sexta-feira, agosto 30, 2002

Vigília

Amigos, em função dessa minha vida agitada [três eventos, praticamente na mesma data, dois em BH e um deles em Carmo do Cajuru (onde??! Carmo do Cajuru, pertinho de Divinópolis)] provavelmente vou ficar um tempo sem postar nesse blog. Provavelmente eu vou dormir pouco e portanto sonhar pouco também. Mas não desistam de visitar-me!! Retorno à vida, e aos sonhos, próximo do dia 16 de setembro.

Sei que é meio deprê, mas os únicos versos que me vêm à cabeça são da última estrofe de "Travessia" (tudo a ver, tudo a ver), do Milton Nascimento:
"Já não sonho,
hoje faço
com meu braço
meu viver".

sexta-feira, agosto 23, 2002

Miscelânea total

23 de agosto, madrugada de quinta para sexta-feira

Tive mais um sonho que misturava tudo: trabalho, lembranças, lazer, tudo junto. Foi tão confuso que vou dividir em cenas, para ficar mais fácil de descrever. Mas o interessante é exatamente que está tudo acontecendo junto, ao mesmo tempo e mais ou menos no mesmo cenário.

- Cena 1: Eu estou numa festa com o Kenji e o resto do povo: Rosi, Mônica, Max, Adriana, etc. Estou sentada em um sofá com o Kenji e na nossa frente tem um cara que eu não conheço, mas no sonho eu conhecia, dançando e querendo aparecer. Eu penso: "meu deus, que babaca".

- Cena 2: Tem um menino muito bonitinho de uns cinco anos, com cara de índio, com a gente. Eu não sei muito bem como, mas ele iria participar da Feira de Móveis (que realmente acontece semana que vem), com alguma ação de divulgação. No sonho não fica claro se ele estaria participando do comercial ou se ele estaria no evento mesmo. De repente aparece alguém, da Pinheiro, responsável por essa tal ação com o menino. Esse cara, que eu também não sei quem é na realidade, mas que eu conhecia no sonho, estava estressadíssimo, falando que não daria tempo de realizar as coisas e que aquele menino era muito chato e que não sabia porquê utilizar a imagem dele em uma Feira de Móveis. A Dodora também aparece nesse momento, mas não me lembro como nem porquê.

3- Eu e o Kenji estamos dentro de um taxi, saindo da festa da primeira cena e indo para a Obra. A festa estava acontecendo em um lugar aberto, tipo o bar do FIT, mas não era o bar do FIT. Dentro do táxi eu viro para o Kenji e falo: "nossa, não aguento mais ficar indo sempre aos mesmos lugares, ou a Obra ou aqui (estava me referindo a esse lugar parecido com o bar do FIT).

4 - Eu e Kenji (que esteve presente em todas as cenas) estamos em um porto, cheio de navios por todos os lados e com vários casais de namorados. Também está lá o menino da Feira de Móveis, só que maior (tipo 13, 14 anos), com uma namorada e com os cabelos encaracolados. Ficamos apenas observando a paisagem.

Foi isso.

quarta-feira, agosto 21, 2002

Retorno

Oops, pessoal! Fiquei meio sem tempo mas retorno, aos trancos e barrancos.

Filmes

Vale a pena citar quais os filmes que assisti esse fim de semana, antes desse sonho

. Minority Report (Spielberg)
. eXisteZ (Cronenberg)
. Hamlet (com o Ethan Hawke)
. um pedacinho de um filme que a Glenn Close quer engravidar...

Madrugada desse fim de semana, na casa do Kenji

Sonhei que eu estava ajudando a Dra. Iris Hineman, do Minority Report (atriz: Lois Smith), em pesquisas sobre reprodução humana artificial. O cenário do sonho era o laboratório dela no filme. Eu estava ajudando exatamente um casal. Eu não sei precisar exatamente como era essa minha ajuda, mas acho que eu seria uma barriga de aluguel. Por causa disso, eu tinha que tomar uma injeção, que era igual ao joy stick orgânico que tinha no eXistenZ do Cronenberg. Para quem viu o filme: aquele menor que entra dentro da bioporta dos protagonistas quando eles já estão jogando.

Depois o pai do casal vem falar comigo: ele é o Claudius (Kyle Maclachlan), padrasto e tio do Hamlet no filme. Ele quer conversar comigo porque, segundo ele, eu vou poder unir as impressões de todo mundo depois da "experiência". No sonho, como eu disse, não fica muito claro qual é a experiência e qual minha participação.

