terça-feira, junho 25, 2002

Recorrente

Sonhei novamente com os tempos de Faculdade, mas dessa vez o sonho foi mais comprido e sombrio.

Madrugada do dia 25, de segunda para terça-feira

Sonhei que estava no dia da minha formatura. Eu estava formando com uma turma posterior à minha de origem, a turma da Mônica, da Fernanda e da Chiara, que estavam comigo. Nós estávamos no lugar onde aconteceria a cerimônia mas estava muito cedo e nós resolvemos voltar para casa. Eu voltei e comecei a me aprontar para a formatura que não seria uma festa, apenas uma cerimônia formal. No sonho eu sabia que se eu não estivesse lá perderia a chance de formar.
Eu estava na minha casa, um pouco nervosa e a minha mãe queria que eu me maquiasse, falando que não tinha o menor cabimento ir para a formatura sem maquiagem. Eu fiquei meio confusa porque eu não sabia direito se seria uma simples entrega de diplomas ou se seria uma coisa mais pomposa.
Antes de sair de casa, o meu anel, aquele vermelho com uma menina dentro, quebrou e eu pensei:
- Putz, justo hoje, eu não vou estar usando meu anel. Mau sinal.
Peguei um ônibus para ir ao local da formatura. Era um ônibus da Cometa, a viação que faz BH-São Paulo e BH-Santos e o caminho se transformou na rodovia Anchieta, que liga São Paulo a Santos e desce a serra do mar. O Kenji estava comigo. As famosas "curvas da estrada de Santos" estavam ainda mais fechadas no meu sonho e eu, que detesto altura, estava morrendo de medo. O ônibus quase saía da estrada quando virava uma curva e numa delas chegou a esbarrar na proteção de cimento.
Depois, o caminho ficou mais tranquilo. O sonho terminou nesse momento.
Com certeza esse sonho está mais propenso a interpretações que os anteriores. :o)
Até amanhã.

segunda-feira, junho 24, 2002

Lembrança

Madrugada do dia 23, de sábado para domingo
Voltei aos meus tempos de faculdade. Estava recepcionando os calouros, moças e rapazes. Havia um grupo de rapazes que eu considerei todos muito altos, e pensei comigo: "esses calouros estão crescendo a cada ano que passa".
Num determinado momento um dos calouros me pergunta:

- Qual seu nome e que dia você nasceu?!
- Por quê?
- Qual seu nome e que dia você nasceu?! Ele perguntou outra vez, meio nervoso.
- Por que você quer saber?? Bem, meu nome é Ludmila Pizarro e eu nasci no dia 13 de setembro de 1973.

Aí o calouro começa chorar eu me viro para ele e digo, muito surpresa: Fernando!!
Meu sonho acabou aqui.
Interessante é que o Fernando foi meu amigo de infância quando eu era muito pequena. Nós estudamos juntos nos 2o. e 3o. períodos do jardim de infância e no pré-primário. Isso significa dos três aos cinco anos de idade. Ele era argentino e morava no meu prédio. Um dia ele voltou para a Argentina e nós nunca mais nos vimos. Eu nem sei qual o seu sobrenome, mas me lembro que ele era do dia 14 de setembro de 1973 e nós comemorávamos nossos aniversários juntos na escola. Por essa razão, a única forma de nos identificarmos seria pela data de nascimento.
Foi uma lembrança agradável. Desejo, sinceramente, que mesmo distante ele seja uma pessoa feliz.
Até amanhã.

sábado, junho 22, 2002

Hoje eu saí com minha mãe de manhã. Cheguei na casa do Kenji por volta de 15h30min e resolvi tirar um cochilo.

Tarde do dia 22 de junho, sábado

Dormi um pouquinho e logo me levantei. Coloquei meu CD preferido do IRA e fui lavar a pouca louça que havia na pia, ouvindo "abraços e brigas" do Edgard Skandurra.
Lavei a louça e alguns copos estavam colocados de uma maneira diferente no guarda-louças.
Acabei o serviço e fui ouvir meu CD na sala, de repente comecei a ouvir Brendon Power, um gaitista muito bom, mas não sabia de onde vinha a música.Fui até o escritório, onde fica o computador do Kenji e o aparelho de CD estava ligado. Estranho, porque eu não me lembrava de tê-lo ligado. Cheguei a imaginar se o Kenji tinha chegado enquanto eu dormia e dado uma saidinha, tipo na padaria. Isso explicaria os copos também. Mas depois eu cheguei a conclusão que era bobagem.
Comecei a ouvir uma outra música muito alta que vinha da rua e me debrucei na janela para descobrir de onde ela vinha. A rua estava deserta e não deu para saber.
Nessa hora eu acordei.
Fui até a cozinha, olhei a pouca louça que tenho que lavar, abri o CD player da sala onde estava meu CD do IRA, que eu tanto gosto, que tem "abraços e brigas".
Só que agora eu estou acordada.
Pelo menos eu acho.
Até amanhã.

