Dying Young
Eu já quis ser a Susan Sontag quando crescesse.
* 16-01-1933
+ 28-12-2004
Trechos de uma entrevista:
Devo dizer que não sou contra metáforas. Mas venho me dedicando há muito tempo a dizer "isto é o que é, não alguma outra coisa". Desde meus escritos de quando tinha 20 anos até hoje me guio pelo interesse de mostrar as coisas como elas são. Assim é mais fácil entendermos melhor a vida. Não sou contra a metáfora na poesia, claro, mas essa figura de linguagem é muito poderosa e pode servir para demagogia e mistificação. Se você for para os EUA hoje não vai ver guerra alguma, só um país mais repressivo. Antes havia o "império do mal", a União Soviética. Depois eles se suicidaram. Por 20 anos os EUA não tiveram um "império" contra quem lutar. Agora eles têm novamente. E é um império virtual.
quarta-feira, dezembro 29, 2004
segunda-feira, dezembro 27, 2004
Femme Fatale
Acho importante dividir os momentos importantes da nossa vida com os amigos.
Acredito que divulgando minhas experiências posso auxiliar outras pessoas a procurar ajuda.
Por essa razão tenho a honra de dizer a todos:
Eu estou há 1 ano sem TPM!! E isso é muito bom!
Pode parecer marketing, mas não é: procure seu médico. ;-)
Acho importante dividir os momentos importantes da nossa vida com os amigos.
Acredito que divulgando minhas experiências posso auxiliar outras pessoas a procurar ajuda.
Por essa razão tenho a honra de dizer a todos:
Eu estou há 1 ano sem TPM!! E isso é muito bom!
Pode parecer marketing, mas não é: procure seu médico. ;-)
quarta-feira, dezembro 22, 2004
Minority Report
Vamos falar sobre gatos. Ontem a Zul passou a noite no hospital. O objetivo era fazer uma limpeza decente no ouvido dela, já que ela não nos permitiu fazê-lo em casa. Para tanto, o atual veterinário, já é o terceiro, precisou sedá-la.
Aliás, esse veterinário tem um comportamento diferente dos outros dois. Ele me parece mais prático. Só não sei se isso é bom ou ruim.
O que vocês, meus amigos que têm gatos, gostam de gatos e entendem de gatos, acham??
È melhor um veterinário mais pragmático, que não tem pudores em sedar para examinar, cobra caro e cuida de bicho de rico, mas tem apresentado resultados,
OU
Um veterinário mais 'humano', mais barato, ligado às causas dos bichos, como adoção, e utilização de exames menos estressantes (leia-se: se não der, não encoste), tratamentos alternativos como floral, e que até hoje, de fato, não fez nenhuma bobagem mas também não resolveu o problema?
Vamos falar sobre gatos. Ontem a Zul passou a noite no hospital. O objetivo era fazer uma limpeza decente no ouvido dela, já que ela não nos permitiu fazê-lo em casa. Para tanto, o atual veterinário, já é o terceiro, precisou sedá-la.
Aliás, esse veterinário tem um comportamento diferente dos outros dois. Ele me parece mais prático. Só não sei se isso é bom ou ruim.
O que vocês, meus amigos que têm gatos, gostam de gatos e entendem de gatos, acham??
È melhor um veterinário mais pragmático, que não tem pudores em sedar para examinar, cobra caro e cuida de bicho de rico, mas tem apresentado resultados,
OU
Um veterinário mais 'humano', mais barato, ligado às causas dos bichos, como adoção, e utilização de exames menos estressantes (leia-se: se não der, não encoste), tratamentos alternativos como floral, e que até hoje, de fato, não fez nenhuma bobagem mas também não resolveu o problema?
terça-feira, dezembro 21, 2004
quinta-feira, dezembro 16, 2004
Eu não sou muito chegada a músicas românticas, mas dessa eu realmente gosto.
Universally Speaking
I saw your face
Elegant and tired
Cut up from the chase
Still I so admired
Bloodshot your smile
Delicate and wild
Give me she wolf style
Rip right thru me
Silveretta the jets of a lifetime
Go and get her I've got her on my mind
Nothing better the feeling is so fine
Simply put I saw your love stream flow
Come on baby 'cos cause there's no name for
Give it up and I got what I came for
Universally speaking
Take it back and you make me nervous
Nothing better than love and service
Universally speaking
I win in the long run
I saw your crime
Dying to get high
Two of a kind
Beat all hands tonight
Silveretta the jets of a lifetime
Go and get her I've got her on my mind
Nothing better the feeling is so fine
Simply put I saw your love stream flow
Come on baby 'cos cause there's no name for
Give it up and I got what I came for
Universally speaking
Take it back and you make me nervous
Nothing better than love and service
Universally speaking
I win in the long run
Silveretta the jets of a lifetime
Go and get her I've got her on my mind
Nothing better the feeling is so fine
Simply put I saw your love stream flow
Simply put I saw your love stream flow
Let's go!
Red Hot Chili Peppers; in: By The Way
segunda-feira, dezembro 13, 2004
Brilho eterno de uma mente sem lembrança
Gostaria de avisar que estou me devendo a atualização dos links ao lado. Eu sempre lembro, mas depois sempre esqueço de colocar naquela lista blogs ótimos, que eu sempre visito, mas não estão aí porque eu sou uma cabeça oca. Exemplos: o novo blog da Roberta, o da Lola, o da Lori, o do Omni e o imperdível Idéia de Jerico.
Prometo para breve.
Gostaria de avisar que estou me devendo a atualização dos links ao lado. Eu sempre lembro, mas depois sempre esqueço de colocar naquela lista blogs ótimos, que eu sempre visito, mas não estão aí porque eu sou uma cabeça oca. Exemplos: o novo blog da Roberta, o da Lola, o da Lori, o do Omni e o imperdível Idéia de Jerico.
Prometo para breve.
Gêmeos, mórbida semelhança
Esse fim de semana eu tomei cachaça com hortelã no Sapujo e Absinto na Adrianinha.
Existe uma certa semelhança no paladar das duas bebidas, um certo je ne sais quois de Halls, sabe como?
Sinceramente, a cachaça com hortelã deu mais barato. Aliás...
Bem, o fato é que meu relacionamento com essa bebida genuinamente nacional, misturada como nós, está cada vez mais estreito. Viva o povo e a cachaça brasileira!
Esse fim de semana eu tomei cachaça com hortelã no Sapujo e Absinto na Adrianinha.
Existe uma certa semelhança no paladar das duas bebidas, um certo je ne sais quois de Halls, sabe como?
Sinceramente, a cachaça com hortelã deu mais barato. Aliás...
Bem, o fato é que meu relacionamento com essa bebida genuinamente nacional, misturada como nós, está cada vez mais estreito. Viva o povo e a cachaça brasileira!
sexta-feira, dezembro 10, 2004
Z
Negativo. Tudo negativo. Nada de leucemia nem AIDS felina.
Nunca um não foi tão positivo!
A Zul e eu agradecemos imensamente, e de coração, toda torcida positiva dessa semana.
Além de mim, o Kenji e até a Zen, do jeito dela, estamos comemorando os resultados. Agora é continuar com o remedinho para que a caçula da casa fique bem de vez.
Negativo. Tudo negativo. Nada de leucemia nem AIDS felina.
Nunca um não foi tão positivo!
A Zul e eu agradecemos imensamente, e de coração, toda torcida positiva dessa semana.
