domingo, dezembro 21, 2003

O Diário de Bridget Jones

Sexta-feira – 12/12

Cheguei em Floripa por volta de 18h15. O Kenji e o Sassá já estavam me aguardando. Fomos pro Sassá e depois pra casa da Ana, onde ficamos até terça-feira.

No caminho da casa do Sassá vimos, pela primeira vez, o croissant de Jesus.

A casa da Ana é enorme, com quintal, jardim, videira, piscina e varanda com rede. Conhecemos a Dona Diva, que é a simpatia em pessoa, mas estava bem gripada, tadinha.

De lá partimos para a primeira aventura gastronômica: o Deca. Estávamos eu, Kenji, Sassá, Artur e Ana. Pedimos duas seqüências de camarão. Uma seqüência de camarão consiste em: duas casquinhas de siri, camarõezinhos fritos, camarõezinhos empanados, camarões médios e grandes no alho, peixe com molho de camarão além de: arroz, feijão, maionese, batata-frita e salada.

Primeiras constatações:
- Eu nunca tinha comido uma casquinha de siri de verdade. Casquinha de siri é aquilo que vendem em Florianópolis, não o que vendem em Minas, em São Paulo ou na Bahia.
- Um prato para duas pessoas dá para quatro com tranqüilidade. Portanto, cuidado ao pedir comida em Floripa, as porções são sempre muito grandes.
- Conhecemos o primeiro trapiche. Quase todo restaurante tem. O trapiche é um deque pequeno para alguns barquinhos e quando o tempo está bom, eles colocam mesinhas para você comer praticamente dentro do mar (ou da lagoa).


Sábado – 13/12

Primeiros passeios. Encontramos o Claumann, a Nicole e a priminha da Nicole no mercado da cidade e depois seguimos para o primeiro Mirante, no caminho da Lagoa. O visual é incrível. Desse mirante dá para ver uma parte da lagoa e as dunas. Mesmo sem sol é muito bonito de se ver.

A Lagoa fica no meio da ilha de Santa Catarina, que faz parte de Florianópolis. A cidade tem uma parte continental e a ilha. A lagoa é linda e por essa razão a maioria dos pontos turísticos, comércio, restaurantes bacanas fica à beira da lagoa.

Passamos pela praia mole e depois paramos no segundo mirante. Muito bonito também. Encontramos o Sassá e suas convidadas: Manuela e sua avó. A Manuela estava fazendo vestibular para Direito na UFSC. Fomos almoçar todos juntos: eu, Kenji, Artur, Ana, Claumann, Nicole, sua prima, Manuela, sua avó e o Sassá. Descolados, pedimos três pratos. Deu e sobrou. Um peixe pro Claumann, um negócio de camarão com frutos do mar e um outro negócio de camarão com frutos do mar e creme de leite. Papo bom, comida excelente, birita e diversão na veia.

Visitamos mais praias, voltamos para a casa da Ana, depois encontramos o Sassá no “centrinho da lagoa”, onde rolou a primeira sonzeira. Kenji na gaita, Sassá e Artur nos violões, Ana cantando e a Lud atrapalhando tudo. Foi rápido, mas já pintou uns moleques querendo tocar também, porque estava tudo muito legal, etc. Combinamos de voltar no outro dia, domingo, pra tocar mais. Também rolou o meu primeiro mini-kalzone. Adivinha o recheio? É, camarão, como você sabia?

Fomos pro John Bull, onde iria rolar o show do Mister Jack, a banda do Benevides. O Kenji comeu um burrito e adorou. Parece que era tão bom quanto os legítimos burritos mexicanos de Nova Iorque. No show também apareceu uma pancada de amigos e amigas da Ana e do Artur.

Mas a grande surpresa mesmo foi a presença do Ulysses Cazallas, o avô gaitístico do Kenji. É impressionante o carinho que o Ulisses tem com o Kenji. Eu, para falar a verdade, fiquei toda comovida...

Aí o Mister Jack começou a tocar e quebrou tudo. Fizeram um show super dançante, super rock’n’roll. Rolou até James Brown, Stevie Wonder, clássicos do rock e do Blues, aquelas coisas todas. Quebradeira total.

Domingo – 14/12

Desde sábado que eu já estava louca para comer uma tal de ostra gratinada. O negócio é o seguinte: ostra com molho branco e uma suave cobertura de queijo parmesão. Então, a Ana e o Artur nos levaram no Ostradamus. Além das famosas ostras, comemos também um risoto de frutos do mar.

Tudo muito bom, porém o mais bacana do restaurante era o trapiche, lotado de gaivotas. Lindo, lindo. Aproveitei e peguei algumas conchinhas na praia. Esse restaurante fica na parte sul da ilha, num bairro antigo cheio de casinhas no legítimo estilo açoriano. O fundo das casas dá para o mar, então você saiu da cozinha, deu cinco passos e já está com o pé na água salgada. Como era domingo, foi possível ver um pescador no seu quintal beira-mar costurando a rede de pesca.

Como o combinado, por volta de umas seis da tarde voltamos para o centrinho da lagoa pra mais sonzeira. A mesma configuração. Rolou todo aquele repertório Sassá, Artur e Kenji: Barão, Legião, Paralamas, Jota Quest, Engenheiros, Sá e Guarabira, Rita Lee, Roupa Nova, Blitz, “clássicos” dos anos 80 como Miquinhos, Ritche, “Eu fui dar mamãe” e todas aquelas baixarias. Fechamos o boteco, melhor, o café, depois de dez da noite. Mais de quatro horas tocando sem parar. Fizemos amizade, o povo perguntava, elogiava, foi o maior astral.

Continuamos a noite no norte na ilha, no bar do Dandão. Esse lugar é todo decorado com bruxas, dragões, uns pássaros de isopor e purpurina, velas... lugar bacana. Adivinha onde nós ficamos? No trapiche. Adivinha o que comemos? Ostras gratinadas. Acho que foi o visual noturno mais bonito da viagem. Tinha o mar, lá longe as luzes da ilha do lado esquerdo, bem no meio a ponte iluminada e do lado direito as luzes do continente. Legal foi o comentário do Artur: “Agora, imagina o lado esquerdo todo apagado. Imaginou? Foi isso que aconteceu no apagão....”