21 de agosto, madrugada de terça para quarta-feira

Regimes

Estávamos na minha casa: eu, minha mãe, a Lô (Leônia) minha prima e a Nena, minha prima também e irmã da Lô.

Para esclarecer: minha mãe, a Lô e a Nena têm problema de obesidade. O problema é bem mais sério com a Nena que há cerca de dois meses fez uma cirurgia e tirou boa parte do estômago e do intestino delgado.

Voltando ao sonho: minha mãe e a Lô estavam fazendo regime, mas a Nena não. Elas estavam satisfeitas com os resultados do regime e diziam que já estavam emagrecendo. A Nena fazia cara de "nem te ligo". Eu estava no sonho, mas não dei pitaco em momento algum. De repente chegou outra Nena, que já tinha feito cirurgia e estava mais magra e mais contente. No sonho eu reparo que a Nena II está realmente menor, mas no sonho era como se ela tivesse realmente diminuído e não emagrecido. Lógica de sonho, difícil de descrever. Bem, então a Nena I começa a reclamar porque todo mundo que estava lá estava fazendo regime menos ela e que isso era muito injusto. O sonho acaba aqui.

Pesadelo

Acordo todos os dias às 7h20min com o rádio relógio. Atualmente está passando o horário eleitoral gratuito. Hoje eu fui obrigada a ouvir o Aécio Neves "sendo entrevistado" e contando que "quando jovem" estudou no "Colégio Santo Antônio" e passava as Férias com o vovô Tancredo "que já era parlamentar" em São Jão Del Rey. Ele disse que a moral dele foi formada junto "aquelas pedras seculares, ao lado do meu avô, em São João Del Rey". Acordar assim é pior que muito pesadelo.

quarta-feira, agosto 14, 2002

Acho que estou preocupada com dinheiro...

14 de agosto, madrugada de terça para quarta-feira

Estavam todos os funcionários da empresa e os dois chefes reunidos na minha sala. O Uriel estava explicando que os funcionários iriam pagar um taxa para utilizarem a internet. No sonho, essa idéia não era muito absurda. Como se fosse uma proposta comercial como outra qualquer. Então eu falei que não tinha nenhum interesse, que eu utilizava a rede para trabalhar e não pretendia pagar por ela.

Eles ficaram surpresos e disseram que já haviam passado uma correspondência dizendo que seria daquele jeito e ninguém tinha se manifestado contra. Então eu expliquei que tinha um custo fixo mensal muito alto com outras coisas, inclusive citei dentista, telefone celular, condomínio (os dois primeiros realmente são caros e me preocupam, mas condomínio, de fato, eu nunca paguei).

Meu chefe falou assim: - Tudo bem então, mas eu acho estranho, porque vocês (ele falava dos funcionários) não têm um atitude de equipe, porque quando vocês vão ao restaurante, cada um paga o que come e o ideal seria que todos rachassem a conta igualmente.
Eu ainda retruquei e disse que concordava com ele, que o ideal seria que todos pudessem pagar a mesma quantia, mas isso não era possível por causa da falta de dinheiro. (?!)

Casa

Em outro momento do sonho, a Pinheiro funcionava em uma casa com um quintal muito grande. O lugar me lembrava muito o Barreiro, onde eu morei nos meus primeiros 10 anos em BH. De repente chegou a Cláudia, que é a nova faxineira da Pinheiro (ela começou a trabalhar essa semana), com um carrinho cheio de guloseimas. Tinha todas as bobagens de criança: suspiro daqueles pintados com anilina rosa, verde, azul e amarelo; chiclets, paçoca de rolha e umas roscas cheias de açucar em cima. Eu conversei um pouquinho com ela e logo me lembrei que eu tinha que ir embora.

Para ir para casa eu tinha que pegar dois ônibus, o primeiro era o 9203 (que passa realmente perto da minha casa no Santa Efigênia) mas o ponto de ônibus, que ficava em frente a Pinheiro Promoções, era o mesmo que eu usava no Barreiro (exatamente igual). Depois eu deveria descer perto dos hospitais e pegar outra lotação.

Quando eu cheguei nesse ponto o 9203 passou e eu encontrei o Leobaldo dentro dele. O Leobaldo foi meu calouro na faculdade e hoje em dia ele trabalhava na TV Alterosa, pertinho de mim e nós já pegamos ônibus juntos umas duas ou três vezes.

terça-feira, agosto 13, 2002

De novo

Cheguei a conclusão que o importante é não levantar da cama antes de lembrar dos sonhos. Mais uma vez sei que sonhei e esqueci absolutamente tudo. Para não perder a viagem vou fazer um levantamento de alguns temas recorrentes nesse blog.