Além de mim, o Kenji e até a Zen, do jeito dela, estamos comemorando os resultados. Agora é continuar com o remedinho para que a caçula da casa fique bem de vez.
quinta-feira, dezembro 09, 2004
O Diário de Bridget Jones 2 ou
Bridget Jones: no limite da razão
Em homenagem ao filme que assisti ontem:
Diga não a mulher bibelô!
Diga não ao homem cristaleira! (aquele que adora exibir a mulher bibelô)
Antes acima do peso do que burra.
Antes bêbada do que hipócrita.
Antes fumante do que fútil.
Antes amante do que patroa.
Antes imperfeita do que falsa. (sim, isso também vale para próteses de silicone)
Antes um cérebro exercitado do que uma bunda durinha.
Momento TPM-radical-xiita para extravasar. Passageiro, mas necessário. ;-)
Bridget Jones: no limite da razão
Em homenagem ao filme que assisti ontem:
Diga não a mulher bibelô!
Diga não ao homem cristaleira! (aquele que adora exibir a mulher bibelô)
Antes acima do peso do que burra.
Antes bêbada do que hipócrita.
Antes fumante do que fútil.
Antes amante do que patroa.
Antes imperfeita do que falsa. (sim, isso também vale para próteses de silicone)
Antes um cérebro exercitado do que uma bunda durinha.
Momento TPM-radical-xiita para extravasar. Passageiro, mas necessário. ;-)
sexta-feira, dezembro 03, 2004
Fim dos dias
Pronto. Chegou dezembro. Agora é só ladeira abaixo, correria de um lado pro outro, comprar presente, combinar quem traz o chester, quem faz o salpicão. Parece que as formigas atacam os fundos de todas as pessoas que saem correndo e abanando as mãos para cima como loucas.
Bem, entramos no redomoinho.
Esse fim de semana, Santos - Lançamento do CD do Gaita-L V.
11/12 - Despedida do Sapujo e da Sheila que farão companhia ao Mário lá em Manaus.
18/12 - Churrasco Editora Fórum em Lagoa Santa e Lançamento do CD do Gaita-L V durante o Minas Harp, aqui em BH.
24/12 - Véspera de Natal.
31/12 - Véspera do Reveillon.
E que venha 2005.
Meu querido companheiro
Segunda-feira, 1o. de dezembro, dia internacional da luta contra a AIDS, a veterinária levanta a hipótese da minha menina caçula ser soropositiva. O resultado sai na próxima terça-feira e estamos torcendo. Meu coração está desse tamaninho.
Agora, se for positivo, vamos cuidar dela do mesmo jeito. E quer saber? Antes isso. Antes ela ter vindo parar nas mãos de dois doidos que adoram gatos, têm tempo e disposição. Tenho certeza que, diante das possibilidades, ela está ótima, crescendo linda, bagunceira e vai continuar assim.
Pronto. Chegou dezembro. Agora é só ladeira abaixo, correria de um lado pro outro, comprar presente, combinar quem traz o chester, quem faz o salpicão. Parece que as formigas atacam os fundos de todas as pessoas que saem correndo e abanando as mãos para cima como loucas.
Bem, entramos no redomoinho.
Esse fim de semana, Santos - Lançamento do CD do Gaita-L V.
11/12 - Despedida do Sapujo e da Sheila que farão companhia ao Mário lá em Manaus.
18/12 - Churrasco Editora Fórum em Lagoa Santa e Lançamento do CD do Gaita-L V durante o Minas Harp, aqui em BH.
24/12 - Véspera de Natal.
31/12 - Véspera do Reveillon.
E que venha 2005.
Meu querido companheiro
Segunda-feira, 1o. de dezembro, dia internacional da luta contra a AIDS, a veterinária levanta a hipótese da minha menina caçula ser soropositiva. O resultado sai na próxima terça-feira e estamos torcendo. Meu coração está desse tamaninho.
Agora, se for positivo, vamos cuidar dela do mesmo jeito. E quer saber? Antes isso. Antes ela ter vindo parar nas mãos de dois doidos que adoram gatos, têm tempo e disposição. Tenho certeza que, diante das possibilidades, ela está ótima, crescendo linda, bagunceira e vai continuar assim.
domingo, novembro 28, 2004
A Missão
Finalmente terminei o primeiro volume de Memória do Fogo, coletânea de relatos históricos recontados e reinventados por Eduardo Galeano sobre a conquista da América. Durante toda a leitura, você se pergunta: Por que eles conseguiram? Como eles foram capazes? Quem permitiu??
Talvez seja essa a resposta:
1691
Placentia
ADARIO, CHEFE DOS ÍNDIOS HURÕES, FALA AO BARÃO DE LAHONTAN, COLONIZADOR FRANCÊS DE TERRANOVA
Não, já bastante miseráveis são os senhores; não imagino como poderiam ser piores. A que espécie de criaturas pertencem os europeus, que classe de homens são? Os europeus que só fazem o bem por obrigação, e não tem outro motivo para evitar o mal que o medo ao castigo...
Quem lhes deu os países que habitam? Com que direito os possuem? Estas terras pertenceram desde sempre aos algonquinos. De verdade, meu irmão, sinto pena de ti do fundo da minha alma. Siga meu conselho e faça-te hurão. Vejo claramente a diferença que há entre a minha condição e à tua. Eu sou meu amo, e o amo da minha condição. Eu sou o amo do meu próprio corpo, disponho de mim, faço o que me dá prazer, sou o primeiro e o último da minha nação, não tenho medo de ninguém e só dependo do Grande Espírito. Em compensação teu corpo e tua alma estão condenados, dependem do grande capitão, o vice-rei dispõe de ti, não tens liberdade de fazer o que te vier a cabeça; vives com medo dos ladrões, das falsas testemunhas, dos assassinos; e deves obediência a uma infinidade de pessoas que estão por cima de ti. É verdade ou não é verdade? (Eduardo Galeano, Memória do Fogo, Vol. 1 - Os Nascimentos)
Quem sabe, a força-motriz de tanta violência e destruição não foi a inveja?
Finalmente terminei o primeiro volume de Memória do Fogo, coletânea de relatos históricos recontados e reinventados por Eduardo Galeano sobre a conquista da América. Durante toda a leitura, você se pergunta: Por que eles conseguiram? Como eles foram capazes? Quem permitiu??
Talvez seja essa a resposta:
1691
Placentia
ADARIO, CHEFE DOS ÍNDIOS HURÕES, FALA AO BARÃO DE LAHONTAN, COLONIZADOR FRANCÊS DE TERRANOVA
Não, já bastante miseráveis são os senhores; não imagino como poderiam ser piores. A que espécie de criaturas pertencem os europeus, que classe de homens são? Os europeus que só fazem o bem por obrigação, e não tem outro motivo para evitar o mal que o medo ao castigo...
Quem lhes deu os países que habitam? Com que direito os possuem? Estas terras pertenceram desde sempre aos algonquinos. De verdade, meu irmão, sinto pena de ti do fundo da minha alma. Siga meu conselho e faça-te hurão. Vejo claramente a diferença que há entre a minha condição e à tua. Eu sou meu amo, e o amo da minha condição. Eu sou o amo do meu próprio corpo, disponho de mim, faço o que me dá prazer, sou o primeiro e o último da minha nação, não tenho medo de ninguém e só dependo do Grande Espírito. Em compensação teu corpo e tua alma estão condenados, dependem do grande capitão, o vice-rei dispõe de ti, não tens liberdade de fazer o que te vier a cabeça; vives com medo dos ladrões, das falsas testemunhas, dos assassinos; e deves obediência a uma infinidade de pessoas que estão por cima de ti. É verdade ou não é verdade? (Eduardo Galeano, Memória do Fogo, Vol. 1 - Os Nascimentos)
Quem sabe, a força-motriz de tanta violência e destruição não foi a inveja?
terça-feira, novembro 23, 2004
A Identidade Bourne
Eu acho muito engraçado quando percebo uma imagem minha formulada pelo outro. Na maioria das vezes não é uma imagem falsa, porém é diferente da que eu mantenho de mim mesma. Por esses dias, isso aconteceu em duas situações.