Segunda-feira – 15/12

Acordamos tarde e almoçamos na Ana mesmo. Depois fomos passear no centro de Floripa. Lá não tem camelô na rua, mas tem o camelódromo. O que vende é exatamente a mesma coisa: bugigangas eletrônicas, bonecas, bichos de pelúcia, prendedor de cabelo, e assim vai. A diferença é que o lugar é organizado e você pode até pagar com cartão de crédito.

Andamos um tanto beira-mar, mesmo sem sol. De repente, não mais que de repente, começou um ventão. Pela primeira vez na vida, um vento quase me carregou. Caiu um toró e sem opções, fomos conhecer o shopping da ilha. Comi o segundo mini-calzone, dessa vez, o vegetariano.

O jantar foi no restaurante Barba Azul. Comemos ostras gratinadas (de novo? Siiim, de novo!) e uma paella de frutos do mar que sinceramente, vai ficar para a história. Primeiro porque o prato é lindo. Por alguns centésimos de segundo você fica até com pena de comer, mas passa. O negócio é muito bom, é impossível comer sem gemer e revirar os olhos, sabe como? Quase sexo. Se for a Floripa, não perca, vou repetir: Paella de frutos do mar, no Barba Azul.

Terça-feira – 16/12

Mais passeios e alguns telefonemas de BH. Fomos até o CIC – Centro Integrado de Cultura e passamos por uma exposição (pequena) do Rodin. Bem legal. Também fomos ao mangue. Lá tem um manguezal com umas passarelas de madeira, tudo muito bonito. É possível ver muitos caranguejos de tamanhos bem variados. Encontramos um, inclusive, comendo um pedaço de pão molhado. Temos fotos.

Passamos no Angeloni, uma rede de supermercados de lá, para comprar o presente da Ana que fez aniversário na quarta, dia 17. Claro que compramos birita.

Minha boca estourou. Tudo bem, não se pode ter sorte o tempo todo, algum azar tinha que rolar, rolou esse.

Para consolar, fomos tomar sorvete na Sorveteria Parmalat. Siiim, lá ainda tem e com uns sorvetes finos deliciosos. O Kenji experimentou um petit gateau que estava simplesmente divino.

Passamos no rodoviária e compramos as passagens para Blumenau, onde fica a fábrica de gaitas da Hering. Andamos mais e voltamos ao shopping para comprar um cesta de natal para a família da Ana. Eles foram super hospitaleiros, simpáticos, engraçados, então resolvemos fazer essa gracinha, meio no espírito do Natal. Ho ho ho.

Voltamos, deixamos os presentes todos e mudamos para a casa do Sassá.

Concomitante aos diversos acontecimentos, uma comemoração íntima. Eu e Kenji agora somos red label. Keep Walking.

Quarta-feira – 17/12

Acordamos 5h30 da manhã, pegamos o ônibus às 7h05 e chegamos a Blumenau 9h30.

Fomos para a fábrica da Hering, uma construção no melhor estilo alemão, toda em madeira, com ninhos construídos abaixo do telhado habitados por vários passarinhos. O Benevides chegou e nos mostrou toda a fábrica. Como eles estavam entrando de férias coletivas no dia 19, a produção estava a todo o vapor, o que foi muito bom, porque pudemos ver todas as máquinas trabalhando.

Conhecemos o responsável por montar todas (sim, rapaziada, eu disse todas) as excelentes cromáticas da Hering. Um rapaz super simpático (aliás, todo mundo foi simpático, todos os funcionários, do big boss à moça do comercial que estava trabalhando como uma louca, mas parou para nos atender com a maior atenção) que tem um afinador gigante que mais parece um rádio da segunda guerra. Evidentemente, não fabricam mais afinadores tão bons e se algum dia aquele quebrar, muito provavelmente, não será possível encontrar outro melhor.

Também conhecemos o senhor que produz os novos modelos. Tipo: caras incríveis como o Ronald Silva (da trupe de gaita) elaboram uma gaita nova, montam o projeto desse novo produto e mandam para a Hering. É esse senhor que tira o projeto do papel, faz as peças, monta os primeiros protótipos. Ele contou que está trabalhando num novo modelo há mais de dois meses e que ele só deve ficar 100% daqui uns três ou quatro meses. Aguardemos.

Também conversamos com um dos afinadores da Hering e tivemos a oportunidade de ver o Benê “brincando” com algumas gaitas. Foi um privilégio poder ver tudo isso de perto, e acho que o Kenji se divertiu ainda mais do que eu.

Aproveitamos e fizemos algumas comprinhas: o Kenji adquiriu uma gaita vintage, num tom menor esquisito, acho que si bemol. Também compramos quatro “minha primeira hering”, duas para os sobrinhos da Ana e do Artur e duas para os meus irmãos Jade e Pedro. Essa gaitinha para crianças tem corpo de madeira, oito orifícios (cada um com uma nota) e vem com um método cheio de musiquinhas e gravuras para colorir. Achei bem didático e bacana para crianças mais novas.

Depois da visita almoçamos com o Benê numa churrascaria onde continuamos o papo sobre gaitas, bandas, música, rock’n’roll, mercado... Aproveitamos a oportunidade e demos uma deslavada cantada no Benê, para trazer o Mister Jack para tocar aqui em BH. Ele ficou de enviar um material promocional da banda para cá. Vamos torcer para que a coisa vingue.

Seguimos para o centro de Blumenau, visitamos os sebos de lá e eu comprei um presente para a Luana, minha irmãzinha mais velha (aliás, esse vai ser o segundo presente comprado em sebo que eu envio para ela. Espero que isso desperte a sua curiosidade para conhecê-los).

Pegamos o ônibus para Balneário Camboriú às 17h e chegamos às 19h. Fomos visitar o Ulysses Cazallas, o avô postiço do Kenji. O Ulysses mora num apartamento super confortável, com uma varanda gigante, uma quadra do comércio e duas quadras da praia, com a Dona Nilza (sua esposa e um amor de pessoa) um neto e uma neta. Foi uma visita deliciosa, ouvimos o Ulisses tocar, ele mostrou todas as preciosidades que tem em casa (gaitas, gaitas e mais gaitas, nos mais diversos tons e afinações). Eu que não entendo nada fiquei boquiaberta, imagina quem entende. Ainda tivemos direito, como em toda casa de avós, ao lanche da tarde com bolo de chocolate. Saímos da casa do Ulisses mais mimados, mais estragados e muito mais novos do que entramos. Chegamos em Floripa por volta de 11 horas da noite.