sexta-feira, junho 21, 2002

Mais uma vez

Meu inconsciente barrou o funcionamento regular desse blog, e não me permitiu lembrar meus sonhos dessa noite.
Não tem problema. Vou desencavar um dos meus sonhos com meu cachorrinho Simba. Na maioria dos meus sonhos com ele nós consiguimos nos comunicar de alguma forma. Nesse que eu vou descrever agora ele será o salvador do dia. Acompanhem.


Simba

Sonhei que estava assisitindo um filme. Ele já estava bem adiantando e eu peguei o momento que o mocinho se encontra com a mocinha no restaurante para se reconciliar. No sonho eu sabia que a sinopse do filme era: mocinho casa com a mocinha mas troca os pés pelas mãos, perde o emprego, enche a cara e eles acabam se separando. (bem sessão da tarde, né?)
Então ele chega no restaurante para tentar reconquistar a mocinha vestido com uma roupa de veludo verde horrorosa por sinal, mas que no contexto do filme e do sonho, significava que ele estava bem vestido. Ele diz que parou de beber, que está rico porque arranjou um emprego e dá um anel mais horroroso ainda para a mocinha. O anel era uma miniatura de quadro com a cara de alguém pintado, uma coisa muito feia. Mas a mocinha fica muito feliz porque dentro do contexto, aquilo era uma jóia valiosíssima.
Então aparecem as duas filhas do casal e ficam sabendo que "papai vai voltar para casa" e ficam muito felizes.
Nesse momento eu penso: "esse filme deve estar acabando". Mas não.
A filha mais velha, com cerca de uns 17 anos, vai para uma outra sala (o restaurante parece que fica num hotel), se encontra com um monte de punk (!) e fala assim:
Gente, fudeu. Justo hoje meu pai resolveu voltar para casa, minha mãe não vai mais viajar, como nós vamos fazer a festa?
Aí eu percebo que o filme ainda não acabou.
Ela conversa com os amigos e resolve fazer a festa assim mesmo, com todo mundo em casa.
A casa citada, por sua vez, ficava em cima de uma torre (???) igual as torres de telefone celular.
A festa começa e por causa da dança a torre começa a balançar. Eis que surge o meu cachorro.
Você devia estar se perguntando por ele.
Ele é o único na casa que percebe que a torre está bamba, desce pelos ferros da torre, com sua patinha aperta um parafuso que estava solto e salva todo mundo de uma tragédia.
Então, todas as pessoas da casa descem até o pé da torre para parabenizar meu cachorro por ter salvo o dia.
Eu aproveito e entro dentro do filme (até esse momento eu era mera espectadora). Minha preocupação era saber se o filme estava acabando ou não. Então eu pergunto para o Simba:
Agora acabou, né?
E ele abana a cabecinha para cima e para baixo dizendo que sim. Não é uma gracinha?
Foi isso. Até amanhã.

quinta-feira, junho 20, 2002


Branco
Hoje eu acordei e não lembrava nenhum dos meus sonhos. Sei que sonhei alguma coisa relacionada ao meu serviço, o que é muito comum, mas não sei exatamente o quê.

Para mim, sonhar é uma experiência. Muito antes da "realidade virtual" estar na moda, eu já podia vivenciar "virtualmente" emoções, fatos, momentos, conjunturas (e conjecturas) novas através do sonho.

Acredito que o sonho seja o mecanismo do inconsciente de apresentar situações ao consciente para que ele aprenda a lidar com elas. Muito antes da galera curtir jogos de simulação, eu já era capaz de viajar nos meus sonhos. Aprender o funcionamento dessa estratégia da cabeça humana, captar suas mensagens através de suas alegorias é um barato único para quem está a fim de se compreender um pouco melhor. Por isso eu me divirto tanto com os meus.

A Rosi pegou o espírito da coisa e me enviou a letra de uma música que eu gostaria de ouvir um dia. Obrigada, Rosi.