Trabalho: é incrível como eu sonho com trabalho. Deve ser disparado o mais recorrente entre os assuntos.

Estradas e ônibus: também costumo "viajar" nos meus sonhos. Estradas largas, estradas estreitas, viagens rápidas, perigosas, boas, ruins. O mais interessante é que quase sempre estou em um ônibus. Carros são raríssimos nos meus sonhos. Claro que isso é reflexo do hábito. Quem manda não ter carro, não é mesmo?

Conhecidos: evidentemente minha mãe e o Kenji são figurinhas frequentes, mas amigos e familiares também estão por aí. Nesse blog: meu pai, minha irmã, Almindo, Max, Artur, Rosi, Mônica, Marcelo, Míriam, primos, primas, tias e os Shikidas Cláudio, S. Jorge e D. Zezé. Interessante também quando algumas pessoas que eu não vejo há muito, muito, tempo também aparecem. Acho que é uma forma da cabeça resgatar pessoas e sentimentos legais. Serve inclusive para matar saudade.

Personalidades: eu devo ser a pessoa mais influenciada pela mídia que eu conheço. É incrível como sonho com ator, atriz, cantor, qualquer ser humano que tenha algum destaque, se transforma em símbolo para mim. Exemplo: falei em novela, (ontem) aparece a Regina Duarte e o Antônio Fagundes. Um casal que é a "cara" da novelas da Globo, não tem jeito. Mas o melhor de todos foi o Guimarães Rosa. Pelo menos uma vez sonhar com uma personalidade foi um verdadeiro presente para mim.

segunda-feira, agosto 12, 2002

12 de agosto, madrugada de domingo para segunda-feira

Novela e Viagem

Sonhei que tinha uma idéia genial para o enredo de uma novela. (Não me lembro qual foi). Procurei então a Regina Duarte e o Antônio Fagundes para apresentar a idéia e saber se eles a consideravam viável. Minha preocupação, eu expus aos dois, não era escrever a história central, mas as tramas parelelas. Tinha receio de não conseguir manter o ritmo da novela e a relação entre os personagens centrais e os secundários.

Ambos gostaram da idéia e me aconselharam ir para São Paulo apresenta-la à Rede Globo. Como eu tinha que ir a São Paulo para fazer um exame de sange (hoje, realmente, eu fiz um exame) achei a idéia boa.

Na viagem para São Paulo estávamos: eu, Mônica e Rosiane. No sonho, a viagem era rápida e o ônibus passava por estradas largas e bem asfaltadas. Chegando em São Paulo fomos parar num lugar cheio de casas, como um condomínio, todas pintadas de vinho muito forte e ornamentadas com vasos cheios de plantinhas muito verdes. Nesse lugar eu iria fazer o exame, mas à noite esse mesmo local transformava-se no point da música eletrônica e nós ficaríamos por lá. Inclusive, o amigo Bobs da Rosi também estava lá.

Eu não sabia como levar a idéia da novela para Globo, então eu liguei para o Rodrigo (que faz a assessoria de imprensa da FEMOCC - Feira de Móveis de Carmo do Cajuru e Região, para a Pinheiro, em Divinópolis/MG) porque, de alguma forma, eu sabia que ele tinha essa informação para mim.

A última imagem que eu tenho somos nós (eu, Mônica, Rosi e Bobs) sentados numa mesa no meio das casas vinho e eu falando com o Rodrigo pelo telefone.

sexta-feira, agosto 09, 2002

09 de agosto, madrugada de quinta para sexa-feira

Memória e Consciência

Mais uma noite que eu sei que sonhei mas não consigo me lembrar o quê exatamente. Provavelmente a minha memória, ou meu inconsciente, querem me pregar uma peça. Será?


quinta-feira, agosto 08, 2002

08 de agosto, madrugada de quarta para quinta-feira

No Dreams

Não consigo me lembrar de nenhum sonho dessa noite. Mas acho que sonhei com meu pai.



Pablo Picasso. Sleeping Peasants. 1919.
Tempera, watercolor and pencil on paper, 12 1/4 x 19 1/4" (41.1 x 48.9 cm).
The Museum of Modern Art, New York.

quarta-feira, agosto 07, 2002

07 de agosto, madrugada de terça para quarta-feira

Kenji

Sonhei que estava levando o Kenji ao médico. Ele estava debilitado, com febre e eu estava preocupada. Fomos para um hospital muito parecido com um que eu frequentava em São Paulo, quando criança. Antes de chegar no ambulatório, é necessário passar por um quintal muito grande e cheio de árvores.

