segunda-feira, novembro 01, 2010

Muito bom

Hoje eu tô feliz.
Primeiro porque o Brasil acaba de eleger a primeira mulher presidente da república.
Isso é tão rico, tão bacana, tem tanto a ver com sonhos de 1989.
Depois porque meu fim de semana foi ótimo.
Meu sábado foi fantástico na casa da Cyntia, do Murilo e do Max.
O passeio, o pão de requeijão e até o banho da Teresa, tudo perfeito. Adorei.
E hoje a galera de Sampa. Pudemos colocar a conversa em dia, bater papo como nos bons e velhos tempos.
Meu cooktop funcionou lindamente e pudemos comer fondue e beber vinhho aos montes. Sem contar a saudade que eu estava de uma boa e verdadeira dose de Fofinha, a melhor cachaça de todo os tempos. (Aliás, Osmar, meu amigo, se você ainda puder me
ouvir, por favor, me arrume mais algumas garrafas, ok?)
E a Teresa ainda ganhou uma camiseta rock star com uma caveirinha bordada.

Como alguém pode ser mais feliz que isso?? ;-)

terça-feira, outubro 19, 2010

Perfeito. Eu achei.

Copiei e colei na correira. Mas assino embaixo. Para quem está farto dessa campanha refletir.

O caluniador, figura da barbárie

Juarez Guimarães 15 de outubro de 2010 às 16:00h

De todas as eleições presidenciais realizadas após a redemocratização, esta é certamente aquela que a calúnia cumpre um papel mais central na definição do voto. Ela foi utilizada em um momento decisivo por Collor contra Lula, compareceu sempre todas as vezes nas quais Lula foi candidato mas agora ela mudou de intensidade e abrangência, tornou-se multiforme e onipresente.

A calúnia foi ao centro da nossa vida democrática. A senhora ao lado no ônibus me diz que recebeu a informação que Dilma desafiou Jesus Cristo em um comício realizado na Praça da Estação, em Belo Horizonte. O motorista de táxi conta que um médico lhe assegurou que um outro médico, seu amigo, diagnosticou gonorréia em Dilma.

Um e-mail recebido traz documento do TSE impugnando a candidatura de Dilma por ter “ficha suja”. Um aluno me diz ter recebido carta em casa da Regional 1 da CNBB, contendo mensagem para não votar em Dilma por ser contra a vida. Um comerciante na papelaria me diz que “não vota em bandida”. Após divulgar o resultado da primeira pesquisa Sensus/CNT para o segundo turno, o sociólogo Ricardo Guedes, afirmou que “nessa eleição, principalmente no final do primeiro turno, temos um fenômeno sociológico de natureza cultural de desconstrução de imagem. O processo de difamação, até certo ponto, pegou.” Quem conhece alguém que não recebeu uma calúnia contra Dilma ?

Houve uma mudança nos meios: a internet permite o anonimato e a profusão da calúnia. A Igreja brasileira, sob a pressão de mais de duas décadas de Ratzinger, tornou-se mais conservadora na sua cúpula e mobiliza hoje uma mensagem de ultra-direita, como não se via desde 1964. A mídia empresarial brasileira, já se sabia, vinha trilhando o seu caminho de partidarização e difamação pública, no qual até o direito de resposta tornou-se um crime contra a liberdade de expressão. Mas tudo isso não havia encontrado ainda o seu ponto de fusão: agora, sim.

O que está ocorrendo aos nossos olhos não pode ser banalizado. O caluniador é uma figura da barbárie, o sinistro que mobiliza o submundo dos preconceitos, dos ódios e dos fanatismos. A calúnia traz a violência para o centro da cena pública, pronunciando a morte pública de uma pessoa, sem direito à defesa. Perante a calúnia não há diálogo, direitos ou tribunais isentos. Na dúvida, contra o “réu”: a suspeição atirada sobre ele, visa torná-lo impotente pois já, de partida, a humanidade lhe foi negada.

Mas quem é o caluniador, essa figura de mil caras e rosto nenhum? É preciso dizer alto e bom som, em público, o seu nome, antes que seja tarde: o nome do caluniador é hoje a candidatura José Serra! Friso a candidatura porque não quero exatamente negar a humanidade de quem calunia. É o que fez, com a coragem que lhe é própria, a companheira Dilma Roussef no primeiro debate do segundo turno, apontando o nome de uma caluniadora – a mulher de Serra – e chamando o próprio de o “homem das mil caras”.