Na primeira, descobri que, dentro de um determinado universo, eu sou a Ludmila do MST. Explico-me: em função de uma situação, entrei em uma comunidade do ORKUT denominada Anti-MST. Minha intenção ao trocar idéias naquele espaço, não era exatamente defender esse ou aquele movimento, mas no fundo, apresentar a possibilidade àquelas pessoas de manter um diálogo civilizado e racional com outras pessoas que pensam diferente delas.
Aliás, acredito eu, atualmente essa tem sido uma das minhas principais bandeiras: a tolerância. As pessoas podem discordar sem se ofender ou abrir mão de preceitos éticos, morais, sociais e de boa convivência.
Voltando ao ponto. Depois de mais de um mês do ocorrido, algumas pessoas comentaram comigo sobre o fato, como se ele, de certa forma, definisse a minha identidade ideológica.
Isso é muito interessante porque, na verdade, eu não tenho nenhuma relação com o MST, minha simpatia pelo movimento é cercada de reticências, mas o fato é que expondo meus pontos de vista acabei recebendo uma nova identidade. Longe de mim rejeitá-la, confesso que a recebi com estranheza mas também com um certo orgulho.
O segundo caso é que, para minha surpresa, algumas pessoas me consideram uma apreciadora de cachaça. Não é que eu não goste realmente, acontece que agora sou tratada (muito bem, diga-se de passagem), como uma exímia conhecedora da marvada.
Fui agraciada com duas garrafas esse sábado. Uma diretamente de Florianópolis, presente de um verdadeiro apreciador da bebida. A outra ganhei do Fred, da fazenda do pai dele, ou seja, fabricação própria. Outro interessante detalhe desse fenômeno é que agora, quando me convidam para uma festa, alguém sempre comenta: "olha, vai ter uma cachacinha , da terra do meu avô (ou algo que o valha), você não pode perder, aparece por lá".
Se eu gosto de cachaça? Gosto sim. Se eu entendo? Sinceramente, muito pouco. Por que as pessoas acham que eu entendo do assunto? Não tenho a menor idéia. Tudo bem que eu tenho casos engraçados que envolvem cachaça. Tudo bem que eu já cheguei na Letras & Expressões e a garçonete perguntou: E você Ludmila, o de sempre? E o de sempre era uma dose de Lua Cheia. Isso não significa, entretanto, que eu saiba diferenciar cachaças além de: essa eu gostei e essa eu não gostei. Na verdade, eu entendo é de beber, só isso, e ficava até meio receosa de ficar com fama de bebum, desregrada, e tal. Quem diria que beber cachaça hoje em dia é cult...
Aproveito a oportunidade e aviso aos navegantes que, nesse segundo caso, eu faço fama e deito na cama. Não rejeito, pelo contrário, agradeço todas as garrafas e doses que ganhei e prometo continuar me esforçando para merecer um dia o respeito dos amigos e apreciadores que me presentearam.
Eu acho muito engraçado quando percebo uma imagem minha formulada pelo outro. Na maioria das vezes não é uma imagem falsa, porém é diferente da que eu mantenho de mim mesma. Por esses dias, isso aconteceu em duas situações.
Na primeira, descobri que, dentro de um determinado universo, eu sou a Ludmila do MST. Explico-me: em função de uma situação, entrei em uma comunidade do ORKUT denominada Anti-MST. Minha intenção ao trocar idéias naquele espaço, não era exatamente defender esse ou aquele movimento, mas no fundo, apresentar a possibilidade àquelas pessoas de manter um diálogo civilizado e racional com outras pessoas que pensam diferente delas.
Aliás, acredito eu, atualmente essa tem sido uma das minhas principais bandeiras: a tolerância. As pessoas podem discordar sem se ofender ou abrir mão de preceitos éticos, morais, sociais e de boa convivência.
Voltando ao ponto. Depois de mais de um mês do ocorrido, algumas pessoas comentaram comigo sobre o fato, como se ele, de certa forma, definisse a minha identidade ideológica.
Isso é muito interessante porque, na verdade, eu não tenho nenhuma relação com o MST, minha simpatia pelo movimento é cercada de reticências, mas o fato é que expondo meus pontos de vista acabei recebendo uma nova identidade. Longe de mim rejeitá-la, confesso que a recebi com estranheza mas também com um certo orgulho.
O segundo caso é que, para minha surpresa, algumas pessoas me consideram uma apreciadora de cachaça. Não é que eu não goste realmente, acontece que agora sou tratada (muito bem, diga-se de passagem), como uma exímia conhecedora da marvada.
Fui agraciada com duas garrafas esse sábado. Uma diretamente de Florianópolis, presente de um verdadeiro apreciador da bebida. A outra ganhei do Fred, da fazenda do pai dele, ou seja, fabricação própria. Outro interessante detalhe desse fenômeno é que agora, quando me convidam para uma festa, alguém sempre comenta: "olha, vai ter uma cachacinha , da terra do meu avô (ou algo que o valha), você não pode perder, aparece por lá".
Se eu gosto de cachaça? Gosto sim. Se eu entendo? Sinceramente, muito pouco. Por que as pessoas acham que eu entendo do assunto? Não tenho a menor idéia. Tudo bem que eu tenho casos engraçados que envolvem cachaça. Tudo bem que eu já cheguei na Letras & Expressões e a garçonete perguntou: E você Ludmila, o de sempre? E o de sempre era uma dose de Lua Cheia. Isso não significa, entretanto, que eu saiba diferenciar cachaças além de: essa eu gostei e essa eu não gostei. Na verdade, eu entendo é de beber, só isso, e ficava até meio receosa de ficar com fama de bebum, desregrada, e tal. Quem diria que beber cachaça hoje em dia é cult...
Aproveito a oportunidade e aviso aos navegantes que, nesse segundo caso, eu faço fama e deito na cama. Não rejeito, pelo contrário, agradeço todas as garrafas e doses que ganhei e prometo continuar me esforçando para merecer um dia o respeito dos amigos e apreciadores que me presentearam.
segunda-feira, novembro 15, 2004
Todos dizem Eu te amo
Pela terceira vez, serei madrinha de casamento!
Fico muito feliz quando isso acontece.
Primeiro porque considero o convite uma demonstração de afeto dos noivos e segundo porque sempre tive a sorte de "casar" pessoas bacanas.
Sexta é a vez do Edson e da Zaine. Espero que eles sejam muito felizes.
Pela terceira vez, serei madrinha de casamento!
Fico muito feliz quando isso acontece.
Primeiro porque considero o convite uma demonstração de afeto dos noivos e segundo porque sempre tive a sorte de "casar" pessoas bacanas.
Sexta é a vez do Edson e da Zaine. Espero que eles sejam muito felizes.
quarta-feira, novembro 10, 2004
Laços de Ternura
Tem dias de sol que a gente acorda completamente cinza.