Moloko - Fun for Me

I dreamt that I was dreaming, I was wired to a clock,
Tickled by the minute hand tick tock tick tock,
I dream I'm on a train and it is making music,
I don't remember getting on clickity click clickity click,
I dreamt that I was very tall, I was bigger than King Kong,
I heard the bells the bells a'ringing a'ding dong ding dong,
I dreamt that I was sitting in the devil's company,
He gave a solemn promise fe fi fi fun for me,
I dreamt that I was chasing the monster out of me,
I caught him in the corner ha ha hee hee hee,
I dream I'm in a tunnel between here and now,
Scooby do-be where would you be bow wow wow wow,
I dream I'm at a crossroads no place left to go,
I look in each direction eenie meanie miny mo,
I dream I am an ostrich head deep in the sand,
There is a rhythm that's a playing fantastic elastic band,
I dreamt that the bogeyman went down on Mr Spock
Sugar was a flowing sock it to 'em sock
I dreamt I saw a moo cow jump across the moon
Just a flight of fantasy zoom zoom zoom
I dreamt I met a spaceman he took me to his ship,
You know he cut my hair off snip snip snip
I dreamt that I was sleeping asleep for heaven's sake
The dream that I was dreaming caused me to awake
I dreamt that I was way up I was standing on the top
With the feeling I was falling bop beep bop
I dreamt that I was jumping in a circus through a hoop,
Someone saw the lights off shoo-be-doop
I dreamt that I was fast I was never shutting up,
I was going in a hurry I was giddy-up giddy-up
I dream I'm in the park I'm standing in the nudey,
I was getting what I wanted tootie fruity tootie fruity,
I dreamt that I was dreaming, I was wired to a clock,
Tickled by the minute hand tick tock tick tock,
I dream I'm on a train and it is making music,
I don't remember getting on clickity click clickity click,
I dreamt that I was very tall, I was bigger than King Kong,
I heard the bells the bells a'ringing a'ding dong ding dong,
I dream I am an astrich head deep in the sand,
There is a rhythm that's a playing fantastic elastic band,
Fe fi fi fun for me.

quarta-feira, junho 19, 2002

Novela
Eu não acompanhei a novela "O Clone", mas soube histórias hilárias nesse folhetim como clone de irmão gêmeo, gravidez sem sexo, 20 anos que se passam e ninguém envelhece, essas coisas...Bom, aí semana passada eu estava na banca de revista e vi uma capa com o título "O Casamento de Jade e Lucas". Aí eu pensei: "Uai, não era esse casal que não poderia se casar porque ela é muçulmana e ele não?" E fiquei com aquilo na cabeça. Na verdade, eu nem sei se eles realmente de casaram na novela, mas para os meus sonhos isso não tem a menor importância.

Madrugada do dia 19, de terça para quarta-feira.
Sonhei com a novela "O Clone". A Jade estava no meio da sala, aí aparece o Juca de Oliveira (eu não sei o nome do personagem) e fala assim: "Eu resolvi o problema, agora todo mundo vai poder ser feliz. Na época da clonagem eu aproveitei e clonei a Jade também.
Aí aparece uma segunda Jade que sai de dentro de um baú. O Juca de Oliveira continua:
Agora, ela (clone) pode namorar o Clone, e a Jade fica com o Lucas.
Depois disso aparece a Jade e o Lucas morando numa casa e o clone dele (também não sei o nome) vivendo como se fosse filho dos dois!