Dia a dia, de forma crescente e orquestrada, a calúnia foi indo ao centro de sua campanha, de sua mensagem, de sua fala, de sua identidade proclamada, de seus aliados midiáticos, de parceiros fanáticos (TFP) ou escabrosos (nazistas de Brasília), de sua estratégia eleitoral e de seu cálculo. “Homem do bem” contra a “candidata do mal”? Homem de uma “palavra só” contra a “mulher de duas caras”? Político “ficha limpa” contra a “candidata ficha suja”? Protetor dos fetos e dos ofendidos (como mostra a imagem na TV) contra aquela que “assassina criancinhas”, como disse publicamente sua mulher? Homem público contra a “mulher das sombras”?
O que está se passando mesmo aqui e agora na jovem democracia brasileira? Que arco é este que vai da TFP a Caetano Veloso, quem , quase em uníssomo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, chamou o presidente Lula de analfabeto e ignorante já no início deste ano? Afinal, que cruzada é esta e qual a sua força ?

O que está ocorrendo aqui e agora é uma aliança dirigida por um liberal conservador com o fanático religioso e com o proto-fascista. Cada uma dessas figuras – que sustentam o lugar comum da calúnia – precisa ser entendida em sua própria identidade e voz. A democracia brasileira ainda é o lugar da razão, do sentimento e da dignidade do público: por isso, defender a candidatura Dilma Roussef é hoje assumir a causa que não pode ser perdida.

Liberalismo conservador: o criador e sua criatura – Nunca como agora em que esconde ou quase não mostra a imagem de Fernando Henrique Cardoso, Serra foi tão criatura de seu mestre intelectual. É dele que vem o discurso e a narrativa que, ao mesmo tempo, dá a senha e liga toda a cruzada da direita brasileira.

A noção de que o PT e seu governo ameaçam a liberdade dos brasileiros pois instrumentalizam o Estado, fazem reviver a “República sindical”, formam gangues de corrupção e ameaçam a liberdade de expressão não deixa de ser uma evocação da vertente lacerdista da velha UDN. Mas certamente não é uma doutrina local.
A cartilha do liberal-conservador Fernando Henrique Cardoso é um autor chamado Isaiah Berlin, autor de um famoso ensaio “Dois conceitos de liberdade” e do livro “A traição da liberdade. Seis inimigos da liberdade humana”. Neste ensaio e neste livro, define-se a liberdade como “liberdade negativa”, isto é aquele espaço que não é regulado pelas leis ou pelo Estado contraposto à noção de “liberdade positiva”. Quanto menos Estado, mais liberdade; quanto mais Estado, menos liberdade. Ao confundir liberdade com autonomia, ao vincular liberdade aos ideais de justiça ou de interesse comum, republicanos, sociais-democratas, liberais cívicos e, é claro, socialistas, trairiam a própria idéia de liberdade.

É por este conceito e seus desdobramentos que Fernando Henrique mobiliza o clamor midiático contra o PT e o governo Lula. É este conceito que estrutura também o discurso de Serra, que acusa o governo Lula de ser proto-totalitário. É evidente que o conceito não é passado de forma iluminista: a mídia brasileira tornou-se uma verdadeira artista na criação das mediações de opinião, imagem e notícia que se centralizam, em última instância, neste conceito. Daí ele dialoga com o senso comum.
Seja dito em favor de Fernando Henrique Cardoso: é o lado mais sombrio de seu liberalismo que vem à tona agora, na cena agônica, quando o candidato que representa a sua herança ameaça perder pela última vez. Pois este liberalismo sempre foi de viés cosmopolita, atento em seu diálogo com os democratas norte-americanos e aos “filósofos da Terceira Via”, a certos direitos inscritos na pauta, como aqueles da liberdade sexual, do direito ao aborto legal, dos gays, dos negros, da vida cultural. Mas agora para fazer a ponte com o fanatismo religioso, ele resolveu descer aos infernos: nada sobrou de progressista na candidatura Serra, das ameaças à Bolívia à moral sexual de Ratzinger?

O liberal conservador não é o fanático religioso nem o proto-fascista, aquele que julga que a melhor maneira de dissuadir o adversário é simplesmente eliminá-lo. Mas dialoga com eles na causa comum de derrotar os “proto-totalitários” de esquerda”. Como disse bem, Jean Fabien Spitz, autor de “ O conceito de liberdade”, os ensaios de Berlin trazem o sentido e a tonalidade da época da “guerra fria”.

O fanático religioso: os frutos de Ratzinger – Se a social-democracia, o republicanismo e o socialismo são os inimigos de Berlin, a Modernidade em um sentido amplo é o inimigo central do ex-cardeal Ratzinger. O programa político- teológico que veio construindo a ferro e fogo nestas últimas três décadas é centrado na idéia que é preciso restaurar a dogmática da fé contra os efeitos dissolutivos da moral emancipadora, da racionalização científica e da secularização. Este discurso político, que se fecha no fundamentalismo religioso, como bem denunciou Leonardo Boff, é, na verdade, um discurso de poder, de recentramento do poder do Vaticano.