Tem notícias no jornal que bombardeiam qualquer bom humor.
O Bush vence, o Arafat piora...
Algumas perguntas teimam em continuar sem respostas.
Às vezes, até pessoas bacanas dizem bobagens sem tamanho.
Agora, de vez em quando, pra não ressecar demais, é bom lembrar de algumas palavrinhas como mesmo e assim.
Mesmo assim, a molecada continua crescendo e chegando.
Mesmo assim, sempre há novos amigos para se fazer.
Mesmo assim, sempre há velhos e bons amigos para se reencontrar.
Mesmo assim, namorar é muito bom.
Mesmo assim, depois de um dia trabalhoso, você pode chegar em casa e encontrar abacaxi e melancia na geladeira.
Mesmo assim, já dizia a minha avó, não há bem que sempre dure, não há mal que não se acabe.
Mesmo assim, a gente pode ser meio emotivo, otimista, até ingênuo mesmo, de vez em quando. Faz mal não. Faz bem. Para gente e para os que estão em volta.
Então, um sambinha do Paulinho para mim e para você.
Com votos que ele melhore.
Argumento
Paulinho da Viola
Tá legal
Tá legal, eu aceito o argumento
Mas não maltrate o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro ou de um tamborim
Sem preconceito ou mania de passado
Sem querer ficar do lado de quem não quer navegar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Toca o barco devagar.
Tem dias de sol que a gente acorda completamente cinza.
Tem notícias no jornal que bombardeiam qualquer bom humor.
O Bush vence, o Arafat piora...
Algumas perguntas teimam em continuar sem respostas.
Às vezes, até pessoas bacanas dizem bobagens sem tamanho.
Agora, de vez em quando, pra não ressecar demais, é bom lembrar de algumas palavrinhas como mesmo e assim.
Mesmo assim, a molecada continua crescendo e chegando.
Mesmo assim, sempre há novos amigos para se fazer.
Mesmo assim, sempre há velhos e bons amigos para se reencontrar.
Mesmo assim, namorar é muito bom.
Mesmo assim, depois de um dia trabalhoso, você pode chegar em casa e encontrar abacaxi e melancia na geladeira.
Mesmo assim, já dizia a minha avó, não há bem que sempre dure, não há mal que não se acabe.
Mesmo assim, a gente pode ser meio emotivo, otimista, até ingênuo mesmo, de vez em quando. Faz mal não. Faz bem. Para gente e para os que estão em volta.
Então, um sambinha do Paulinho para mim e para você.
Com votos que ele melhore.
Argumento
Paulinho da Viola
Tá legal
Tá legal, eu aceito o argumento
Mas não maltrate o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro ou de um tamborim
Sem preconceito ou mania de passado
Sem querer ficar do lado de quem não quer navegar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Toca o barco devagar.
quinta-feira, novembro 04, 2004
Il Postino
Poema em Linha Reta
Álvaro de Campos
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Poema em Linha Reta
Álvaro de Campos
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
quarta-feira, outubro 27, 2004
Bridget Jones's Diary
Boas
Ontem o jantar no Fred foi ótimo. Pessoas amigas, agradabilíssimas, comida deliciosa, champagne, um luxo.
Exames negativos. Gatinhas saudáveis alegram meu mafuá.
Más
Ficamos presos no elevador e deparei-me com o indizível, o medo agudo, a fobia. Tenho pavor de trancafiamento. Necessito de janelas.
Terei de escolher, para os próximos três ou quatro meses um sapato para usar todos os dias. Hoje meu instrutor soltou-me a pérola:
"Outra sandália, Ludmila?!"
Boas
Ontem o jantar no Fred foi ótimo. Pessoas amigas, agradabilíssimas, comida deliciosa, champagne, um luxo.
Exames negativos. Gatinhas saudáveis alegram meu mafuá.
Más
Ficamos presos no elevador e deparei-me com o indizível, o medo agudo, a fobia. Tenho pavor de trancafiamento. Necessito de janelas.
Terei de escolher, para os próximos três ou quatro meses um sapato para usar todos os dias. Hoje meu instrutor soltou-me a pérola:
"Outra sandália, Ludmila?!"
terça-feira, outubro 26, 2004
sexta-feira, outubro 22, 2004
Terra em Transe
Algumas considerações sobre o recente escândalo Herzog:
Eu, como cidadã brasileira, tenho o direito de saber de quem são aquelas fotos publicadas no jornal Correio Braziliense.
Independente da identidade do retratado, os brasileiros merecem que os fatos sejam investigados a fundo.
Caso trate-se de Vladmir Herzog, então que os arquivos sejam abertos e mais informações desvendadas sobre a repressão durante a ditadura militar. E, por favor, não me venham com essa história de ah, o que passou, passou. Não, não passou não. Ou seria uma excelente idéia, depois de quase 60 anos do fim da II Guerra Mundial esquecermos os campos de concentração? Afinal, são águas passadas, não é mesmo?
Caso as fotos sejam do tal padre canadense Leopoldo D'Aslous então que essa palhaçada, essa falta de respeito com os familiares de Vladimir Herzog e, claro, com esse padre, esse joguinho político, essa barrigada histórica, ou sei lá que tipo de baixeza, seja resolvida e os responsáveis punidos.
Espero que o governo federal dê a devida importância ao caso e que esse país aprenda a respeitar seu passado. A intolerância é filha primogênita da ignorância. A verdade, por mais dolorosa que seja, ainda é a única luz que não nos permite cometer os mesmo erros.
À Clarice Herzog (que, evidentemente, não me conhece nem nunca vai ler esse blog) e seus familiares minha total e irrestrita solidariedade, até porque, de uma maneira ou de outra, eu devo uma a família Herzog.
Feio, né? Eu também acho.
Algumas considerações sobre o recente escândalo Herzog:
Eu, como cidadã brasileira, tenho o direito de saber de quem são aquelas fotos publicadas no jornal Correio Braziliense.
Independente da identidade do retratado, os brasileiros merecem que os fatos sejam investigados a fundo.
Caso trate-se de Vladmir Herzog, então que os arquivos sejam abertos e mais informações desvendadas sobre a repressão durante a ditadura militar. E, por favor, não me venham com essa história de ah, o que passou, passou. Não, não passou não. Ou seria uma excelente idéia, depois de quase 60 anos do fim da II Guerra Mundial esquecermos os campos de concentração? Afinal, são águas passadas, não é mesmo?
Caso as fotos sejam do tal padre canadense Leopoldo D'Aslous então que essa palhaçada, essa falta de respeito com os familiares de Vladimir Herzog e, claro, com esse padre, esse joguinho político, essa barrigada histórica, ou sei lá que tipo de baixeza, seja resolvida e os responsáveis punidos.
Espero que o governo federal dê a devida importância ao caso e que esse país aprenda a respeitar seu passado. A intolerância é filha primogênita da ignorância. A verdade, por mais dolorosa que seja, ainda é a única luz que não nos permite cometer os mesmo erros.
À Clarice Herzog (que, evidentemente, não me conhece nem nunca vai ler esse blog) e seus familiares minha total e irrestrita solidariedade, até porque, de uma maneira ou de outra, eu devo uma a família Herzog.