Quinta-feira – 18/12

Dia das compras de Natal. Voltamos ao segundo mirante e compramos lembrancinhas para mamães, papais e irmãos que ainda faltavam. Eu ganhei uma camiseta do Kenji que gostou de uma estampa que só vinha nas camisetas infantis. Conclusão: minha primeira camiseta GG.

Descemos e andamos na Praia Mole. Mesmo sem sol, a praia estava cheia de adolescentes, surfistas e gringos. Foi o único dia que almoçamos mal. Paramos num quiosque e pedimos um peixe com salada e uma “massa de lula”. O melhor do peixe, para se ter uma idéia, eram as frutas (mamão, abacaxi e maçã) que, como disse o Kenji, já estão prontas, é difícil estragar. A massa de lula lembrava um macarrão chinês e de lula mesmo, nem o cheiro. A caminhada, no entanto, foi boa: belas paisagens.

Chegamos no Sassá e ele, mais que depressa, tirou seu violão Yamaha da case, ligou num ampli gigantesco que fica sala, ao lado da TV e começou a tocar. Ficamos de umas cinco da tarde até oito da noite tocando e cantando (eu não canto, só desafino, mas como estava lá mesmo...)

Tivemos que correr para não atrasar muito e encontrar o Claumann e a Nicole numa pizzaria pra lá de bacana. Mesmo assim atrasamos, sorry. Pedimos duas pizzas que ficaram prontas em dez minutinhos: uma delas era metade de ricota-abobrinha-berinjela (pedido meu, evidente) metade atum com gorgonzola (pedido do Kenji); a outra era metade quatro queijos (pedido do Claumann/Nicole) e metade Aliche (pedido do Sassá). Cada um desses sabores, tirando a quatro queijos, tinha um lindo nome italiano, mas eu não lembro quais eram. O fato é que todas estavam deliciosas e nós comemos até cansar. Também pedimos um ótimo vinho tinto Santa Helena Cabernet Sauvignon, muito bem recomendado pelo sommelier Claumann. O Kenji comeu um petit gateau de sobremesa que estava com a cara ótima, mas segundo o próprio, o da Parmalat é melhor. Conversamos muito e o papo estava ótimo. Eu e a Nicole até descobrimos coisas em comum. Mundo pequeno.

Depois de cansarmos bastante as línguas, o Claumann nos deixou no John Bull para assistirmos o show do Nuno Mindellis. A casa estava comemorando aniversário e simplesmente empapuçada de gente. Não assistimos ao show todo, até pelo cansaço. O Sassá, que também foi com a sua amiga Tatiana, assistiu o show todo e falou que estava muito legal.

sexta-feira – 19/12

Acordamos e fomos passear com o Sassá. Almoçamos o recomendado peixe do Ponta das Caranhas. Trata-se de um filézão de peixe, enrolado como um rocambole, recheado com molho de camarão e coberto com catupiry. O negócio é um veneno, uma droga viciante, uma coisa de louco. Para digerir toda essa maravilha, Sassá nos levou para conhecer diversas praias no sul da ilha, as badaladas, as luxuosas e com condomínios chiquérrimos, incluindo aquele onde o Guga tenista reside. Infelizmente, estava chovendo, mas o passeio valeu do mesmo jeito.

A melhor parte foi no Costão do Santinho, onde tem um Resort chiquérrimo também. Nesse lugar eu molhei meus pezinhos na água do mar (porque se eu não o fizesse morreria de frustração) e também num pequeno córrego de água mineral que saía das pedras e morria no mar. Subimos num morro cheio de pedras e vimos, lá de cima, o mar batendo nas pedras. O melhor visual diurno da viagem. Fantástico. Além de molhar os pés também peguei uma conchinha para minha coleção.

Voltamos para casa, mais sonzeira com o Sassá e seu violão e depois fomos nos encontrar com a Ana e o Artur que estavam comemorando o aniversário dela. Cantamos, tocamos, bebemos, comemos, rimos, falamos, contamos piada, conhecemos pessoas e continuamos a fazer o que estávamos fazendo a exatos sete dias: nos divertindo enormemente.

Sábado – 20/12

Dia da volta. Treze horas e meia de Floripa até BH. Sassá dirigiu o tempo todo, na boa, mesmo com a chuva (maior parte do tempo) e o trânsito. Grande Sassá.

Chegamos em casa às 03h30 da manhã. A Zen nos recepcionou com sua tradicional miadeira. Ela está ótima, gordinha como sempre, graças ao tio Omni que cuidou dela com todo o zelo e carinho. Thanx, tio Omni.

Florianópolis é uma cidade linda. As férias foram fantásticas e valeram cada minuto. Também ficou muito evidente que belas paisagens, sozinhas, não adiantam muito. Ou seja, sem o Sassá, o Artur (e amigos), a Ana e toda a sua família, o Claumann, a Nicole, o Benê, o Ulisses e a D. Nilza, com certeza não teria a mesma graça, mesmo.

Esse post é só um pedacinho, muito sem cor, de tudo que se passou nesses dias. Ainda tem as histórias por trás de cada dia, as gírias, as fotos, os filmes, os cachorros, o curiódromo da ilha, o mercado, a figueira, as flores do cemitério, os papos, os bolinhos de camarão... História pra contar não vai faltar.


quinta-feira, dezembro 11, 2003

Easy Rider

Amanhã estamos partindo para Floripa. Quero me esbaldar. Recomendo, inclusive, que os amigos esbaldem-se também, aqui, lá, onde e como quiser.
Para começar, vamos hoje ao Maleta, a partir de 21 horas. Diversão garantida, barata e perto dos amigos. Nada melhor.



terça-feira, dezembro 09, 2003

Me, myself and Irene

"O que você é grita tanto, que não me deixa escutar o que você diz..."

Guimarães Rosa, relembrando Emerson em "Fantasmas dos Vivos" presente na coletânea "Ave, Palavra"


quarta-feira, dezembro 03, 2003

Contatos imediatos do 3o Grau

Essa noite eu sonhei que os ets tinham invadido a terra, iniciado uma guerra e até onde me lembro estavam levando a melhor.

(na verdade o sonho é enorme e eu estou com preguiça de contar)




segunda-feira, dezembro 01, 2003

Meu querido companheiro

Hoje é o dia mundial de luta contra a Aids. Então, eu queria dar três vivas.