Neste programa, não é apenas a esquerda enquanto topografia política que é o inimigo mas principalmente o processo de emancipação das mulheres. Entre a “Eva pecadora” e a “Maria mãe de Deus” não há outra identidade possível às mulheres.

A dimensão fundamentalista desde discurso não reconhece o direito do pluralismo na política, nem mesmo na linha do “consenso sobreposto” proposto por John Rawls ( a possibilidade de convergências sobre direitos, partido de um pluralismo de fundamentos). Ou se concorda ou se é proscrito, ex-comungado ou desqualificado.
É essa idéia força, que veio ganhando terreno na hierarquia do clero brasileiro a partir das perseguições à Teologia da Libertação, que agora irrompe na política brasileira, difamando Dilma Roussef. A calúnia é conveniente ao fundamentalista religioso: nesta visão de mundo, não há luz e sombra, não há e não pode haver semi-tons: quando Serra proclamou que o “direito ao aborto no Brasil seria uma carnificina”, ele estava dando a senha para a campanha difamatória da direita católica e evangélica.

O proto-fascista e seus privilégios – Todo processo político e social de democratização e de inclusão tão amplo como o que está se vivendo no Brasil provoca reações de resistência e regressão política à sua volta. Mas este também não é um fenômeno apenas brasileiro: observa-se à volta de nós fenômenos e operações muito típicas daquelas que estão sendo promovidas pela direita republicana norte-americana contra Obama ou que percorrem quase todo o continente europeu em torno ao tema dos imigrantes.

O proto-fascista brasileira não veste camisa preta nem usa suástica no braço ( embora, é claro, ninguém duvide, redes simbolicamente ostensivas estão em ação), nem precisa ser sociologicamente configurado como “lumpen proletariado” ou “pequeno burguesia vacilante”, para lembrar as figuras de uma linguagem simplificadora. O proto-fascista brasileiro é aquele que não quer receber em sua casa comum – a democracia brasileira – estes que não que reconhecem mais o seu antigo lugar, os pobres e os negros.

Há uma violência inaudita no ato do jornal liberal “O Estado de São Paulo” em punir com a demissão Maria Rita Kehl, por escrever um artigo em prol da dignidade dos pobres. Esta violência, que está muito distante do proclamado pluralismo mesmo restrito de alguns liberais, cheira a proto-fascismo, este ato que pretende abolir as razões públicas dos pobres simplesmente negando dignidade a eles.

A força da liberdade que hoje mora no coração dos brasileiros, os braços abertos do Cristo Redentor e o que há de imaginação e magnífica pulsão de vida na cultura popular dos brasileiros são os verdadeiros antídotos contra as figuras do ódio do caluniador.Por detrás da sua máscara, o povo brasileiro há de reconhecer os centenários adversários de seus direitos.

Diante do caluniador, somos todos hoje Dilma Roussef! (grifo meu. Os demais são do autor)

Juarez Guimarães

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/politica/o-caluniador-figura-da-barbarie


Aproveitando para dar um recadinho: amanhã, 20/10, Dilma assina em Brasília, no Hotel Nacional, o documento "Compromissos de Dilma com o Meio Ambiente", onde se compromete com o desenvolvimento sustentável e demonstra, mais uma vez, que o meio ambiente será uma das prioridades em seu governo. Para os ambientalistas que votaram na Marina refletirem.

sábado, outubro 02, 2010

Bubuia

- Bubuia
- Bubuia filhinha, o que é?
- Bubuia...buubuia... bubuiaa
- Tá bom, filhinha, bubuia.
Dois dias depois:
- Bubuia
- Mais bubuia, Tetê?
- Bubu...ia...Bubu..ie...
- Bubuie??
- Bubu...Bubu...ie...
- ??
- Bubu...ieta! Bubuieta! (sorrisão)
Hoje no carro:
- E a borboleta, Tetê?
- Boboieta! (sorriso super seguro de si!)

terça-feira, setembro 28, 2010

Não dá

Não, não dá para passar batido.

Hoje, dia 28 de setembro, é o dia pela Descriminalização do aborto na América e Caribe.

E eu acho que todas as mulheres devem se manifestar de alguma forma.

Porque o controle do próprio corpo diz respeito a todas nós.

Porque a criminalização de um ato tão íntimo como a interrupção de uma gravidez é uma violência, uma agressão, já no seu conceito.

Porque se trata de um "crime" que apenas um dos responsáveis é punido.
(Alguém já parou para pensar que um homem dificilmente será preso por ter tido um filho abortado? Mesmo sendo também responsável pela gravidez e
muitas vezes o financiador do aborto?)

Porque essa mesma criminalização desrespeita a laicidade do Estado Democrático de Direito.

Porque ninguém é a favor do aborto e ninguém tem o direito de dizer quando ele é necessário, ou não, além da mulher que pretende enfrentá-lo.

