de pensar qualquer coisa que não fosse radiodifusão.

Aproveito a oportunidade para ressaltar que volto a publicar meus sonhos principalmente pela repercussão que esse blog teve. Muitos dos meus amigos vieram comentar meus sonhos, os sonhos deles, os sonhos sobre os meus sonhos, histórias de sonhos, sonhos de terceiros. Parece que o exercício de esmiuçar a cabeça através de sua manifestação mais lúdica tem funcionado tanto para a minha higiene mental quanto para as pessoas que eu gosto e convivo. Motivo mais do que justo para persistir na idéia.

17 de julho, madrugada de terça para quarta-feira

Cansaço ou o sonho anti-sono

Sonhei que eu andava na av. Augusto de Lima com o Kenji e o Sérgio, um cara muito grande que dava assessoria de informática na Super Marketing, agência de publicidade que trabalhei. Nós estávamos indo buscar um computador na Barroca.
O Sérgio me perguntou: Você entende de computador?
Eu brinquei: Não, eu não entendo nem esse conceito.
Resposta: Ótimo! Porque em outubro, no próximo lançamento da Microsoft, o conceito de computador vai mudar mesmo.

Nós continuamos a andar, estava fazendo um sol de rachar, insuportável e eu estava carregando a minha pasta de trabalho que estava incrivelmente pesada o que me dava uma dor nas costas terrível.

Eu estava exausta e suava muito por causa do sol. A Av. Augusto de Lima transformou-se na Av. Amazonas e nós chegamos no viaduto da Barroca. Nós estávamos indo a uma loja no Shopping Barroca que na verdade fica antes do viaduto, mas no meu sonho ficava depois. O viaduto também estava diferente. A passagem de pedestre era uma escada super íngreme, estreita, alta e não tinha proteção. (O sol continuava queimando) Quando vi aquilo, eu que já estava cansada, com uma dor nas costas horrível e tenho medo altura, desisti de acompanhá-los. O Kenji ao ver o viaduto me olhou e fez aquela cara de “ih, acho que a Lud não vai querer subir...”

Aí ele me levou para um buteco (buteco mesmo) com as paredes azuis e mesinhas na rua. Quando eu sentei uma mulher loura, bem parecida com essas mulheres que ficam no buteco o dia inteiro mesmo, mas simpática, puxou conversa comigo. Eu acordei no meio da noite, com dor nas costas e descansei pouco durante o sono.

Para não perder a viagem vou publicar mais dois sonhos que eu tive durante esses dias

15 de julho, madrugada de domingo para segunda-feira

Romeu e Julieta do Espaço

Sonhei com o seriado Jornada nas Estrelas. Era um diálogo entre o Spock e o Dr. McCoy.
Como todo mundo sabe, os dois nunca se bicaram no seriado. No meu sonho, o médico estava sendo irônico com o Spock dizendo que infelizmente, o filho dele não poderia se apaixonar por uma bela terráquea porque, como o pai, ele era Vulcano e não tinha sentimentos. Muito ironicamente, o médico continuou dizendo que, inclusive, o filho do Spock não poderia se apaixonar pela sua bela filha que aparece e é apresentada tanto ao Spock quanto ao seu filho.

Evidentemente, os filhos se olham e imediatamente se interessam um pelo outro. O Dr. McCoy fica puto com isso e vai embora.
Não sei como os roteiristas do seriado nunca pensaram em alguma coisa parecida, já que a antipatia dos dois sempre foi mote de piada no seriado e nos filmes.

Madrugada dessas, na casa do Kenji

The Osbournes

Estava assistindo um jornal na televisão e o apresentador falava sobre Ozzy Osbourne. Eu acho estranho e me pergunto em voz alta: O Ozzy Osbourne morreu?. O apresentador da TV me responde: Morreu sim.

Só que eu fico na dúvida se ele já tinha morrido há muito tempo ou se era uma coisa recente. Então eu abro a geladeira e pego uma caixa de yakult que tem uma promoção sobre o programa da MTV The Osbournes. Eu procuro na caixa maiores informações sobre a morte do Ozzy, mas não encontro nada, só fotos do programa.

Volto para sala e continuo assistindo ao programa que falava que o roqueiro tinha iniciado sua carreira na década de 70 em eventos realizados na época pela MTV. O evento era o seguinte: umas cabanas de bambu levantadas na praia, onde os músicos, inclusive o Ozzy Osbourne se apresentavam. No fim do dia eles cobriam as cabanas com um pano branco gigante e rolava muito sexo, drogas e rock’n’roll, bem no estilo dos anos setenta. Depois a reportagem mostrou os mesmos eventos nos dias de hoje. Eu entrei na TV e visitei as cabanas na praia, mas elas eram usadas para vender produtos, tipo instrumento musical e roupa. Aí eu pensei: É, os eventos mudaram e agora só servem para comércio mesmo.