Um pra camisinha. VIVA!

Um pro fim do preconceito. VIVA!

E outro pro Coquetel. VIVA!

Porque, graças a deus, acho que hoje nós temos muito mais a comemorar do que a lamentar.




Pulp Fiction

Sábado eu sonhei que estava dentro do novo filme do Tarantino, Kill Bill. Eu fugia da Uma Thurman que queria me matar. A Lucy Liu, no sonho, tinha um filhinho, que a gente tentava proteger. Uma espécie de “loba solitária”. He he.





sexta-feira, novembro 28, 2003

Sexta-feira, 13

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

(estrofe de Tabacaria – Álvaro de Campos)



Quem se habilita?




quarta-feira, novembro 26, 2003

Colcha de Retalhos

Alguns sonhos que ficaram para trás na correria:

Outro dia estava batendo papo com Marcelo Belico num sonho. Não lembro o teor da conversa, mas acho que era lá na casa dele, em Ponte Nova.

Sonhei que a TV Globo tinha construído, para a nova novela das oito, nos seus estúdios, um mar artificial. A justificativa era que as imagens de dia ficavam melhores com o mar artificial do que com o mar da Baía de Guanabara. Apareceu no sonho uma daquelas imagens aéreas da praia e o mar era igualzinho uma piscina gigante com a água completamente transparente, cheia de cloro evidentemente. Os mocinhos da novela eram o Rodrigo Santoro e a Paloma Duarte (acho que eles realmente estiveram na mesma novela pouco tempo atrás, mas não como par romântico).

Essa noite eu sonhei com o Júlio Pinto, meu eterno professor de Semiótica. Além do Júlio também tive aula, nesse sonho, com o Márcio Simeone. Mas no sonho o Márcio não era o Márcio, era uma versão mais jovem do meu professor de história de cursinho, o Chico.




sábado, novembro 22, 2003

Twins

Gente, eram quíntuplos! Pois é, fui para o Hospital parir um e pari cinco. Emocionante. Bem, agora voltamos a vida normal, com umas dorzinhas aqui, outras ali, mas nada que impeça um bom fim de semana.




quinta-feira, novembro 20, 2003

Se meu fusca falasse

Essa noite eu sonhei que o Kenji tinha um fusca. O carrinho era leento, e quando pegava estrada de terra não passava de 20 km/h. Na subida a gente tinha que descer e empurrar o fusquinha. No sonho, eu estava no Barreiro e o Kenji foi me buscar. Quando o carro entrou no asfalto eu pensei, aliviada: “ainda bem, agora a gente pode ir um pouquinho mais rápido”.



Os mil olhos do Dr. Mabuse

Amanhã entro na faca. Vou parir um pólipo na maternidade Santa Fé, ali no Horto. Interno às nove da manhã e, espero, já estarei boa às nove da noite. :-)




Apelo

Alguém, pelo amor de Deus, tem o volume Um do livro Mil Platôs do Gilles Deleuze e do Félix Gattari para emprestar? Ficarei eternamente grata.


Gilles Deleuze



terça-feira, novembro 18, 2003

Um dia, um gato

Sonhei que eu e o Kenji morávamos numa casa. No quintal, tinha uma espécie de caverna, uma toca de pedra, onde era a casinha da Zen. Um dia apareceram vários outros gatinhos. Um deles era igual a ela pequena. Os outros eram pretinhos. Eu disse ao Kenji: “não me pergunte como, mas a Zen teve filhotinhos”. (a gata é castrada...)
Um dos filhotes pretos (eram uns três ou quatro) tinha asas e ficava voando baixinho.



Um ato de coragem

Hoje eu me vinguei do meu clínico. Esse doutor já me deixou esperando até duas horas no consultório. Nunca cumpre o horário das consultas. Hoje eu tinha consulta marcada para 14 horas e um outro compromisso às 16. O relógio já estava marcando 15 horas e nada do tal doutor chegar. O que a Lud fez? Escrevi um bilhetinho assim:

Prezado doutor,
Como tenho um compromisso às 16h, não pude esperá-lo. Nossa consulta estava marcada para 14 horas. Estou deixando meus exames para sua avaliação. Solicito que o senhor, por gentileza, deixe o relatório do risco cirúrgico com as secretárias que virei buscá-lo amanhã na parte da manhã (único horário que tenho disponibilidade).
Saliento que a consulta com o cirurgião já está marcada para quinta-feira, 20/11 e a única pendência é o seu relatório.
Agradeço desde já a sua compreensão.
Cordialmente,
Ludmila Pizarro

Cheguei em casa, liguei para a clínica e confirmei que o relatório de risco cirúrgico está à disposição e que eu poderei apanhá-lo amanhã.




segunda-feira, novembro 17, 2003

O carteiro e o poeta

Da Inquieta Esperança

Bem sabes Tu, Senhor, que o bem melhor é aquele
Que não passa, talvez, de um desejo ilusório.
Nunca me dê o Céu... quero é sonhar com ele
Na inquietação feliz do Purgatório.

Mário Quintana





quinta-feira, novembro 13, 2003

Grease 2 – Os tempos da brilhantina voltaram

Duas noites atrás, eu sonhei que estava assistindo na TV a continuação de Grease. Mas não era aquele filme com a Michelle Pfeiffer não. O filme do meu sonho era a continuação mesmo, com o John Travolta e a Olívia Newton-John casados, velhos, sem nenhuma sombra do glamour de um musical.

No sonho, a Olívia Newton-John estava bem velhinha, um cabelão armado e estava na cozinha fazendo o jantar. Depois chegava o John Travolta, com uma barriga gigante, dava um beijo no rosto dela, ia para trás de um armário da cozinha, tirava uma garrafinha de alumínio e dava um gole escondido. Ele era alcoólatra e escondia que bebia da mulher.

Romântico.






terça-feira, novembro 11, 2003

Ao mestre, com carinho

Essa noite voltei à escola onde cursei da 5a à 8a Série. No sonho, estava dentro do ônibus indo para o Barreiro. Resolvi descer na escola para pegar o meu histórico e rever o lugar. Quando cheguei lá a secretária me atendeu e disse que o histórico ficaria pronto em 180 dias (isso mesmo, seis meses). Eu me indignei com o prazo e ela diminuiu: 170 dias.