Porque aqueles que, com ou sem motivações religiosas, discordarem, sempre terão a opção de dar segmento à gestação.

Porque a vida, a dignidade, e a saúde de uma mulher (que muitas vezes já é mãe e opta por não ter mais filhos para garantir a sobrevivência dos que ela já tem), são muito mais importantes do que discussões abstratas sobre o que é vida ou qual o exato momento do seu surgimento.

Enfim, porque legalizar o aborto é garantir às mulheres direitos fundamentais como o da dignidade e o da intimidade tão caros aos nossos legisladores mas que ainda se encontram no rol de privilégios do gênero masculino.

Para complementar, um ótimo post sobre o assunto.

segunda-feira, setembro 27, 2010

No susto


Acabei de surrupiar do Marcelo Belico a gracinha acima. Por que? Porque é livro, porque é lindo e porque eu e Teresa merecemos. Saiba mais

quarta-feira, setembro 22, 2010

Conto Africano




Devidamente lido para Teresa uma noite dessas. É mais ou menos assim:

A história da GATA ou como os gatos se tornaram domésticos
(vejam bem, ninguém disse que eles foram domesticados...)

Era uma vez uma gata selvagem que cansou de ser sozinha. Aí ela encontrou um gato selvagem e pensou: esse gato selvagem é o animal mais bacana da floresta! E foi viver com ele.

Num belo dia, um leopardo apareceu e deu um surra no gato selvagem. A gata pensou: oh, o leopardo é o animal mais incrível da selva! E trocou de parceiro.

Evidentemente, em outro dia, apareceu o leão e a história se repetiu. E depois do leão, veio o elefante, que pisou na cabeça do rei das selvas, e passou a ser o querido da gata.

Numa manhã ensolarada, a gata que ronronava na orelha do elefante, ouve um estrondo e vê o elefante tombar no chão. Tentando entender o que havia acontecido, encontra o homem e sua espingarda. Mais uma vez, a gata pensa: está aí o animal mais admirável da floresta e o segue até sua aldeia. Chegando lá, deita na palha que serve de telhado para a choupana do homem e fica por lá caçando os ratos da redondeza.

O tempo passa e quando tudo parece bem, a gata ouve uma gritaria na casa do homem. São as vozes do homem e sua mulher. Em seguida, o homem sai da choupana e cai estendido na terra.

'Finalmente! Encontrei o animal mais incrível da natureza: a mulher'. Assim, a gata entra na casa, aninha-se próximo ao fogareiro e nunca mais vai embora.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Desmame - como fazer

Para encerrar o assunto, acho que vale a pena deixar uma dica sobre como desmamar sem sofrer com leite empedrado no peito para aquelas que desmamarão um dia. Essa informação, infelizmente, não encontrei em lugar algum e só depois de ligar para a minha ginecologista que a coisa melhorou.

Bom, primeiro os fatos. Mesmo amamentando com um peito só, eu ainda produzia uma quantidade de leite boa quando decidi desmamar a Teresa definitivamente. A pediatra havia sugerido, meio por alto, que eu deveria parar de uma vez, enfaixar o peito e colocar compressa fria (gelo) para diminuir a produção do leite.

Eu entendi que apenas a compressa fria estava relacionada com a produção de leite e deduzi que a faixa seria apenas para diminuir o acesso do bebê ao peito. Como a Teresa não ligou muito, eu pulei a parte da faixa e fiquei só com a compressa fria. Erro um. Também fui orientada a não ordenhar o leite que fosse produzido porque é o leite 'parado' no peito que inibe a produção de mais. Segui essa orientação à risca e esse foi o meu segundo erro.

O que aconteceu foi que o meu peito lotou de leite, empedrou e eu fiquei uns três dias morrendo de dor. Além do desconforto de ter a nítida sensação que a mama havia sido substituída por uma prótese de concreto, qualquer coisa que encostasse nela me fazia gritar de dor. Pensei até em tomar uns remédios para suprimir a produção de leite e liguei para minha ginecologista. Essa foi a salvação da lavoura.

Ela me explicou que as compressas frias eram boas mas não seriam o suficiente (até porque não dá para ficar o dia inteiro com gelo no peito em dia de expediente, né?), que deveria esvaziar o meu peito (porque muito da dor era causada pelo leite parado), e enfaixar, para dar sustenção ao peito e inibir a produção (sim, a faixa também ajuda nesse processo. Arrá!). Como o meu peito ainda doía muito, tomei um banho quente (a água quente ajuda na circulação da mama e por isso 'amolece' o leite
empedrado e facilita horrores na hora da ordenha), tirei o máximo de leite que consegui, enfaixei as mamas bem firmes e ainda coloquei um bustiê para dar mais sustentação.