Feio, né? Eu também acho.
segunda-feira, outubro 18, 2004
quarta-feira, outubro 13, 2004
O Homem nu
Empinei papagaio, conversei com as galinhas, investi em mal traçadas linhas, falei "quede" no lugar de "cadê", estudei, matei aula, roubei jabuticaba do meu próprio pé, tive medo de azedar, tive medo de cair, aceitei-me mentecapta, me chamei de menino, chamei o menino pra brincar, ri de mim, ri dos outros, contei causo, conheci Minas por dentro, por fora e do avesso, troquei cartas, aprontei as piores gafes, vi a lua quadrada, num céu que não era meu, fui peralta e gostei. Tudo, tudo, tudo dentro de seus livros.
Foi ele quem perguntou: será o tabuleiro de damas preto com quadrados brancos, branco com quadrados pretos, ou de outra cor, pintado com quadrados pretos e brancos?
Eu nunca respondi e não tenho a resposta, mas, pelo menos, nunca mais parei de me perguntar sempre: é branco? É preto? Ou é de outra cor escondida?
Isso também, dentro de seus livros.
Morreu menino. Talvez o último, na sua idade, dos meninos da minha cidade.
Eu fui pra debaixo do ipê, chorar, coração, cotovelo e joelhos arranhados, minha última queda de bicicleta.
Empinei papagaio, conversei com as galinhas, investi em mal traçadas linhas, falei "quede" no lugar de "cadê", estudei, matei aula, roubei jabuticaba do meu próprio pé, tive medo de azedar, tive medo de cair, aceitei-me mentecapta, me chamei de menino, chamei o menino pra brincar, ri de mim, ri dos outros, contei causo, conheci Minas por dentro, por fora e do avesso, troquei cartas, aprontei as piores gafes, vi a lua quadrada, num céu que não era meu, fui peralta e gostei. Tudo, tudo, tudo dentro de seus livros.
Foi ele quem perguntou: será o tabuleiro de damas preto com quadrados brancos, branco com quadrados pretos, ou de outra cor, pintado com quadrados pretos e brancos?
Eu nunca respondi e não tenho a resposta, mas, pelo menos, nunca mais parei de me perguntar sempre: é branco? É preto? Ou é de outra cor escondida?
Isso também, dentro de seus livros.
Morreu menino. Talvez o último, na sua idade, dos meninos da minha cidade.
Eu fui pra debaixo do ipê, chorar, coração, cotovelo e joelhos arranhados, minha última queda de bicicleta.
segunda-feira, outubro 11, 2004
O Gato
Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho / Bacalov
Com um lindo salto/Leve e seguro
O gato passa/Do chão ao muro
Logo mudando/De opinião
Passa de novo/Do muro ao chão
E pisa e passa/Cuidadoso, de mansinho
Pega e corre, silencioso/Atrás de um pobre passarinho
E logo pára/Como assombrado
Depois dispara/Pula de lado
Se num novelo/Fica enroscado
Ouriça o pêlo, mal-humorado
Um preguiçoso é o que ele é
E gosta muito de cafuné
Com um lindo salto/Leve e seguro
O gato passa/Do chão ao muro
Logo mudando/De opinião
Passa de novo/Do muro ao chão
E pisa e passa/Cuidadoso, de mansinho
Pega e corre, silencioso/Atrás de um pobre passarinho
E logo pára/Como assombrado
Depois dispara/Pula de lado
E quando à noite vem a fadiga
Toma seu banho
Passando a língua pela barriga
Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho / Bacalov
Com um lindo salto/Leve e seguro
O gato passa/Do chão ao muro
Logo mudando/De opinião
Passa de novo/Do muro ao chão
E pisa e passa/Cuidadoso, de mansinho
Pega e corre, silencioso/Atrás de um pobre passarinho
E logo pára/Como assombrado
Depois dispara/Pula de lado
Se num novelo/Fica enroscado
Ouriça o pêlo, mal-humorado
Um preguiçoso é o que ele é
E gosta muito de cafuné
Com um lindo salto/Leve e seguro
O gato passa/Do chão ao muro
Logo mudando/De opinião
Passa de novo/Do muro ao chão
E pisa e passa/Cuidadoso, de mansinho
Pega e corre, silencioso/Atrás de um pobre passarinho
E logo pára/Como assombrado
Depois dispara/Pula de lado
E quando à noite vem a fadiga
Toma seu banho
Passando a língua pela barriga
sexta-feira, outubro 08, 2004
Uma noite sobre a Terra
Essa noite eu sonhei com o Mark Ruffalo:
Ele era taxista em BH, colega do Márcio (que no sonho também era taxista) e amigo do Max.
Tenho visto vários filmes com o sujeito. Não é só uma questão de gostar dos filmes em que ele atuou (vi inclusive umas bombas no Telecine que ele participava), mas de ele atuar em filmes que eu gostei muito de ver, como o Brilho eterno de uma mente sem lembranças e o Minha vida sem mim.
Espero que ele continue do lado bom da força.
Essa noite eu sonhei com o Mark Ruffalo:
Ele era taxista em BH, colega do Márcio (que no sonho também era taxista) e amigo do Max.
Tenho visto vários filmes com o sujeito. Não é só uma questão de gostar dos filmes em que ele atuou (vi inclusive umas bombas no Telecine que ele participava), mas de ele atuar em filmes que eu gostei muito de ver, como o Brilho eterno de uma mente sem lembranças e o Minha vida sem mim.
Espero que ele continue do lado bom da força.
quinta-feira, outubro 07, 2004
Alguém tem que ceder II
Continuando o papo sobre idade.
Primeiro: eu não acredito que exista uma relação direta entre envelhecimento e maturidade.
Segundo: eu adoro quando um jornalista imbecil pergunta para alguma personalidade mais idosa: você se sente jovem aos 70 anos? e a pessoa responde: claro que não. Por que eu me sentiria assim? Aliás, eu detestaria me sentir jovem hoje, eu demorei muito para chegar aqui. Dois exemplos que eu já vi: Paulo Autran e Fernanda Montenegro. Palma para os dois!
Terceiro: eu não quero ser uma velha jovem. Eu quero ser uma velha velha. Madura. Claro, com a mente cada vez mais aberta e uma saúde impecável. Mas eu quero chegar aos 50, 60 anos respeitando meus cabelos brancos. Quero usar meus óculos para vista cansada com dignidade. Quero merecer e valorizar minhas rugas .
Até porque, fora de moda, considerando o que pensam e como agem os jovens de hoje, eu estou desde os 16.
Continuando o papo sobre idade.
Primeiro: eu não acredito que exista uma relação direta entre envelhecimento e maturidade.
Segundo: eu adoro quando um jornalista imbecil pergunta para alguma personalidade mais idosa: você se sente jovem aos 70 anos? e a pessoa responde: claro que não. Por que eu me sentiria assim? Aliás, eu detestaria me sentir jovem hoje, eu demorei muito para chegar aqui. Dois exemplos que eu já vi: Paulo Autran e Fernanda Montenegro. Palma para os dois!
Terceiro: eu não quero ser uma velha jovem. Eu quero ser uma velha velha. Madura. Claro, com a mente cada vez mais aberta e uma saúde impecável. Mas eu quero chegar aos 50, 60 anos respeitando meus cabelos brancos. Quero usar meus óculos para vista cansada com dignidade. Quero merecer e valorizar minhas rugas .
Até porque, fora de moda, considerando o que pensam e como agem os jovens de hoje, eu estou desde os 16.
terça-feira, outubro 05, 2004
Alguém tem que ceder
Assisti ontem em DVD. Achei legal, uma gracinha. Muito, muito engraçado e trata a questão da maturidade com inteligência. Bom, vale a pena assistir, tem a Diane Keaton que sempre dá um show.