Fui embora e encontrei com o meu professor de filosofia. Nós conversamos bastante. No sonho, ele havia sido meu professor há muito tempo atrás e me aconselhava sobre várias coisas da vida. Não me lembro o quê falávamos, mas sentia que a conversa me ajudava. Dois assuntos que me lembro do papo: a minha auto-avaliação e os salários praticados pelo mercado para jornalistas e professores.




segunda-feira, novembro 10, 2003

TRON

Paulinho, Muriloq, Rosi, Clarice, Marcelo, Drix, Mônica, Martin e todos os outros amigos que curtem anos 80: vocês perderam. O Projeto Autobahn é excelente e o show da banda Enjoy! (from Divinópolis, dá para acreditar?) é insuperável. Muito bom mesmo.
Fotos bacanas no blog do Kenji

Office Space

Atualmente meu sonho é um novo emprego. Por falar nisso, uma empresa legal é a Multitexto Comunicação Empresarial. Meu currículo já está lá.





sábado, novembro 08, 2003

O pássaro Azul

Estava contando a seguinte história (by Gustavo) para o Kenji:

Dois meninos (um deles era o Gustavo) estavam na fazenda do avô jogando pedra nos passarinhos. O avô chegou-se e perguntou:
- O que vocês estão fazendo?
- Jogando pedra nos passarinhos.
- Não faz isso não, menino!
- Ah, vô! Não mata não, só bambeia.
Os meninos continuaram na brincadeira e o avô continuou observando.
Depois de um tempo um dos garotos consegue acertar um passarinho que cai da árvore tonto e ferido.
O avô, logo em seguida, dá um tapão na cabeça do menino que acertou o passarinho.
- Que é isso vô? Diz o menino aos prantos (na verdade, aos berros, porque doeu).
- Nada não. Isso não mata, só bambeia.

Ao final da história o Kenji diz:
- Você deveria colocar essa história no seu blog. Eu respondi:
- Ah, não sei, meu blog está meio em crise, não sei o que escrever nele porque não sei o que vai ser da minha vida diante dos últimos acontecimentos.
- Ué, escreve a história do passarinho. Até porque os últimos acontecimentos não matam, só bambeiam.

Thanx Gustavo. Thanx Kenji. ;-)


Suipa é a sociedade protetora dos animais




quinta-feira, outubro 30, 2003

A Flor do Meu Segredo

Essa noite a minha professora de Economia da Informação transformou-se em minha ginecologista. Um dado interessante é que durante a consulta ela ficava em pé, gesticulando muito, conforme são suas aulas.
Aliás, hoje é dia de consulta. Ai, ai.





terça-feira, outubro 28, 2003

Uma aventura na África

Essa noite tive um sonho bacana. Estava assistindo Globo Esporte e apareceu uma reportagem falando sobre uma viagem que a Mariana e o Biochico estavam fazendo pelo interior de Minas. Eles tinham alugado um jipe enorme, azul, e saíram desbravando Minas, numas cidades com nomes esquisitos (não lembro de nenhum nome, mas eram estranhos...)

Pois é, estou com saudade desse povo. Mari, melhorou?





segunda-feira, outubro 27, 2003

Murder

Sonhei que estava batendo no meu chefe. E pior, que estava com uma vontade imensa de esganá-lo.





sábado, outubro 25, 2003

No Paraíso do Havaí

O Dri comemorou o aniversário dele ontem, no maior estilo havaiano. Juntou um povo muito bom. Meio esquisitos, é verdade, no primeiro passar dos olhos. Mas no fundo, tudo boa gente, procurando o colo dos velhos amigos, um copo da bebida preferida e rir até a barriga doer.

Ah, os bons e velhos amigos...





sexta-feira, outubro 24, 2003

Smoking / No Smoking

De vez em quando eu tenho uma vontade louca de fumar. Quando eu tenho essa vontade às vezes eu penso: puta que pariu, são mais de três anos sem fumar, mesmo assim ainda tenho uma vontade danada. Ela vai continuar aparecendo para o resto da minha vida e mais cedo ou mais tarde, eu vou acabar voltando...
Sabe o que eu descobri? Descobri que esse pensamento só dificulta a minha decisão de não fumar naquele momento. O melhor antídoto para ele é pensar: Bom, como o resto da minha vida ainda está distante, é melhor eu arrumar um jeito de não fumar agora.
E assim, superando cada vontade, em cada momento que ela aparece, eu vou garantindo uma vida sem cigarros.

O próximo desafio é levar essa lógica para o resto.




quinta-feira, outubro 23, 2003

The Commitments

Ontem a banda Dejà Blue fez seu début no Festival de bandas da TIM. Foi só uma música, mas a galera mostrou a que veio. Raquel, Cavanha, Zeferino, Juliano e o Mr. Kenji fizeram bonito. Não ganharam porque rolou a maior marmelada. Ok, exagerei um pouquinho. O fato é que foi bom, muito bom. Parabéns, Galera. Parabéns, Kenji. Agora, aguardamos um show maior...



Robocop

As coisas estão saindo do controle. No meu sonho dessa noite eu morava em uma casa onde só existiam policiais. Algumas caras, inclusive, eram conhecidas, de reportagens que eu fiz pouco tempo atrás.

Tudo era muito misturado. Os outros moradores da casa eram da mesma família e da mesma corporação. As duas instituições (família e polícia), na verdade, eram a mesma coisa no sonho, não fazia muito sentido diferenciá-las. A minha presença na casa também era meio dúbia. Ali era meu espaço de trabalho e de descanso ao mesmo tempo. Eu também sabia que não fazia parte da família, que eu estava ali temporariamente. Pelo menos isso.



quarta-feira, outubro 22, 2003

Short Cuts

Sonhei que estava cobrindo um evento para a revista com a presença do governador Aécio Neves. Enquanto o mesmo chegava, alguém comenta que ele está muito doente e pode até morrer em breve. Ele passa por mim, eu reparo o ar cansado e penso: “é, parece mesmo doente.”

Uma péssima maneira de começar um dia de trabalho:
Luiz Eduardo Soares pede demissão

Frase extraída do texto “Rosto”, de Emmanuel Levinas, indicação de leitura do meu professor de filosofia:
“A ética não aparece como suplemento de uma base existencial prévia; é na ética entendida como responsabilidade que se dá o próprio nó do subjetivo. A subjetividade não é um para si: ela é, mais uma vez, inicialmente para o outro.”