Aí foi batata. A dor diminuiu e o peito realmente não voltou a produzir aquela quantidade de leite. Por isso, mamães, a minha dica na hora de desmamar é:

Amamente pela última vez. Com o peito vazio enfaixe firme. Quando sentir o peso do leite, utilize a compressa de gelo para ajudar. Se começar a pesar muito e empedrar, ordenhe. Realmente, o leite 'parado' diminui a produção, mas também causa dor. Então, não sofra sem necessidade, retire o leite que está incomodando. A faixa e a compressa vão diminuir a quantidade naturalmente.


É super simples e se eu tivesse feito dessa forma desde o início teria me poupado de
um bocado de dor. Portanto, fica a dica. :-)

quarta-feira, setembro 08, 2010

Desmame

Eu queria começar esse texto com um ponto. Assim: .
Uma coisa meio Clarice Lispector, sabe?
Porque é o que estou sentindo nesse momento. Um ponto final no meio do peito, com o alívio e a melancolia que isso traz.
A sensação de missão cumprida, de liberdade e a certeza que funcionou ajudam.
A Teresa não demonstrou falta alguma, está ótima e eu respiro aliviada.
Mamãe, mamãe não chore, a vida é assim mesmo eu quero mesmo é isto aqui.

O resto é comigo. Porque agora, que acabou, eu digo.
Ainda estou machucada, enfaixada, sentida. Não pretendo mentir nem esconder.
Mas a vida é assim. Aprende, mamãe.
Aprende a conviver com esse sentimento tresloucado que envolve um orgulho imenso e essa saudadezinha safada daquilo que não volta.

Aí eu penso no quanto a gente é instinto, bicho. Toda mãe é meio vaca, meio galinha. No sentido bacana mesmo, de ter peito (no sentido literal ou não) para nutrir e asa para agasalhar. Só que aí me lembro de que a gente também não pode ser só instinto, só vaca ou só galinha. Temos que ir além, respirar e deixar crescer, entregar para o mundo, com limites e valores. E isso demanda racionalidade, estudo, exercício.

Dizer que é fácil não dá, mas enriquece. Eu acho. Mesmo em dias como esse, que mesmo pais, ficamos menores que nossos filhos.

quinta-feira, julho 29, 2010

Um tapinha não dói? Em quem?

Tenho percebido na mídia que o tal projeto da "Lei da palmada" dividiu as opiniões. Enquanto alguns blogueiros progressistas como a Lola Aronovich e o Leonardo Sakamoto aplaudem a iniciativa, figuras que contam com meu respeito, como o Ricardo Kotscho, consideram a ideia uma grande bobagem. Fiquei surpresa quando li a opinião da Tania Zagury, autora de dois livros que eu adorei 'Limites sem trauma' e 'Sem padecer no Paraíso'. Para ela, a lei seria 'redundante, invasiva e inócua', mesmo com a ressalva de não aprovar a palmada. No texto, a autora chega a dizer que 'daqui a pouco, haverá filho ameaçando denunciar o pai, usando isso para coagí-lo a fazer o que quer. Já estamos em um momento de falta de limite. Realmente, isso me preocupa bastante".

Aí nesses casos eu acho que alguma coisas têm que ser colocadas. A primeira delas é que o tal projeto de lei é, de fato, uma mudança, um upgrade no Estatuto da Criança e do Adolescente, que tem o objetivo, sim, de aumentar a punição no caso de "castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante". Óbvio, que as advertências e punições deverão ser proporcionais à gravidade do castigo. Será que realmente alguém acha que teremos casos e mais casos de 'pobres pais' sendo enviados para a cadeia porque deram um puxão de orelha no filho? Agora, é justo em função desse medo eu ter que suportar meu vizinho batendo e maltratando o filho na minha frente todo dia (mesmo que seja só um tapa na orelha por dia, não mais que isso) e não poder fazer nada?

Essa discussão me lembra uma outra, quando virou lei o uso do cinto de segurança. Lembro que à época ouvi muita gente falando que era um absurdo, que o Estado não tinha o direito de obrigar ninguém a usar cinto, já que a pessoa teria o direito de colocar a sua própria vida em risco, que isso prejudicava apenas quem usava ou não cinto, que era uma lei intrusiva, blá, blá, blá. Bem, o fato é que eu não conheço ninguém que foi parar na cadeia porque não usou cinto de segurança e principalmente: a utilização do cinto de segurança pode ter diminuído até 50% o número de mortes no trânsito. Vale ou não vale a pena?

É a mesma coisa. Agora porque tem pai que não sabe dar limite para o filho, porque vai ser difícil aplicar, porque a lei pode ficar no papel, porque é trabalhoso, porque tem gente que pensa diferente, porque nunca vamos conseguir impedir totalmente que role os tapas educativos...a gente não pode evoluir? A gente não deve aprovar uma lei que visa tornar nossa sociedade um lugar mais seguro para as crianças? Ou aqui todo mundo acha que o mundo é cor de rosa e que papais e mamães são seres perfeitos, não perdem a cabeça, não precisam de controle, inclusive social?

