sexta-feira, outubro 22, 2004

Terra em Transe

Algumas considerações sobre o recente escândalo Herzog:

Eu, como cidadã brasileira, tenho o direito de saber de quem são aquelas fotos publicadas no jornal Correio Braziliense.

Independente da identidade do retratado, os brasileiros merecem que os fatos sejam investigados a fundo.

Caso trate-se de Vladmir Herzog, então que os arquivos sejam abertos e mais informações desvendadas sobre a repressão durante a ditadura militar. E, por favor, não me venham com essa história de ah, o que passou, passou. Não, não passou não. Ou seria uma excelente idéia, depois de quase 60 anos do fim da II Guerra Mundial esquecermos os campos de concentração? Afinal, são águas passadas, não é mesmo?

Caso as fotos sejam do tal padre canadense Leopoldo D'Aslous então que essa palhaçada, essa falta de respeito com os familiares de Vladimir Herzog e, claro, com esse padre, esse joguinho político, essa barrigada histórica, ou sei lá que tipo de baixeza, seja resolvida e os responsáveis punidos.

Espero que o governo federal dê a devida importância ao caso e que esse país aprenda a respeitar seu passado. A intolerância é filha primogênita da ignorância. A verdade, por mais dolorosa que seja, ainda é a única luz que não nos permite cometer os mesmo erros.

À Clarice Herzog (que, evidentemente, não me conhece nem nunca vai ler esse blog) e seus familiares minha total e irrestrita solidariedade, até porque, de uma maneira ou de outra, eu devo uma a família Herzog.



Feio, né? Eu também acho.


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