Sem querer desmerecer o filme, contudo, não gostei do final. Diria porque não fosse esse blog público. Detalhe, aliás, do qual acabei de me lembrar: a gente não deve sair por aí contando os finais dos filmes.
É, então vou publicar esse post enquanto eu não penso em outro, porque a idéia original, quando comecei a escrever, era realmente falar mal do fim do filme.
Assisti ontem em DVD. Achei legal, uma gracinha. Muito, muito engraçado e trata a questão da maturidade com inteligência. Bom, vale a pena assistir, tem a Diane Keaton que sempre dá um show.
Sem querer desmerecer o filme, contudo, não gostei do final. Diria porque não fosse esse blog público. Detalhe, aliás, do qual acabei de me lembrar: a gente não deve sair por aí contando os finais dos filmes.
É, então vou publicar esse post enquanto eu não penso em outro, porque a idéia original, quando comecei a escrever, era realmente falar mal do fim do filme.
segunda-feira, outubro 04, 2004
Instinto Selvagem
Esse fim de semana o Animal Planet poderia ter filmado, lá em casa, um episódio de Hospital Veterinário.
Vou dizer uma coisa: a dedicação e a paciência necessárias para cuidar de dois animaizinhos adoentados só não se comparam a dedicação e a paciência necessárias para cuidar de um bebê (considerando que esse seja seu filho, ou parente próximo. Caso contrário, você ainda pode chutar o balde). Só.
Esse fim de semana o Animal Planet poderia ter filmado, lá em casa, um episódio de Hospital Veterinário.
Vou dizer uma coisa: a dedicação e a paciência necessárias para cuidar de dois animaizinhos adoentados só não se comparam a dedicação e a paciência necessárias para cuidar de um bebê (considerando que esse seja seu filho, ou parente próximo. Caso contrário, você ainda pode chutar o balde). Só.
quarta-feira, setembro 29, 2004
terça-feira, setembro 28, 2004
O Informante
Segue o texto de um scrapbook-spam (aonde chega a audácia das pessoas...) do Orkut.
Mas a informação é interessante, já que recordar é viver.
Vamos?
oi ludmila!!!Estou trazendo a banda ZERØ pra tocar aqui em BH...uma das mais cultuadas bandas do cenário rock brasileiro dos anos 80.
O evento contará com a abertura da banda ENJOY (BH) e participações especiais da cantora Fabiana Costa (banda SYRIX-BH) e DJ RIOT (BH) que fará a discotecagem
dia 16 de outubro(sábado)...22:00h
100 PRIMEIROS:10 REAIS
ANTECIPADO:12 REAIS
PORTARIA:15 REAIS
Será um ?show case? intimista para fãs realizado na casa de espetáculos MATRIZ BAR(TERMINAL TURÍSTICO JK.GUAJAJARAS,1353) com público estimado em 500 pessoas.
vai lá e leva uma galera
sua "NÃO" presença será notada !!!
vc pode conseguir antecipado no:
LASOMBRA TATTOO E PIERCING, rua Pernambuco 1070/lj 12. Savassi, BHZ/MG tel: (31) 32617765
Segue o texto de um scrapbook-spam (aonde chega a audácia das pessoas...) do Orkut.
Mas a informação é interessante, já que recordar é viver.
Vamos?
oi ludmila!!!Estou trazendo a banda ZERØ pra tocar aqui em BH...uma das mais cultuadas bandas do cenário rock brasileiro dos anos 80.
O evento contará com a abertura da banda ENJOY (BH) e participações especiais da cantora Fabiana Costa (banda SYRIX-BH) e DJ RIOT (BH) que fará a discotecagem
dia 16 de outubro(sábado)...22:00h
100 PRIMEIROS:10 REAIS
ANTECIPADO:12 REAIS
PORTARIA:15 REAIS
Será um ?show case? intimista para fãs realizado na casa de espetáculos MATRIZ BAR(TERMINAL TURÍSTICO JK.GUAJAJARAS,1353) com público estimado em 500 pessoas.
vai lá e leva uma galera
sua "NÃO" presença será notada !!!
vc pode conseguir antecipado no:
LASOMBRA TATTOO E PIERCING, rua Pernambuco 1070/lj 12. Savassi, BHZ/MG tel: (31) 32617765
segunda-feira, setembro 27, 2004
No Smoking
Para de fumar é uma perda. Como outra qualquer.
Fumar é um prazer, vendido em pacotinhos de 20 unidades.
Cada cigarro equivale a um beijo, um abraço, àquela música que você não ouve tem um tempão... Quando alguém acende um cigarro no meio do expediente está resgatando, artificialmente, uma boa lembrança.
Parar de fumar é abster-se. Abster-se do que é fácil e certo. É não se enganar. Só que a vida é tão mais fácil com pequenos auto-enganos...
Iludir-se, como fumar, não é essencial, mas é gostoso.
Parar de Fumar é lógico, é racional.
Fumar é desejo, é estúpido.
Estúpido como gostar de alguns.A gente gosta, topa, se fode e acaba acendendo um para consolar.
Só que um dia a auto-estima fala mais alto.
Alguns, como o cigarro, ficam para trás.
Cinco dias sem ligar. O último cigarro.
Nesse momento, o cigarro é meu ex-namorado.
Para de fumar é uma perda. Como outra qualquer.
Fumar é um prazer, vendido em pacotinhos de 20 unidades.
Cada cigarro equivale a um beijo, um abraço, àquela música que você não ouve tem um tempão... Quando alguém acende um cigarro no meio do expediente está resgatando, artificialmente, uma boa lembrança.
Parar de fumar é abster-se. Abster-se do que é fácil e certo. É não se enganar. Só que a vida é tão mais fácil com pequenos auto-enganos...
Iludir-se, como fumar, não é essencial, mas é gostoso.
Parar de Fumar é lógico, é racional.
Fumar é desejo, é estúpido.
Estúpido como gostar de alguns.A gente gosta, topa, se fode e acaba acendendo um para consolar.
Só que um dia a auto-estima fala mais alto.
Alguns, como o cigarro, ficam para trás.
Cinco dias sem ligar. O último cigarro.
Nesse momento, o cigarro é meu ex-namorado.
sexta-feira, setembro 24, 2004
quinta-feira, setembro 23, 2004
segunda-feira, setembro 13, 2004
Orlando, a mulher imortal
A gente envelhece, mas não deixa de se divertir!
Fotos aqui by Cláudio
Ainda mais com uns presentes bacanas como esse! Thanx, Rosi!
A gente envelhece, mas não deixa de se divertir!
Fotos aqui by Cláudio
Ainda mais com uns presentes bacanas como esse! Thanx, Rosi!
domingo, setembro 05, 2004
Saló ou os 120 dias de Sodoma
Sexta eu participei da minha primeira orgia gastronômica
- 7Kg de camarão, transformados em strogonoff de camarão, maionese de camarão, camarão ao alho e óleo, e um filé de salmão.
- Cachaça no congelador
- Cuba Light
- 2 garrafas de Champagne (dos bons)
- Charutos Cubanos
- Chocolate Suíço
- Companhia indispensável: Ana, Artur, Max, Fred e o Kenji.
- De 22 horas às 5 da matina.
O pecado da gula em sua melhor forma!
Quem tem medo de Baby Jane?
Ontem a Zul chegou em casa. A segunda gata da casa, pretinha, que precisa ganhar peso e melhorar a pelagem. Nada que uma boa dose de mimo e ração de qualidade não resolvam.