O artigo 3o da Constituição Federal diz que entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil estão constituir uma sociedade livre, justa e solidária; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Bem, convenhamos, nenhum desses objetivos foi alcançado até hoje e olha que já são 22 anos de promulgação da nossa atual carta magna. Vamos convir também que isso não foi alcançado porque é difícil. Quase impossível, diriam alguns. E aí? Vamos jogar a Constituição no lixo por causa disso? Culpá-la toda vez que um dos seus objetivos não for alcançado ou alguém tentar abusar do seu conteúdo? Pior, vamos dizer que Constituição não serve pra nada, já que não conseguiu alcançar todos os seus objetivos, e voltar para um Estado autoritário, de exceção?

Não acho que é por aí. As leis estão aí para fazer a sociedade avançar. E são apenas o primeiro passo. Agora, se não permitirmos que pelo menos esses passos sejam dados, nós vamos andar para onde? Para trás?

Pra terminar, um texto muito bacana que eu achei no site da ong Não bata, eduque.

terça-feira, julho 27, 2010

Onjó do Sapujo

Olha que bacana, o Sapujo, o grande pai da pequena Sara, abriu uma loja de instrumento de percussão virtual, a Onjó Angoma. Lá tem caixa, berimbau, cajón, bongô, agogô, caxixi e muitos outros instrumentos.

Eu que já brinquei muito de tocar pandeiro, que tenho uma saudade fudida da galera do pandeiro mineiro, achei a ideia o máximo.

Vale lembrar que muitos anos atrás, o Onjó do Sapujo era dividido com o Kenji. Epocazinha boa, lúdica, quando eu e Sheila éramos ilustres convidadas naquele apê aconchegante onde a gente se divertia as pampas.

Acho que todo mundo que eu conheço e que eu já conhecia naquela época, se divertiu ali. Aliás, os domingos felizes foram, de certa forma, projetados no apê da Rua Timbiras.

Dá um saudade danada. Acho que até hoje, se a vida fosse um pouco mais simples do que a realidade a faz, eu convidaria o Sapujo e a Sheila para comprar uma casa em Santa Luzia, para dividirmos as despesas e criarmos nossas crianças juntas, com pé na terra, calcinha suja de terra, muita música e capoeira.

Mas isso é só delírio, deixa eu voltar para o mundo real. :-)

segunda-feira, julho 26, 2010

"Fez porque é machista"

Entrevista imperdível com a promotora de Justiça Luiza Eluf

Achei esses trechos fantásticos:

"A lei permite que se prenda o sujeito que ameaça a vida da mulher. Mas os juízes não mandam prender."

"Para eles as mulheres que estão na fatia decaída da sociedade são lixo. Eles, que tanto as procuram, têm ódio e desprezo por elas. Vamos continuar dividindo a sociedade entre as mulheres honestas e as decaídas? Essa divisão prejudica todas as mulheres, tem de acabar. Como? Trazendo as prostitutas para o lado bom da sociedade. É preciso enfrentar e dignificar a prostituição, porque ela não vai acabar."

"O espaço público é perigoso para os homens, que são 90% das pessoas assassinadas na rua. Mas o espaço doméstico é perigosíssimo para a mulher. Ela é atacada em casa. É vítima do marido, do pai, do irmão, do padrasto. São os homens que vivem em volta dela que batem, espancam, estupram e matam."

O melhor de todos:

O Pimenta não sabia que não podia matar a Sandra Gomide? Ele fez isso porque passava fome quando era pequeno ou porque apanhou dos pais? Não, fez isso porque é machista.


Entrevista publicada pela Revista Isto É da semana passada.

quinta-feira, julho 22, 2010

Palavrinha Mágica

Por favor? Obrigada? Com sua licença? Não, OUVIDORIA.


Estava eu no Banco do Brasil tentando resolver alguns problemas de uma conta recém aberta. Alguns deles, segundo o rapazinho do atendimento, somente o gerente poderia resolver e o gerente tinha 'saído pro almoço'.

Eu perguntei: mas não tem ninguém que possa resolver isso no momento? Qualquer pessoa?

A resposta foi: 'Não, houve uns probleminhas, uma pessoa teve que sair para fazer compras, a outra foi almoçar... você não poderia voltar outro dia?'

Eu retruquei: 'Tudo bem, você tem o telefone da Ouvidoria do Banco do Brasil?

Depois de uns três segundos, seguidos de um longo suspiro, eu pude anotar em um papel o telefone da Ouvidoria.

