segunda-feira, janeiro 26, 2009

Ela é grande pra idade dela

Diante do incentivo das amigas, mantenho meu tema preferido: minha filha Teresa.

Hoje de manhã fiz um ultrassom e, felizmente, os resultados foram todos positivos. Tetê tem todas veias, artérias, ossinhos e números mágicos de médicos dentro da normalidade. A única alteração é que ela é um "feto grande". Estou entrando na 30a semana e aparenta estarmos na 31a/32a. Porém tudo dentro da normalidade, segundo o doutor. Hoje a Teresa já pesa 1493g (ou seja, quase um quilo e meio!) e mede 38 cm. Ela é grande para a idade dela!

Outro tema que não posso deixar de comentar, até porque não deixa de estar relacionado, é que a Zen, nossa gata primogênita, não está legal. Sábado a levamos na veterinária, fizemos uma radiografia e descubrimos uma efusão pleural (água na pleura, a membrana que cobre os pulmões).

Foi muito ruim por dois aspectos. O primeiro foi a necessidade de punção. Foram dois veterinários, uma estagiária, eu e o Kenji para dar conta do recado de segurar a Zen, enfiar uma agulha enorme no peito dela e retirar mais de dez seringas grandes de líquido. Foi muito estressante, duro mesmo de ver a minha gata sofrer desse jeito.

Aí veio a segunda notícia ruim: a punção não resolve a parada, apenas ameniza. Temos ainda que descobrir o que causou o acúmulo de líquido e tratar, se for tratável. Pode ser um problema incurável. Depois de tudo, ouvir esse tipo de informação da Márcia, veterinária de confiança, derruba qualquer cristão. Amanhã teremos o resultado de alguns exames.

E aí por mais que você tente evitar esse tipo de raciocínio, vem a questão. Se na sua gatinha já é horrível desse jeito, imagina se fosse a sua filha. E o pior é que você sabe que um dia vai acontecer. Não existe nenhuma criança no mundo que não tenha adoecido e a maioria delas acaba passando pelo menos um 'susto' de verdade nos pais. Ou seja, o máximo que é possível fazer é preparar o espírito e a cabeça. Tanto pela Zen como pelas próximas dores de cabeça que virão. E é claro, acreditar, sempre, sempre, sempre que tudo vai dar certo no final.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Pra não dizer que não falei...

Não tenho escrito muito por aqui porque estou absolutamente monotemática. Diria mais, estou barrigocêntrica. E tenho a impressão que o tema interessa apenas a mim e a mais ninguém. De qualquer forma, vamos lá.

Sabe aqueles documentários batidos tipo 'a volta ao mundo em 180 dias' ou 'a incrível viagem pelos mistérios da mente humana'? Pois é, poderiam chamar a gravidez de '40 semanas de revoluções por minuto: assim nascem os bebês'. Quando as pessoas falam em nove meses pode parecer muito tempo, mas são milhões de coisas acontecendo e tudo é muito rápido.

Apenas para se ter uma idéia, em 2000 eu pesava mais ou menos 45 quilos e em 2008, quando descobri a gravidez, pesava 49. Ou seja, em um período de 8 anos uma variação de 4 quilos. Hoje, 5 meses depois da revelação, peso 58. Ou seja, em 5 meses eu ganhei 9 quilos. Não se trata de uma questão estética e sim da relação com o seu próprio corpo. Ganhei em 5 meses 18 vezes mais do que estava acostumada a ganhar em 1 ano. Essa mudança talvez esteja entre as mais visíveis, mas inclusive está, também, entre as mais irrelevantes do processo. Sim, engordar aínda é o de menos.

Além disso, tem os enjôos, os hormônios, a retenção de líquido, as variações no metabolismo, que, por exemplo, causam muito calor. Além desses efeitos físicos inevitáveis, tem a sua relação com o mundo. O que você come, bebe, inala, afeta não apenas você, mas o bebê também. Você se torna duplamente responsável. Sem contar que com isso vem o terror: o grande e insidioso medo de fazer - ou ainda pior - ter feito, alguma coisa errada.

E não faltam fontes para o terror. O chá verde é um exemplo. Até o 4o mês eu bebia chá verde normalmente e até numa quantidade razoável. Um belo dia, lendo uma daquelas revistas genéricas tipo "Meu Bebê" encontrei um artigo que não recomendava tomar chá verde, nem branco, nem preto, nem mate, porque todos eles são a mesma erva que, teoricamente, pode ter um efeito abortivo. Pronto. Por mais que racionalmente eu considere uma bobagem, não tomei mais chá verde. Nem um copo. Porque a gente nunca sabe...melhor evitar... E é sempre assim. Remédio então, não passo nem pomada.

O lance é que existem milhões de informações espalhadas pelo mundo sobre como garantir uma gravidez perfeita. Desde a internet até a sua tia de 82 anos, passando pelos periódicos especializados, livros, amigos, amigas que já foram mães, parentes. E todos dão palpite. Todos, invariavelmente. Eu prefiro me informar. No início os livros ajudaram muito principalmente a me situar na nova condição. Mas também é necessário tentar, quando possível, não enlouquecer com tanta informação. Não vou negar, as vezes é difícil.

Isso tudo não significa que não é bom. Pelo contrário, é realmente muito bom. Eu nem sei dizer o quanto é bom e muito menos porque é tão bom. Mas é. Imensamente. E nada melhor do que "passar de fase". Cada mudança, cada evolução, cada ultrassom é festejado com uma alegria gigante, quase boba. Ouvir de um médico "está tudo bem" ou "o neném está ótimo" ou "os exames estão todos perfeitos" é outra maravilha, que enche você de orgulho e satisfação.

Até agora, na verdade, só escrevi sobre os efeitos físicos da gravidez. Nem toquei em duas outras questões que também ocupam horas e horas da vida de uma gestante. O preparo psicológico para receber um bebê e o preparo financeiro.

Mas não vou entrar nesses assuntos agora porque esse post já está suficientemente grande. :-)


Uma barriga de sêxtuplos (essa é Kate, do programa John e Kate + 8)