Já a brava Zen mostrou-se uma bela brava de araque. Rosna, mostra os dentes, mas nem chega perto. Não quer comer, nem se aproxima do lugar onde a gatinha está. A impressão é de que está com medo da filhote. Quem diria...
Sexta eu participei da minha primeira orgia gastronômica
- 7Kg de camarão, transformados em strogonoff de camarão, maionese de camarão, camarão ao alho e óleo, e um filé de salmão.
- Cachaça no congelador
- Cuba Light
- 2 garrafas de Champagne (dos bons)
- Charutos Cubanos
- Chocolate Suíço
- Companhia indispensável: Ana, Artur, Max, Fred e o Kenji.
- De 22 horas às 5 da matina.
O pecado da gula em sua melhor forma!
Quem tem medo de Baby Jane?
Ontem a Zul chegou em casa. A segunda gata da casa, pretinha, que precisa ganhar peso e melhorar a pelagem. Nada que uma boa dose de mimo e ração de qualidade não resolvam.
Já a brava Zen mostrou-se uma bela brava de araque. Rosna, mostra os dentes, mas nem chega perto. Não quer comer, nem se aproxima do lugar onde a gatinha está. A impressão é de que está com medo da filhote. Quem diria...
terça-feira, agosto 31, 2004
Invasões Bárbaras
O Declínio do Império Americano
Muito bom.
Lembrei de uma frase fantástica do Guimarães Rosa mais ou menos assim:
O que você é grita tanto que não me deixa ouvir as suas palavras
Ring 0
Não vi O Chamado original japonês, só a versão norte-americana. Em compensação me diverti bastante com o filme que conta onde tudo começou. Interessante, poucos efeitos especiais, dizem que menos assustador que O Chamado que deu origem à série, mas rola de arregalar os olhos em vários momentos!
Eu, robô
Gostei. Não se trata de uma adaptação do livro, mas respeita bastante o universo do Asimov. Meu tio Carlito iria gostar. Sem contar que faz várias referências a outros filmes legais como 2001 e Matrix. Lembrei de um livro do autor chamado Sonhos de Robô. Meu terapeuta indicou a leitura de alguns dos seus contos, mas não cheguei a ler inteiro. Ainda procuro pelo livro nos sebos da cidade, porque as edições esgotaram, e os contos que tive acesso eram realmente bem bacanas.
O Declínio do Império Americano
Muito bom.
Lembrei de uma frase fantástica do Guimarães Rosa mais ou menos assim:
O que você é grita tanto que não me deixa ouvir as suas palavras
Ring 0
Não vi O Chamado original japonês, só a versão norte-americana. Em compensação me diverti bastante com o filme que conta onde tudo começou. Interessante, poucos efeitos especiais, dizem que menos assustador que O Chamado que deu origem à série, mas rola de arregalar os olhos em vários momentos!
Eu, robô
Gostei. Não se trata de uma adaptação do livro, mas respeita bastante o universo do Asimov. Meu tio Carlito iria gostar. Sem contar que faz várias referências a outros filmes legais como 2001 e Matrix. Lembrei de um livro do autor chamado Sonhos de Robô. Meu terapeuta indicou a leitura de alguns dos seus contos, mas não cheguei a ler inteiro. Ainda procuro pelo livro nos sebos da cidade, porque as edições esgotaram, e os contos que tive acesso eram realmente bem bacanas.
quarta-feira, agosto 18, 2004
Tudo sobre minha mãe
A felicidade pode ser mensurada pela importância que damos aos problemas-sem-importância.
Quanto mais importância damos aos problemas-sem-importância mais tristes estamos.
Isso não significa que não dar importância a problemas-sem-importância nos faça feliz.
Significa apenas que dar importância aos problemas-sem-importância é um sintoma de infelicidade.
Quando eu estou feliz os problemas-sem-importância não me afetam, já quando eu estou triste eles se transformam em verdadeiros obstáculos intransponíveis.
O problema de estar triste e de dar importância aos problemas-sem-importância surge, na verdade, quando se tem um problema importante.
Porque aí o problema importante _ que deveria ser encarado como o problema-sem-importância o é _ vira uma verdadeira tragédia.
E o fato é que problemas não são tragédias, são apenas problemas.
A felicidade pode ser mensurada pela importância que damos aos problemas-sem-importância.
Quanto mais importância damos aos problemas-sem-importância mais tristes estamos.
Isso não significa que não dar importância a problemas-sem-importância nos faça feliz.
Significa apenas que dar importância aos problemas-sem-importância é um sintoma de infelicidade.
Quando eu estou feliz os problemas-sem-importância não me afetam, já quando eu estou triste eles se transformam em verdadeiros obstáculos intransponíveis.
O problema de estar triste e de dar importância aos problemas-sem-importância surge, na verdade, quando se tem um problema importante.
Porque aí o problema importante _ que deveria ser encarado como o problema-sem-importância o é _ vira uma verdadeira tragédia.
E o fato é que problemas não são tragédias, são apenas problemas.
sexta-feira, agosto 13, 2004
terça-feira, agosto 10, 2004
A Sombra da Dúvida
Se tem refrigerante sem caloria, por que não tem cigarro sem nicotina?
Por que a tampinha do suporbond não é feita de um dos diversos plásticos que o superbond não cola?
Se eu tenho o lobo esquerdo do cérebro, por que ele não funciona?
Por que a minha gata sabe a força exata para morder meu queixo sem machucar mas não sabe medir a força quando morde meu pé?
Qual a diferença entre um agnóstico e um budista?
Por que algumas pessoas feias são consideradas bonitas e pessoas bonitas são consideradas feias?
Por que algumas idéias feias são consideradas bonitas e idéias bonitas são consideradas feias?
Por que as coisas boas acontecem quando (e onde) menos se espera? (essa dúvida não é só minha!)
Se a festa de sábado foi tão boa, por que acabou?
Se tem refrigerante sem caloria, por que não tem cigarro sem nicotina?
Por que a tampinha do suporbond não é feita de um dos diversos plásticos que o superbond não cola?
Se eu tenho o lobo esquerdo do cérebro, por que ele não funciona?
Por que a minha gata sabe a força exata para morder meu queixo sem machucar mas não sabe medir a força quando morde meu pé?
Qual a diferença entre um agnóstico e um budista?
Por que algumas pessoas feias são consideradas bonitas e pessoas bonitas são consideradas feias?
Por que algumas idéias feias são consideradas bonitas e idéias bonitas são consideradas feias?
Por que as coisas boas acontecem quando (e onde) menos se espera? (essa dúvida não é só minha!)
Se a festa de sábado foi tão boa, por que acabou?
terça-feira, julho 27, 2004
quinta-feira, julho 15, 2004
segunda-feira, julho 12, 2004
A flor do meu segredo
Meus sonhos andam tão estranhos, que eu não tenho coragem suficiente para publicá-los aqui. Todo mundo vai pensar que eu estou ficando doida (será?). Num deles eu estava conversando com uma foto do meu avô, pai da minha mãe. O engraçado é que no sonho eu sabia que aquilo não era possível e falava com a foto:
- Pois é, avô, pena que essa conversa não é possível, se fosse nós já teríamos conversado antes...
E o meu avô, na foto, acenava afirmativamente...
Mudando completamente de assunto, ontem nós jogamos Mofão aqui em casa. Foi ótimo, quem não veio perdeu e já está convidado para a próxima rodada!