Ética? Nó do subjetivo?? Gente, tem dó...





segunda-feira, outubro 20, 2003

Se meu apartamento falasse

No meu sonho dessa noite eu tinha alugado um apartamento e iria morar sozinha. Ele ficava no bairro floresta. Eu e o Kenji estávamos caminhando para lá com o intuito de iniciar a mudança. Encontramos o Paulinho (que esteve ontem na casa do Kenji) no viaduto de Santa Tereza e na conversa, descobrimos que seríamos vizinhos. O Paulinho morava no apartamento em cima do meu. Cheguei a pensar: “que bom, terei com quem conversar”.

O prédio lembrava muito uma casa de dois andares e era de tijolos vermelhos. Entramos no apartamento (só eu e o Kenji, o Paulinho ficou para trás) e ele estava todo mobiliado. Eu fiquei pensando se havia alugado daquele jeito ou não e o onde colocar as minhas coisas.

Um detalhe interessante é que tudo era pequeno no apartamento. O pé direito, os cômodos, as mesas e cadeiras, tudo era baixinho e pequenininho. O Kenji chegou a comentar sorrindo: “mas é tudo tão pequeno!”.

Na sala, havia vários bibelôs e um relógio antigo, algumas imagens de santos e crucifixos também. Eu pensava se poderia ou não jogar aquilo tudo fora, uma vez que apartamento era alugado, porque pretendia fazer uma outra decoração, bem mais clean.

Blowup

Sábado estivemos na Up! Uma boate ali na Savassi. Naquele ambiente, estava rolando um profundo respeito pelas opções individuais. E sem aquela onda “ó, vamos respeitar...”, tratava-se de uma premissa absolutamente interiorizada. Até os dois casais de popozudas e popozudos sentiram-se à vontade para se divertir da maneira mais conveniente para eles. Mesmo que isso envolvesse a mocinha subir em cima do sofá e dançar com a bunda na cara do seu namorado. Tudo bem, a gente entendeu. A gente já sabe que toda forma de amor vale a pena.




sábado, outubro 18, 2003

O Anjo Exterminador

Mais uma noite com sonhos esquisitos, imagens misturando preocupações distintas.

Depois um outro sonho, mas esse eu não conto não, he he.






sexta-feira, outubro 17, 2003

A Grande Arte

Essa noite o Walter Salles estava me dando aula de “antropologia e cinema”. Na sala, algumas pessoas conhecidas de graduação e da pós. Lá estavam, dos meus tempos de FAFICH, a, Clarice, o Sandro e a Bel (esses dois últimos, inclusive, trabalham com cinema hoje). A Marisa, minha colega da especialização também estava na sala.

No final da aula, ele começou a falar de um concurso, que a turma poderia produzir algum material para concorrer. O pessoal ficou empolgadíssimo, mas eu me desinteressei. Fui para a janela e pensei com meus botões:
É, não está adiantando nada fazer uma especialização, eu tenho é que correr atrás de outra graduação porque a comunicação em si não me atrai tanto. Se eu estudo “antropologia e comunicação” ou “filosofia e comunicação”, as discussões antropológicas e filosóficas me interessam muito mais.

Isso eu pensei no sonho.

Será?




quinta-feira, outubro 16, 2003

Um cão andaluz

As poucas horas de sono criaram algumas imagens desconexas ligadas a uma pesquisa de opinião, o estatuto do desarmamento e uma reunião da equipe “estratégica”.

A filosofia de Alcova

Frases retiradas da 2a aula de filosofia:

Sujeito: o indivíduo com autonomia. O indivíduo capaz de fazer escolhas.
O homem definiu-se como sujeito no sec XVIII.
A mulher realiza o mesmo feito na segunda metade do sec XX.

Saber: dar forma ao conteúdo do vivido.

Tolerância: aceitar tudo aquilo que não foi escolhido. Acolher as diferenças é difícil.

A tirania da intimidade: onde você estava? Com quem? O que você estava fazendo?

O lugar da tirania da intimidade: Belo Horizonte.

Ócio: tempo interno
Negócio: a negação do ócio, do tempo para você.

Eterno: o agora do meu tempo. Eu eternizo um por do sol, esquecendo-me do passado e do futuro.

Sentido: aquilo que o sujeito atribui às coisas.

Os seres nascem sós, sofrem sós e morrem sós.

Só isso.


Platão e Aristóteles, por Rafael



quarta-feira, outubro 15, 2003

The Truth About Cats & Dogs

Manter um bichinho de estimação sempre é bom. Mas a relação muda de bicho para bicho. Quem procura interação, por exemplo, não vai ter um peixe (mesmo que há peixes e peixes...). Eu tenho uma gata e um cachorro, em casas diferentes. As diferenças são incríveis.

O cachorro quer que você brinque com ele. O gato quer brincar com você.

Quando você briga com seu cachorro ele sofre, porque quer agradar sempre. Quando você briga com o gato ele também sofre, porque a brincadeira o agradava.

O cachorro tem prazer em comer. O gato tem prazer em caçar. Você enche a tigela do cachorro ele vai, todo feliz, devorar a refeição. O gato não. Ele se esconde, pula, fixa o olhar na “presa”, caminha como um verdadeiro leopardo, tudo isso para pegar um pouco de mamão amassado no potinho.

O rabo do cachorro é uma ferramenta de equilíbrio. Para o gato, é quase um computador, serve para equilibrar, entreter, comunicar, bater e até chantagear. Toda vez que você tentar fechar uma porta, ele deixa o rabinho para ver se rola uma peninha.

O cãozinho vai passar a vida inteira tentando entender o que você diz a ele. Com o tempo a gente até se espanta com a capacidade de compreensão de um cachorro adulto. Já o gato passa a vida tentando se fazer entender por você. Ele cria miados dos mais variados, responde a estímulo com miados totalmente específicos. Tudo para que um dia, você em toda a sua ignorância de não-felino, consiga compreender, e realizar evidentemente, os desejos do seu gato.

As demonstrações de carinho também variam. Por menor e delicado que um cachorro seja, ele sempre vai lamber e babar em você mais do que o necessário. Um gato é mais cuidadoso e sutil. Muitas vezes ele chega, dá uma lambidinha no seu rosto e vai embora. Você ganha o dia.

