domingo, março 05, 2006

Dia 14 - Ponto Final

Pois é, Totoro, ontem assistimos, eu e Mônica, o Match Point
do Woody Allen.
Não que o filme seja ruim, mas eu esperava mais.
Ele se arrasta até os últimos 30 minutos que são excelentes. Mas eu não sei se um filme regular dois terços do tempo e ótimo no final deve ser considerado bom.
E muito cá entre nós, achei a atuação da Scarlett Johansson fraquinha e eu habitualmente gosto dela nos filmes.

Na verdade o mais divertido foi jogar conversa fora com a Mônica por horas a fio. Isso é bom. Aliás, nossos diálogos são melhores, mais divertidos, que os do Woody Allen.

PS - Também assisti ontem, na tv, Aos treze. Gostei do filme, porque é tipo um Kids mas sem a apelação e levanta as questões direitinho, os perigos e tal.
Ele me convenceu que a apelação não é necessária mesmo. Não adianta me dizer 'oh, mas o Kids mostra a crueza da realidade, por isso ele é mais legal'.
Mostra nada, realidade é realidade, filme é filme, é construção, é narrativa, é discurso.
Aos treze faz o que se propõe, coloca uma discussão em pauta.
Agora teve um aspecto que me chamou a atenção no filme que foi o "quando você vai perceber o óbvio".
Como é difícil enxergar que uma situação mudou, mesmo que você esteja em frente a ela, de olhos abertos e atentos.
E é verdade, a gente simplesmente não vê que a filha usa droga, que o pai não quer saber, que o namorado trai com a melhor amiga.
Óbvio que é só somar 2 mais 2, mas ninguém o faz. É preciso uma coragem quase sobre-humana para fazê-lo.
Mesmo sendo a coisa mais evidente do mundo.
Acho que faz parte da natureza humana isso. Uma espécie de instinto de preservação, que nos impede de ver o que a nossa cabeça ainda não consegue aceitar.

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