quinta-feira, junho 30, 2005

Uma babá quase perfeita

Depois de tanto tempo, cá estou novamente oferecendo meus sonhos estranhos com situações esquisitas. Essa noite minha vítima foi o dr. Omni diga-se de passagem, o melhor cat sitter que as minhas gatas poderiam ter.

No sonho, estávamos eu e o Kenji indo ao novo apartamento do Lúcio. Mesmo sendo um apartamento, ficava no final de uma longa estrada de terra, no meio do nada, como se fosse uma chácara afastada.

Chegamos e entramos no apartamento que era, inclusive, muito parecido com as primeiras fotos que o Omni postou no blog dele, quando as paredes ainda eram brancas. Estávamos lá para cuidar dos 10 gatos que moram com o Lúcio, porque ele estava viajando.

Para nos explicar como cuidar dos gatos, o Omni havia produzido uma fita de vídeo.
Na gravação tinha a imagem do Lúcio dizendo assim:
- Oi, eu sou o Omni, eu moro aqui e tenho 10 gatos.
Na seqüência do vídeo aparecia uma imagem dos gatinhos andando pelo apartamento, ilustrando a fala dele.
Eu assistia e pensava:
- Gente, que maluquice é essa do Omni de gravar vídeo... Gravar vídeo não é coisa de gente normal...


Vocês acreditam que isso existe? Quero esse livro pra mim.

segunda-feira, junho 27, 2005

Alta Fidelidade

Viu neném, mamãe não prometeu?

Aí estão, novos links!
Atualizados,
Vitaminados,
Visitados diariamente.
Não deixem de conferir, ali ao lado!

sexta-feira, junho 24, 2005

A Roda da Fortuna

Lembrei que uma cena hilária:
O Murilo meio bêbado falando comigo e com o Kenji, num churrasco:
- Vocês não estão vendo? Não estão vendo os fantasmas? Estamos todos aqui, todo mundo namorando...

Pausa 1: Isso já tem pelo menos 5 anos, mas realmente, 99% dos casais presentes a esse churrasco casaram, juntaram, ou continuam se enrolando mutuamente.

Voltando:
- Vocês não conseguem ver os fantasmas que rondam esse lugar?
Nós:
- Fantasmas?
- Os fantasmas dos nossos filhos! Vocês não enxergam que em alguns anos nós vamos nos casar, vamos procriar e os churrascos ficarão lotados de crianças correndo? Olha lá, olha os fantasminhas correndo em volta da mesa!
Aí a Ludmila abriu o bueiro e começou a chorar

Pausa 2: Sim pessoas, eu também choro. Nessa época da minha vida, então, se alguém fizesse Bú pra mim eu abria a boca e chorava dias.


Evidentemente, o Murilo ficou todo sem graça e dizia assim:
- Calma Lud, também não é assim, sem contar que isso ainda vai levar aaaaaanos para acontecer.

Pausa 3: É, demorou. Uns cinco anos mais ou menos.

E até hoje acho que uma pergunta que as três pessoas envolvidas nessa conversa se fazem é por que, raios, eu chorei tanto.
Acho que foi única e exclusivamente porque era verdade. Não que fosse uma verdade ruim, ou assustadora. Apenas tratava-se de uma verdade tão escancaradamente óbvia, que se tornava quase palpável, como fantasmas. O Murilo bêbado (vejam vocês..) criou uma imagem tão certeira que me tocou, e por isso eu chorei.

Lembrei-me disso tudo porque hoje, 24 de junho, dia de São João e do aniversário da minha mãe, nasceu a Carolina, filha da Ju e do Shuruda (Juliana e Gustavo). Outros nenéns nasceram depois dessa conversa, mas talvez a Carolina seja a concretização mais perfeita dos nossos fantasminhas, uma vez que sem Murilo e Cíntia, provavelmente não existiria Ju e Shuruda e conseqüentemente, nada de Carolina. Sem contar que estávamos, todos, nesse mesmo churrasco.

Isso me lembra que há 61 anos atrás nascia a minha mãe e que sem ela não existiria Lud, que proporcionou, para o bem ou para o mal, muitos encontros e desencontros.

Também me lembra que amanhã a minha irmã Luana, que está no alto dos seus 11 anos e acredita que já decifrou o mundo e agora resta apenas devorá-lo, vai estrear no teatro, primeiro passo de um tortuoso caminho para quem deseja ser atriz.

Isso tudo junto me leva a refletir sobre a grande roda que é o mundo (que não é redondo à toa) e o nosso papel em fazer as coisas acontecerem, mudarem, voltarem acontecer um pouco diferentes, cruzar caminhos e proporcionar, inclusive, o surgimento de novas criaturinhas que até outro dia não passavam de fantasmas.

Para que toda essa reflexão? Para nada. Ela surgiu, na verdade, do meu desejo profundo de dizer:
Parabéns mãe, pelo seu aniversário e por tudo que você já me proporcionou, o que é muito, diria tudo, se é que você me entende.
Parabéns Luba*, pela estréia e pela energia de quem ainda vai proporcionar muito, pra muita gente.
Parabéns Ju e Shuruda, por fazer a roda girar.
Parabéns Carolina, por não ser mais uma promessa e seja muito bem-vinda.