O Kenji foi atendido por uma médica que já me atendeu no Semper e nessa oportunidade me tratou muito mal. O Kenji entrou sozinho e eu só percebi que era a tal mulher quando ele saiu do consultório. Quando eu a vi tive certeza que atendimento havia sido ruim e a cara do Kenji também não era das melhores. Eu senti uma raiva tremenda e o sonho acabou na hora que eu estava pensando em pular no pescoço da tal médica.

Ribeirão Preto

Depois disso sonhei que eu estava visitando a casa onde meu pai morou, em Ribeirão Preto, quando eu tinha 11, 12 anos. Cheguei no lugar sozinha, ninguém morava na casa e os móveis ainda estavam lá, como se estivessem ficado por lá durante esses anos. Passei por cada cômodo e fiquei emocionada com as lembranças. A casa do sonho era, na verdade, um pouco diferente da casa real, mas algumas peças eram perfeitas como a luminária da Dora em estilo japonês, o sofá e o tapete verdes que formavam um conjunto.

terça-feira, agosto 06, 2002

Show

06 de agosto, madrugada de segunda para terça-feira

Eu e o Kenji estávamos indo a uma boate assistir um show. Não sei quem eram os outros artistas, mas o Herbert Vianna estava entre eles e com certeza seriam várias apresentações. Estávamos animados e eu sabia que o "investimento" tinha sido alto. Quer dizer, o ingresso caro.

O Marcelo Belico trabalhava nessa boate e nos recebeu naquele dia. Ele era uma espécie de Promoter. O lugar era como uma arquibancada chique: as mesinhas ficavam em níveis diferentes e o palco em baixo. O Marcelo nos levou até uma mesinha para duas pessoas no alto. O sonho acabou antes do show começar.

sexta-feira, agosto 02, 2002

Quase um pesadelo

02 de agosto, madrugada de quinta para sexta-feira

Sonhei que estava trabalhando o dia inteiro em uma associação que foi parceira da Pinheiro num dos eventos que nós realizamos. Durante o sonho eu estava trabalhando diretamente com o presidente dessa Associação e com uma jornalista que trabalha lá. Não me lembro de detalhes, porém estávamos trabalhando bastante e não estava relacionado com um evento não.

Quando estávamos indo embora, o presidente me ofereceu carona. Descemos até a garagem do prédio onde estávamos, eu fiquei um pouco atrás do presidente e de repente eu vejo no chão: um sapo marrom muito nojento. Imediatamente o sapo pula na direção da minha cabeça e do meu cabelo. Eu começo a gritar e chacoalhar a cabeça em total desespero. O sonho acaba aqui.

Para quem não sabe, eu tenho total e absoluto pavor de sapos, rãs, pererecas, afins e suas perninhas saltitantes.

quinta-feira, agosto 01, 2002

Tempo

01 de agosto, madrugada de quarta para quinta-feira

Sonhei que estava conversando com a Miriam do Fórum Mineiro de Saúde Mental. Eu mostrava para ela um álbum de retrato muito interessante: eram fotos minhas, da minha infância especificamente, e o álbum em si era um peça de plástico que lembrava um fusca de brinquedo cor de rosa. Mostrava o álbum com muita empolgação porque era uma peça feita com minhas próprias mãos.

Enquanto eu mostrava as fotos para Miriam, comecei a prestar atenção nelas: lá estavam meus primos, meus tios e algumas fotos parecidas com algumas que eu realmente tenho em casa. Numa delas eu estava com a minha mãe. O mais interessante é que na mesma foto a minha mãe aparece duas vezes em períodos diferentes da vida dela. Eu presto atenção nessa foto e observo como o tempo foi modificando a minha mãe.

Em outra foto estou com meus primos, ainda criança e a minha irmã também está na foto. Quando eu reparo isso, penso: “olha, as pessoas sabiam que eu tinha uma irmã, mas só me contaram depois de adulta” (desprezando completamente o fato que a minha irmã não poderia estar naquela foto já que ela tem hoje oito anos e na foto eu estou mais nova que isso).

Depois que eu analisei as fotos com a Miriam, o Kenji chegou trazendo uma torta sorvete de banana simplesmente enorme. Eu tinha certeza que o sabor da torta era banana mesmo e isso realmente me agradou. A torta era retangular, mas nas pontas tinha uma borda recheada que fazia com que ela ficasse maior ainda. Nós três estávamos indo comer a torta quando o sonho acabou.

É curioso como o tempo cronológico foi subvertido para que as imagens surgissem. Aliás, esse sonho tem elementos muito interessantes, realmente importantes para mim. Vou guarda-lo com muito carinho e cuidado.