(Detalhe: nesse momento eu nem achava que resolveria o problema. Apenas pensei em avisar a ouvidoria que os gerentes não estavam ficando na agência no horário de almoço para não perder a viagem, outra vez, quando tivesse que voltar)

Liguei do celular e uma voz metálica me pediu um número de protocolo. Novo embate com o rapazinho do atendimento:

- Estão me pedindo o número de um protocolo.

- Não, não, não tem número de protocolo nenhum.

- Veja bem, eles estão me pedindo 'o número de protocolo da central de atendimento BB'

Mais um longo suspiro se seguiu depois dessa frase. O número em questão estava estampado no crachá do rapaz. Este, inclusive, após o último diálogo, saiu em disparada para dentro do Banco.

Antes de acabar de digitar o número do meu CPF, conforme solicitação da voz metálica, ele voltou: 'Ludmila, consegui. Nós vamos resolver o seu problema'. E me convidou para ir ao segundo andar da agência.

Chegando lá, para minha (grata?) surpresa, não havia apenas um gerente para me atender. Mas TRÊS gerentes me atenderam. Aliás, nunca fui tão bem tratada em toda a minha vida dentro de um banco. Evidentemente, todas as pendências foram resolvidas e eu saí de lá inclusive com vários cartões e indicações de investimento.

Portanto amiguinhos, anotem a dica: atendimento ruim de banco? Ouvidoria neles!

quarta-feira, julho 21, 2010

O perigo da Americanas Express


É que tudo na loja fica pertinho. Aí é um tal de aproveitar oferta... Hoje eu estava lá e vi uma promoção de 6 copos a menos de dez reais. Quase comprei. Mas pensei, opa, peraí, eu ainda tenho que andar até a escolinha, passar no banco, voltar pro serviço, tudo carregando sacola mais 6 copos de vidro? Sem contar que. Por acaso eu preciso de mais 6 copos em casa?

É sempre um risco. ;-)

segunda-feira, julho 19, 2010

Quem manda aqui?

Eu gosto de ir à pediatra da Teresa, a ótima Valentina, porque em toda consulta ela me lembra que na nossa relação, minha com a Teresa, quem manda sou eu. E é assim que tem que ser, para o bem da filhota, já que ela precisa de orientação e firmeza para se sentir segura. Isso parece muito simples e muito óbvio, mas é difícil pra caráleo. Sabe por que? Porque os bebês são lindos. E além de lindos, nós, os pais, os amamos profundamente. Como resistir?

Sabe aquele tipo de cara, lindo, inteligente, que tem o poder de fazer o que quiser com você?
Você sabe que ele está te enrolando, você sabe que não vai sair nada dali, mas ele é tão bonito, tão inteligente e você gosta tanto dele... Aí você acorda no outro dia, o celular dá fora de serviço ou desligado e você pensa: filho da puta, me enrolou de novo!

É assim com os bebês. Eles fazem beicinho, dão aquelas risadinhas deliciosas que só os bebês sabem dar, choram lágrimas sentidas e chamam mamãe... Mas você não pode ceder, porque eles só querem engalobar você.
Tem que cortar a unha, tem que andar de mão dada, tem que escovar dente e lavar atrás da orelha. Parece fácil, galera, mas cada item é uma luta diária.

Isso tudo pra dizer que depois de uma boa conversa com a Valentina combinamos que eu vou desmamar a Teresa nos próximos 90 dias. Concluímos que os benefícios da amamentação já foram todos aproveitados, ela está com peso e tamanho ótimos e já com quase 18 meses de vida. Portanto, move on, é pra frente que se anda. O prazo alargado, de fato, é para mim, não para Teresa. Como disse a Valentina: 'quem manda no peitão é você. Então prepare-se, e no dia que estiver pronta, simplesmente corte a amamentação. Ela vai reclamar um pouquinho, não vai querer a mamadeira, mas quando a fome apertar, tudo estará resolvido'.

Por isso estou aqui, me preparando emocionalmente para mais esse passo. Para resistir ao beicinho, ao choro, ao meu bebê querendo mais de mim e eu negando. Negando por ela, para que ela cresça e se desenvolva ainda mais. É assim que funciona, eu a incentivando a crescer por um lado e ela apresentando os desafios e me botando pra frente também.

sexta-feira, julho 16, 2010

Susto do dia

Eu li mal ou o Ruy Castro falou na Folha de S. Paulo de hoje que o Bruno (sim, o goleiro) é um "ex-cidadão"? Colo o texto aqui, citando a fonte - a Folha de hoje - para averiguação dos leitores.