Meus sonhos andam tão estranhos, que eu não tenho coragem suficiente para publicá-los aqui. Todo mundo vai pensar que eu estou ficando doida (será?). Num deles eu estava conversando com uma foto do meu avô, pai da minha mãe. O engraçado é que no sonho eu sabia que aquilo não era possível e falava com a foto:
- Pois é, avô, pena que essa conversa não é possível, se fosse nós já teríamos conversado antes...
E o meu avô, na foto, acenava afirmativamente...
Mudando completamente de assunto, ontem nós jogamos Mofão aqui em casa. Foi ótimo, quem não veio perdeu e já está convidado para a próxima rodada!
quarta-feira, julho 07, 2004
Mentes que Brilham
Agora tem uma comunidade no Orkut sobre o Mofão.
Isso me lembrou os bons tempos da graduação.
Sem dúvida, matar aula para jogar mofão no CEC
era uma das melhores coisas para se fazer naquele prédio.
E você poderia, com sorte, agregar coisas bacanas
no mesmo dia, como matar aula,
jogar mofão, fumar, ir a uma calourada beber
vinho barato e quente, subir no telhado,
assistir um filme em um D.A. qualquer,
jogar mais mofão, e assim sucessivamente.
Mas não era só o mofão.
A primeira aula de semiótica,
o primeiro texto do Walter Benjamim,
o primeiro estágio,
a primeira matéria para o jornal laboratório Alternativa,
as trocentas calouradas,
os trocentos shows musicais e teatrais,
as aulas do Júlio, da Vera, do César, do Helton,
as grandes amizades,
as grandes decisões,
a perda da ingenuidade,
o último texto do Gilles Delleuze,
o último circular SC05,
o último estágio.
O Kenji tem uma camiseta que diz: "Existe hora e lugar para tudo. E esse lugar se chama Faculdade". Bicho, como isso é verdade.
Agora tem uma comunidade no Orkut sobre o Mofão.
Isso me lembrou os bons tempos da graduação.
Sem dúvida, matar aula para jogar mofão no CEC
era uma das melhores coisas para se fazer naquele prédio.
E você poderia, com sorte, agregar coisas bacanas
no mesmo dia, como matar aula,
jogar mofão, fumar, ir a uma calourada beber
vinho barato e quente, subir no telhado,
assistir um filme em um D.A. qualquer,
jogar mais mofão, e assim sucessivamente.
Mas não era só o mofão.
A primeira aula de semiótica,
o primeiro texto do Walter Benjamim,
o primeiro estágio,
a primeira matéria para o jornal laboratório Alternativa,
as trocentas calouradas,
os trocentos shows musicais e teatrais,
as aulas do Júlio, da Vera, do César, do Helton,
as grandes amizades,
as grandes decisões,
a perda da ingenuidade,
o último texto do Gilles Delleuze,
o último circular SC05,
o último estágio.
O Kenji tem uma camiseta que diz: "Existe hora e lugar para tudo. E esse lugar se chama Faculdade". Bicho, como isso é verdade.
sexta-feira, julho 02, 2004
segunda-feira, junho 28, 2004
quinta-feira, junho 24, 2004
...E o Vento Levou
Pois é, o VII Congresso Mineiro de Radiodifusão acabou e espero resgatar os meus laços sociais. No frigir de todos os ovos, acho que o resultado foi bom!
Ah! Eu tive sonhos muuuito estranhos, depois publico porque há uns 10 dias atrás eu assisti "Diário de Motocicleta" e quis escrever um post e não tive tempo, então, mesmo sendo um assunto antigo, eu vou publicar agora porque eu quero. Fodasss.
Diário de Motocicleta
Em primeiro lugar, eu concordo que o filme é bom, bonito e zams.
Agora, saí do filme pensando: Putz, quem fez esse filme? O filho de um banqueiro??
A palavra comunista aparece uma única hora no filme inteiro!
Alguém aqui acha que o Guevara viajaria mais de dez mil quilômetros sem discutir política??
Alguém acha que o Guevara não era comunista, ou pelo menos pensava nisso, naquela época??
Alguém acha que ele não fumou nenhum baseado? (Se alguém tem alguma dúvida se ele era chegado basta ler qualquer um dos seus diários...)
Alguém acha que o Guevara que morreu aos 39 anos, que participou de uma porrada de guerrilha e teve tempo para ter cinco filhos, viajou mais de dez mil quilômetros e não comeu ninguém??
Pelo amor de deus, né?
A cena final, quando o Guevara vira pro amigo e fala: "Ah, eu tenho que pensar no que fazer... são tantas injustiças..." Gente, ele não estava pensando em o que fazer, ele estava pensando em como fazer!
O fato é que a lente politicamente correta do filme transformou Che Guevara em um quase seminarista e cá entre nós, santo ele não era. Felizmente.
E o fato do diretor, produtor, ou sei lá quem, discordar de alguns fatos e pensamentos não o impede de descrevê-los. O que não é possível é simplesmente apagá-los como se nunca tivessem acontecido!
Também concordo com todas armininas que o tal Gael Garcia é realmente muito bonitinho. Mas o meu sex-simbol está aí: Ernesto "Che" Guevara. O homem, aquele que sabia endurecer, sem perder a doçura, se é que vocês me entendem... hohoho...
sábado, junho 12, 2004
Teoria da Conspiração
Celine Dion.
O negócio é o seguinte, eu acho que a Celine Dion é, ou já foi, homem.
Todo mundo sabe que a história dela é mais ou menos assim.
Era uma vez uma cantora, sem expressão, meio sem gracinha
e feia pra diabo vivendo lá no meio do Canadá.
Um dia ela se casa com um velho ricaço que
dá um banho de loja na moça, contrata os melhores
produtores e temos a Celine Dion de hoje:
elegante, chique, classuda (porque bonita, convenhamos,
não há dinheiro no mundo que consiga essa façanha).
Agora, como explicar aquele queixo?
Aquela cara de homem?
Aquele tamanho de perna?
O escarpin 42?
A minha teoria:
Celine Dion sempre foi um traveco,
que encontrou uma bicha velha e rica que pagou a
cirurgia de mudança de sexo, a produção
e o resto da história todo mundo já conhece.
Mas a verdade não escapa aos olhos clínicos.
Outro dia, assistindo a um show na TV
eu quase consegui ver o pomo-de-adão.
Celine Dion and I.
Celine Dion.
O negócio é o seguinte, eu acho que a Celine Dion é, ou já foi, homem.
Todo mundo sabe que a história dela é mais ou menos assim.
Era uma vez uma cantora, sem expressão, meio sem gracinha
e feia pra diabo vivendo lá no meio do Canadá.
Um dia ela se casa com um velho ricaço que
dá um banho de loja na moça, contrata os melhores
produtores e temos a Celine Dion de hoje:
elegante, chique, classuda (porque bonita, convenhamos,
não há dinheiro no mundo que consiga essa façanha).
Agora, como explicar aquele queixo?
Aquela cara de homem?
Aquele tamanho de perna?
O escarpin 42?
A minha teoria:
Celine Dion sempre foi um traveco,
que encontrou uma bicha velha e rica que pagou a
cirurgia de mudança de sexo, a produção
e o resto da história todo mundo já conhece.
Mas a verdade não escapa aos olhos clínicos.
Outro dia, assistindo a um show na TV
eu quase consegui ver o pomo-de-adão.
Celine Dion and I.
Assinar:
Postagens (Atom)