Mas cuidado para não confundir: muitas vezes o gato não pretende ser amigável quando lambe. Ele quer limpá-lo mesmo. Aliás, os bichanos são asseados como um cão jamais será.

A alegria do cão é externa, facilmente perceptível, pela boca aberta, os olhos vivos e o abanar do rabo. Um gato feliz deita por perto e, no máximo, ronrona baixinho.

O cão é bicho disponível, sempre vai estar ali para o que der vier. O gato tem seus humores, seus momentos. E se você não gosta de mordidas ou unhadas, é melhor respeitá-los.

A semelhança, entretanto, é que os animais (e quem nunca se relacionou com um que atire a primeira pedra) se apegam aos seus “provedores”, já que dono é uma palavra muito dura para uma relação tão afetiva, de uma maneira sincera, explícita e deliciosa.

Portanto, se você tem um cachorro ou um gato (ou um pássaro, um coelho, um iguana...) cuide bem dele. Ele merece.

Ah sim, relendo o texto...bem, eu também percebi. Nós somos realmente como cães e gatos






terça-feira, outubro 14, 2003

It’s all true

Outro dia, acho que foi anteontem, sonhei que o Sapujo e Sassá (o Rafael) trabalhavam juntos e me convidaram para trabalhar num projeto. Quem conversou comigo no sonho foi o Sapujo. Era uma espécie de periódico, não sei se jornal, site, revista...com várias matérias no interior de Minas.
Eu agradeci o convite, mas disse que esse negócio de ficar viajando era meio complicado e que eu já tinha aprendido que encarar uma publicação sozinha, com um único jornalista, era muito difícil.

Convenhamos, será que o meu inconsciente me considera burra? Por que ele é tão evidente? Podia colocar umas imagens, uns textos mais sutis, não?
Meu inconsciente virou roteirista de Hollywood! Eles é que fazem questão de explicar tudo nos mínimos detalhes...



Banquete de Casamento

Eu e o Kenji seremos padrinhos de casamento em 2004.






domingo, outubro 12, 2003

O grande samba disperso

Cale-se. O pensamento é um fútil pássaro. Toda razão é medíocre. Viver é respirar; pensar já é morrer. Só Deus é dono de todas as simultaneidades. Só há um diálogo verdadeiro: o do silêncio e da voz. Se quer dizer alguma coisa, diga por exemplo:...Em minha alma se abriu, esta hora, um golfo de Guiné...

Guimarães Rosa





quinta-feira, outubro 09, 2003

Rebel Without a Cause

Você descobre que não tem mais 20 anos quando:

Sua pele seca.

Uma boa noite de sono já não resolve todos os seus problemas.

Você não encontra todos os seus amigos, todos os dias.

Os horários de eventos culturais ligados a cinema, vídeo, literatura, música (incluindo shows gratuitos) e dança são absolutamente incompatíveis com os seus.

Os seus hábitos alimentares passam a ser uma preocupação sua.

Você pára de enganar sua mãe e passa a enganar a si próprio.

Nada na sua vida pessoal ou profissional tem mais ou menos três meses.

Você não se surpreende quando alguém que nunca faria isso vai lá e faz.

As aulas do Fábio Martins ficam menos engraçadas.

Os princípios passam a ser mais importantes que a inteligência.

Fica mais fácil aceitar os nãos da vida.

A sua opinião, os seus princípios, a sua visão de mundo, a sua postura diante da vida, já não são as únicas coisas que importam na hora de tomar uma decisão.

Nenhuma história de vida lhe parece sem graça ou inútil.


Safiya, uma das várias nigerianas condenadas ao apedrejamento por adultério





quarta-feira, outubro 08, 2003

Alta Tensão

Essa noite eu sonhei que tinha terminado a especialização e começado um novo curso logo em seguida, de Administração Pública. Ao final dessa nova pós eu poderia fazer uma prova e ingressar na carreira militar como tenente.
Assisti à primeira aula e achei péssima, além disso 90% da minha turma era constituída de soldados e sargentos (interessados em se tornar oficiais).
Saí da aula desanimada pensando se era aquilo mesmo que eu queria para minha vida. Aí aparece o Antônio Alves e me diz que eu deveria continuar, que eu teria estabilidade no emprego e passaria facilmente na tal prova para tenente. A única frase que martelava na minha cabeça:

- Militar? EU??

Fui pegar o elevador para ir embora. Estava louca para voltar para casa. Quando eu chego no térreo, percebo que tinha esquecida minha pasta na sala. Volto, tento pegar elevador outra vez, ele está cheio. A cena do elevador se repete algumas vezes e aquilo me angustia porque eu não consigo sair do lugar.

Bem, como diria o Kenji:
Como meus sonhos são óbvios!




terça-feira, outubro 07, 2003

Big, quero ser grande

Como já foi dito em vários blogs, quanto mais agitada sua vida, mais parado fica seu blog. Então, vamos colocar a conversa em dia nesse post gigantesco que tem de tudo menos sonhos.

Primeiro e mais importante

Para Vanessa e Joana

Mãe

Existirem mães,
Isso é um caso sério.
Afirmam que a mãe
Atrapalha tudo,
É fato, ela prende
Os erros da gente,
E era bem melhor
Não existir mãe.
Mas em todo o caso
Quando a vida está
Mais dura, mais vida,
Ninguém como a mãe
Pra agüentar a gente
Escondendo a cara
Entre os joelhos dela.
- O que você tem?...
Ela bem sabe que sabe
Porém a pergunta
É para disfarçar.
Você mente muito
Ela faz que aceita,
E a desgraça vira
Mistério para dois.
Não vê que uma amante
Nem outra mulher
Entende a verdade
Que a gente confessa
Por trás das mentiras!
Só mesmo uma mãe...
Só mesmo essa dona
Que apesar de ter
A cara raivosa
Do filho entre os seios
Marcando-lhe a carne,
Sentindo-lhe os cheiros,
Permanece virgem,
E o filho também...
Oh virgens, perdei-vos,
Pra terdes direito
A essa virgindade,
Que só as mães têm!

Mário de Andrade

Aula de Planejamento

O professor me ensinou:
os seres humanos são sistemas abertos
porque apresentam várias entradas e várias saídas.
Nos sistemas abertos e, portanto, nos seres humanos
A informação pode chegar pelas saídas e sair pelas entradas.
Também como um sistema aberto, os seres humanos
Não envelhecem:
Eles se atualizam.