São Paulo, sexta-feira, 16 de julho de 2010

Caderno Opinião


RUY CASTRO

Ex-tudo



RIO DE JANEIRO - Em 1994, o ídolo do futebol americano O.J. Simpson foi acusado de matar a facadas, por ciúme, sua ex-mulher, Nicole, que ele já atacara fisicamente três vezes, e Ronald Goldman, que suspeitava ser amante dela.Simpson fugiu, foi perseguido pela polícia por 96 km, trancou-se durante horas em seu carro e só então se entregou, tudo isso em rede nacional de TV. Seu julgamento, transmitido ao vivo, foi outro carnaval -somente a sessão do veredicto, em 1995, foi assistida por 20 milhões de pessoas. O júri o absolveu.Onze anos depois, para faturar com a própria história, Simpson publicou um cínico pseudo-romance, "If I Did It" ("Se Eu Tivesse Matado"), em que conta como foi à casa de Nicole, matou Goldman com dezenas de facadas e aplicou outras tantas à sua ex-mulher que quase lhe separou a cabeça do corpo. Como nos EUA não se pode ser julgado duas vezes pelo mesmo crime, ele estava tranquilo para confessar.Era inevitável que, com essa onipotência, Simpson se metesse em novas encrencas, o que aconteceu em 2007: um assalto à mão armada a uma joalheria, em Las Vegas, para roubar besteiras. Só que, desta vez, o júri o mandou para a cadeia por nove anos. Deve ter sido um choque para O.J.: heróis de milhões, como ele, não podem ser condenados, nem ficam presos. Mas ele foi e ficou.O caso de Bruno tem óbvias semelhanças. Até hoje ele parece não ter se dado conta de sua situação. Seu alheamento ao que lhe acontece, visível nas fotos e declarações, antes e depois de ser preso, indica que ainda não percebeu que já não é apenas ex-goleiro do Flamengo. É ex-goleiro, ex-cidadão, ex-tudo. Acabaram-se suas imunidades.Não vê que, além de preso, já está condenado e a um passo do linchamento. E que o fato de ser tão famoso só lhe complicou a vida -fosse goleiro do Ibis, sua história já teria saído do noticiário. (grifos meus)





Cada dia que passa essa história fica mais absurda. Tem gente que tem o displante de culpar a vítima pela própria morte. O que é um absurdo. Agora, tentam tirar do réu seus direitos de cidadão e colocá-lo 'a um passo do linchamento'. O que é isso? O Ruy Castro, gente, dizendo que um réu já está condenado (por quem, cara pálida?). Na Folha. Onde foi parar o direito de defesa, onde foram parar os princípios da Justiça, da legalidade?



É assim que a gente se defende de uma injustiça, de um ato bárbaro? Instigando e provacando outro?


Pôxa Ruy, me explica porque eu fiquei sem entender essa...






terça-feira, julho 13, 2010

Cabelo

Estava eu ontem na cozinha de casa e ouvi as seguintes frases:

'É incrível como as mulheres se importam com os seus cabelos. Cabelos e sapatos, as extremidades'.

Bom, eu na verdade não ligo muito para sapatos. Mas cabelo? Ah, cabelo é diferente mesmo.

Tem coisa que diz mais sobre a personalidade de uma pessoa, e até sobre o momento que ela está vivendo, que o cabelo? A cor, o corte, o comprimento?

Alguém consegue imaginar alguma mocinha tímida e frágil com os cabelos vermelhos fogosos? Aliás, qual a cor do cabelo de mocinhas tímidas e frágeis? Louro, claro.

Eu, por exemplo, sou uma morena por necessidade e convicção. A única cor possivel para o meu cabelo, seja em função da minha pele, dos meus traços, da minha personalidade, é preto. Não tem alternativa.

Da mesma forma que conheço algumas ruivas que não poderiam ser nada além de ruivas, como a Lori e a Marcela. Tô mentindo, garotas?

Lembrei de uma coisa linda que vi num daqueles filmes iranianos muito tristes mas que todo mundo deveria assistir.

A mãe paupérrima traveste a filha de 10 anos de menino para que ela possa trabalhar e conseguir algum dinheiro ou elas morreriam de fome. Para tanto, corta as suas tranças. A menina fica desolada e 'planta' as trancinhas em um vaso. Em vários momentos do filme a menina rega as tranças para que elas continuem crescendo (sorry, mas não lembro o nome do filme).

Metáfora linda sobre resistência e sobre o que faz de nós sermos o que somos. Talvez seja isso, o nosso cabelo diz muito sobre quem somos. Isso inclusive serve para homens também, eles apenas não prestam muita atenção.


Adoro tranças

sábado, julho 10, 2010

sweet home


Pois bem. Abri as janelas, tirei a poeira, troquei alguns móveis de lugar.
As coisas agora, 16 meses depois, estão mudadas.
Arrastamos a mesinha de centro para dar espaço para o tapete colorido de E.V.A. e brinquedos.
Os porres e sessões de cinema diminuíram bastante. Os programas agora são diurnos.
Mesmo assim ainda tem muita diversão, muita coisa para dividir.
Por isso voltei. Uma tentativa tímida de manter contato com aqueles que sempre foram
a força motriz desse espaço: sonhos.