*esse é o apelido 'jovem' da minha irmã Luana.

quarta-feira, junho 22, 2005

Star Wars III - A vingança dos Sith

Todo mundo já viu, todo mundo já comentou, mas não consigo apagar as muitas dúvidas existenciais que me perseguem desde que eu o assisti:

De onde o George Lucas tirou que é um bom diretor?

Como uma mente capaz de criar uma história tão interessante, um universo paralelo que encanta o planeta inteiro, obriga bons atores* passarem por aquele mico cinematográfico?
* Sim, porque pelo menos a Natalie Portman, o Ewan Mcgregor e o Samuel L Jackson já provaram em outras oportunidades que são bons atores

Como gastar uma fortuna em efeitos especiais e não conseguir uma barriga de grávida falsa convincente?

Para que preocupar-se tanto em manter a coerência com o episódio IV se, dentro do filme, não há coerência nenhuma?

Por que o Anaquin Skywalker tem um cabelo tão feio e ensebado?

Será que o George Lucas nunca leu nenhum daqueles livros bacanas, escritos após a primeira-segunda trilogia, que aprofundam a visão do Darth Vader e o consideram um monstro burocrata, o vilão que utiliza a violência de forma técnica, profissional e por isso perde a sua humanidade?

Se leu, porque não utilizou? Por que fez um Darth Vader tão superficial?

Por que gastei meu rico dinheirinho assistindo Star Wars?

Ah, essa eu sei responder! Porque se eu não assistisse, não poderia ter tantas dúvidas. Se eu não tivesse tantas dúvidas o que eu faria na mesa de buteco? De que vale uma mesa de buteco se você não tem questionamentos pertinentes para fazer a si mesmo?


Haja força para segurar esse filme

segunda-feira, junho 20, 2005

Batman Begins

A cena:
O Coringa no telhado de um Prédio e o Batman no telhado do prédio ao lado com uma lanterna. O Batman propõe ao Coringa:
Vou acender a lanterna e você atravessa pelo feixe de luz.
Você acha que eu sou louco? Responde o Coringa.
Por quê? Pergunta o Batman
Porque você pode desligar a lanterna a hora que quiser.

Não, essa cena não está no Batman Begins. É de um quadrinho que eu li há séculos, Piada Mortal (como bem lembrou o Kenji).
Acontece que depois de ver Batman Begins esse quadrinho não saiu mais da minha cabeça. Porque ele, para mim, é a essência do Batman, a explicação de porquê eu gosto do homem morcego. O Batman é o dark side, a raiva, o medo, a dúvida, a angústia, a vingança, a loucura, tudo aquilo que só nos atrapalha e não dá certo na vida real, transformado em herói-vingador que luta pelo bem e pela justiça e derrota as forças do mal. Se o Batman vinga alguma coisa, é a nossa insatisfação com a imperfeição humana. Ele redime todos nós que estamos muito longe de sermos perfeitos e ainda usamos nossos defeitos como motivação.

Batman Begins respeita tudo isso. Finalmente, um filme que considera o que o Batman é, para quem o leu. Poço, pérolas, Arkam, retratos, revólveres, está tudo lá, no lugar certinho (se você não entendeu o que eu quis dizer, você não leu os quadrinhos certos). Diretor e atores à altura: Gary Oldman, Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Morgan Freeman, até o Rutger Hauer, estão todos excelentes.

A mesma importância que O Cavaleiro das Trevas do Frank Miller teve ao reinventar o Batman nos quadrinhos, terá Batman Begins por levar ao cinema, com honestidade e competência, o universo, a estética e as implicações que povoam a cabeça dos batmaníacos.

quinta-feira, junho 16, 2005

O maior espetáculo da terra

Falando em Brasília....
Que tristeza, hein? Em que nível chegamos? A postura, a linguagem, os trejeitos, a interpretação, tudo tão típico de bandido, aquele ar de cafa... que tristeza... deputado federal, pôxa, podia ter ao menos decência, compostura...

Eu me sinto responsável, sabe? Eu olho e penso: como nós deixamos chegar onde chegou? Como eu deixei? Será que pra mudar tem que ser na base da revolução mesmo? Será que não é possível realizar melhorias reais, profundas, nesse país utilizando as próprias instituições democráticas e melhorá-las? Será que o único caminho possível é a ruptura completa? Eu olho para o Congresso Nacional, eleito pelo mesmo povo que elegeu o Lula, e essas dúvidas surgem....


A pinta da figura. Não é um energúmeno??

terça-feira, junho 14, 2005

Mamãe é de Morte

Querido blog,

Sei que não tenho sido muito assídua e isso o deixa magoado. Não tiro sua razão. Muitas vezes a correria, as falsas prioridades, não permitem que nos dediquemos ao que realmente importa.
Mas ainda é possível salvar nossa relação, eu quero acreditar nisso! Não vamos esquecer todos os nossos momentos, dos mais bonitos aos mais difíceis, a cumplicidade, os sonhos compartilhados.
De hoje em diante, eu prometo, terei novidades pelo menos a cada dois dias, divulgarei para os amigos que reatamos, atualizarei os links e colocarei novos. Nós voltaremos a ter comentários, eu prometo a você!
Então enxugue suas lágrimas e sorria para a mamãe.

Com amor,

Lud