Aula de filosofia

Outro professor:

“Crise moral: o momento em que, a partir de mudanças radicais, na nossa experiência cotidiana, os valores que regiam nossa vida tornam-se problemáticos

“Paradoxo do altruísmo: só pensar no outro inviabiliza um agrupamento humano, pois ninguém tomaria a atitude de nada”

“Se burro soubesse a força da manada, ninguém comia bife”

“– A cachaça matou meu marido.
– Minha senhora, o seu marido é que matou a cachaça!”





sexta-feira, setembro 26, 2003

MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:

O consumo de álcool pode fazer você pensar que está sussurrando, quando,na verdade está gritando.

O consumo de álcool pode fager foxe valar coisas dexe zeito.

O consumo de álcool pode fazer você acreditar que ex-namoradas(os) estão realmente "a fim" de receber um telefonema seu às 4 horas da madrugada.

O consumo de álcool pode fazer você se virar ao acordar e ver algo realmente escabroso deitado ao seu lado (cujo nome e/ou espécie você nem consegue se lembrar).

O consumo de álcool é a principal causa de inexplicáveis hematomas e galos na testa.

O consumo de álcool pode criar a ilusão de que você é mais esperto, sedutor e forte do que um cara muito, muito grande, cujo apelido é Montanha.

O consumo de álcool pode levá-lo a achar que as pessoas estão rindo COM você, e não DE você.

O consumo de álcool pode causar um desvio espaço/tempo, onde um pequeno (ou às vezes muito grande) intervalo de tempo pode,literalmente, desaparecer.

O consumo de álcool pode realmente CAUSAR gravidez.

Eu não roubei. Eu peguei emprestado, no blog do Stickel , amigo do Claumann

quinta-feira, setembro 25, 2003

Gata em teto de zinco quente

Essa noite eu sonhei com a Zen! Eu a protegia de um grupo de malfeitores de gatos. Ela ainda era filhote e pulava tentando escapar dos vilões. Eu corria atrás deles (eram vários, mas não me lembro de rostos) muito brava, porque queriam fazer mal à minha gatinha.



quarta-feira, setembro 24, 2003

Depois de Horas

Acho que eu sonhei com trabalho. Eu tinha uma viagem para fazer e no meio dessa confusão encontrei a Daniela Medeiros, minha colega na Super Marketing, com um chapéu preto na cabeça, estiloso, bem família real britânica.
Só sei isso.

Antes da Chuva

De repente, chegou a primavera. De uma vez. Esquentou o clima, invadiu os blogs e desprezou os casacos, meias e toquinhas. Pelo menos por enquanto, antes da chuva. Bem vinda.



terça-feira, setembro 23, 2003

Estratégia

Dia vai vir
Você vai ter que travar
Batalhas de verdade

Ai da tua estratégia
Ai da tua tática
Ai da tua defesa
Ai do teu ataque
Se você não fez bom uso
Do tempo da sua paz

Pense nisto, rapaz
E nunca, nunca, nunca mais
Olhe pra frente
Sem antes olhar pra trás


P. Leminski


segunda-feira, setembro 22, 2003

Noite Alucinante II

Mais um ano, mais bolinhos, mais diversão garantida ou sua cuba-light de volta. Mais uma vez os amigos fizeram toda a diferença. E como não podia deixar de ser, a festa.

Thanx, Galera!




sexta-feira, setembro 19, 2003

Jurassic Park

A cidade havia sido invadida por dinossauros, eu e a Vaninha, minha colega de IEC estávamos trabalhando juntas na redação de um jornal e tínhamos que cobrir o fato. Interessante que essa situação não era assustadora aos nossos olhos, era “inusitada” no máximo. Eu cheguei a pensar, durante o sonho: “ai que saco, detesto cobrir essas coisas que atrapalham o trânsito, tipo passeata, manifestação na porta da prefeitura, dinossauro...”




Depois eu estava visitando meu pai. Estávamos na casa dele em Vitória de Conquista e eu mostrava algumas fotos da minha casa. No sonho, eu havia mudado há pouco tempo e meu pai não conhecia o lugar. Nas fotos, várias pessoas (que eu não sei quem são) que eu chamava de “família”. Eu sabia que não eram meus familiares, mas havia algum vínculo que não ficou muito claro durante o sonho. Essa “família” era composta de moças, rapazes e crianças, muitas crianças, desde um bebê até uma molecada de oito a dez anos.

terça-feira, setembro 16, 2003

Old and Young people



De domingo para segunda-feira eu sonhei que a Vanessa tinha ganhado neném. Eu estava no hospital visitando mãe e filha. A neném, embrulhada numa manta amarela, era branquinha, tinha muito cabelo, preto e liso.

A Rosi também estava lá, toda preocupada porque ninguém sabia quem era o pai da criança. No sonho, a Vanessa tinha passado mal, corrido para o hospital e lá os médicos descobriram a gravidez e fizeram o parto. Como se isso fosse possível...

Vale ressaltar que na vida real todo mudo sabe quem é o pai da criança. É o marido da Vanessa e, se eu não me engano, o nome dele é André. :-)

Meu tio

Já essa noite eu sonhei com meu tio Chico. Ele estava na casa da minha mãe, mas estávamos sozinhos, só os dois. Ele reclamava que a Caixa Econômica Federal tinha depositado só R$ 360,00 na conta dele. Segundo suas reclamações, não tinha adiantado nada economizar naquele mês porque a Caixa estava ficando com o dinheiro todo. Ele estava guardando dinheiro para viajar.

No sonho ele me pareceu mais velho. Eu olhava a pele do seu braço e pensava: tadinho, tão velhinho e não vai poder viajar esse mês.
Imperdível

Venha comemorar 01 ano de bolinhos divertidos!



Sábado agora, 20/09, na casa do Kenji, a partir de 19h.

Se você lê esse blog, está convidado. ;o)

segunda-feira, setembro 15, 2003

Thanx, Rosi!


Não resisto ou thanx, Kenji

Amigos GLBT vejam o que eu ganhei:



Além da biografia do Leminski e o Ave, Palavra do Rosa.



Não estou podendo??

Uma constatação: a coisa mais próxima que tivemos da Cher no Brasil foi a Rosana.