sexta-feira, março 04, 2005

A última sessão de cinema

Os filmes que ganhariam o Oscar 2005 de melhor filme, se eu fosse Deus e matasse todos os membros da Academia:

Código 46
Excelente ficção científica, de uma sutileza estarrecedora e pior: verossímil. A mais inteligente versão de 1984 (sim, esse filme é uma adaptação de 1984, não duvide). Atores excelentes. Imperdível. Uma pena que poucas pessoas tenham reparado nesse filme.

Mar Adentro
Pelo amor de Deus, não comparem esse filme com Menina de Ouro. Não estou tirando o mérito do grande vencedor do Oscar 2005 com os membros da Academia vivos, mas vejam bem, são duas coisas completamente diferentes. Menina de Ouro conta competentemente uma história. Mar Adentro é um filme poético. Os mais belos momentos de Mar Adentro são aqueles que o filme, o ator, a narrativa ultrapassam a condição de tetraplégico entrevado querendo morrer e mostram como aquele ser humano é capaz, complexo, sensível, inteligente, assim como os seres humanos costumam (ou deveriam) ser. Eu comecei a chorar na cena do vôo e só parei 30 minutos depois que o filme já tinha acabado. Impossível não mencionar: O Javier Bardem é estupendo. Lindo, lindo, lindo e um ator competentíssimo. Sonho de consumo.

Closer
Valeu a pena esperar. Como valeu. Mike Nichols demorou décadas para voltar a filmar, mas filmou com maestria. Perfeito. Diálogos perfeitos, atores perfeitos. O filme tem quatro atores. Só, exclusivamente, quatro rostos o filme inteiro e quando acaba você pede mais. Quatro personagens-protótipos e nenhum, em nenhum momento, caricatural. Não quero ser repetitiva, então vou falar só mais uma vez: perfeito. Dica: se você é mulher e mora em BH, destaque para o personagem de Jude Law. Você reconhecerá facilmente os traços da intrigante personalidade do nosso mais comum tipinho masculino que lotam nossas ruas, barzinhos e boates. Risível.


Olha isso...

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