Academia
Outro sonho. Eu estava procurando uma academia de ginástica perto do meu serviço. No sonho, eu queria apenas fazer uma avaliação física para saber se eu estava muito fraca. Fui parar numa casa muito grande, que na verdade não fica perto do meu atual serviço, mas perto da av. Silviano Brandão, onde eu já trabalhei. Na casa também não funciona uma academia, mas um buffet de festas.
Cheguei na Academia e duas meninas me atenderam. Essa academia por sua vez era diferente: toda a equipe de funcionários se dividia em várias funções e cada grupo tinha uma roupa diferente. Eu me lembro claramente dos grupos "crianças" que vestia uma espécie de macacão curto cinza com botões coloridos, o grupo "mundo" que vestia calça e camiseta branca e o mais engraçado de todos que era o grupo "Brasil" que vestia uma bata enorme amarela que batia no chão.
O problema era que toda vez que eu fazia uma pergunta, as atendentes (eu não sei qual era o grupo das duas, mas elas vestiam uma roupa azul e preta) chamavam alguém de um grupo específico para responder e isso demorava horas.
Chegou uma hora que eu perguntei alguma coisa do tipo: "Nossa, mas será que a gente não pode começar o teste logo, que horas são?" Aí elas responderam: "Ah, só o grupo mundo pode responder essa pergunta, porque tem que ver o fuso horário que você quer, espera só um pouquinho que eu já vou chamar o responsável".
Eu fiquei desolada. De repente eu olhei no relógio e já eram mais de 10 horas da manhã e como eu começo a trabalhar às nove (isso é verdade, não é só no sonho não) eu já estava atrasada.
Resolvi então ir embora. Quando eu já estou na porta da rua, a dona da academia chega com uma bata igualmente engraçada como a do grupo Brasil, mas branca. Ela me pede mil desculpas porque o pessoal do grupo mundo estava reunido com ela, mas que eu podia voltar que eles iriam me atender. Nessa hora o meu despertador tocou. Estava tocando uma música do Raimundos, aliás horrorosa, lembra Mamonas Assassinas e fala sobre um padeiro pão duro.
Até amanhã.

terça-feira, junho 18, 2002

AHÁ! Novidades à vista!
Esse é o meu novo blog, menos dark que o primeiro.
Em breve teremos mais design e comentários, aguardem.
Aqui vou contar meus sonhos, porque eles têm realmente, ficado tão esquisitos que vale a pena publicá-los.
Nos dias que meu inconsiente não permitir que eu recorde o sonho da noite passada descreverei sonhos passados, tão ou mais bizarros quanto este que vou contar agora.

Madrugada do dia 18, de segunda para terça-feira.
Estava no carro com o Max do Bombolinho e nós estávamos indo buscar um amigo dele em algum lugar.
Eu estava lendo "Assim falava Zaratrusta" do Nietzsche, e nós discutíamos se era um livro cômico ou não.
A minha teoria no sonho era que o filósofo era muito irônico e que o livro não passava de uma gozação dele. (????)
Bem, seguindo o sonho.
Nós descemos do carro e fomos para uma casa (não sei aonde) e o Max estava embrulhando um presente para o amigo dele. No sonho eu sabia que esse amigo estava vindo de longe, eles não se viam há muito tempo mas eram amigos de infância. Um dos motivos do amigo vir ao Brasil, era exatamente o presente que o Max embrulhava com um papel branco enorme. Tratava-se de uma coleção de revistas em quadrinho raríssima, que o Max e seu amigo liam quando crianças.

O amigo
Chega o amigo do Max, que era um heavy metal. Durante o sonho isso não me perturba, mas o amigo do Max, na verdade, é uma versão idêntica do mesmo, com barba e cabelo muito compridos e louros!!!
Uma espécie de alter ego vindo de longe.
Ele senta, enquanto as revistas continuam sendo embrulhadas e fica calado. Eu penso: ele tem cara de de heavy metal do mal. Ele, como o Max, usa preto, mas sua camisa é de uma banda que eu não consigo identificar.
Aí eu me lembro que eu estou esperando o Kenji chegar.

Aeroporto
De repente eu estou com o Kenji em um aeroporto minúsculo, mas não é o Pampulha, é menor, e nós temos que ir para São Paulo.
Parece que tem uma relação com o amigo do Max, mas eu não sei precisar exatamente o quê. Só sei que nós temos que pegar o primeiro vôo da Gol para São Paulo.
Encontramos o guichê, mas ele está simplesmente lotado de adolescentes e algumas professoras (???)
Eu, que detesto multidão, me enfio no meio daquela meninada para poder comprar as passagens. Num golpe de sorte, a mulher do guichê olha para mim e vai me atender. Eu e o Kenji nos aproximamos e passamos umas moedinhas para ela. No meu sonho a passagem da Gol custava R$ 1.15!! Ela nos passa um pedaço de papel anotado com caneta vermelha, e eu digo assim:
- Mas são duas passagens! Aí tem duas passagens??
O Kenji acaba me puxando porque o avião já está saindo. Eu abro uma porta no meio dos adolescentes todos (eles permaneceram lá, esse tempo todo) e a gente sai já no Pátio do aeroporto perto de um monte de avião pequeno, tipo monomotor.
Na correria eu só consigo pensar: espero que a gente não tenha que ir num avião da Embraer, porque ele são muito pequenos!
Acordei com o rádio tocando "Exagerado" do Cazuza.
Eu juro que essa é a pura verdade.
Amanhã tem mais.