segunda-feira, janeiro 24, 2005

Quem tem medo de Virgínia Woolf??

Encontrei assunto para esse abandonado blog e agora pretendo esgotá-lo. Vamos lá.


Mulher Gato (DVD)

Não assista. Você não viu no cinema? Sorte sua, não pegue nem em DVD. O filme é todo ruim. A edição é ruim, os efeitos especiais são ruins, a fotografia é ruim. O único vilão respeitável do filme é o diretor. Ele não soube diferenciar a Mulher-Gato da Mulher-Lagartixa. Quase um crime. Além disso o enredo é ridículo e a direção de atores é péssima. Aliás, acredito que a Halle Barry nem tenha tanta culpa, foi mal dirigida mesmo. Por outro lado, bons atores costumam ser bons atores, mesmo mal dirigidos. Bem, o que eu estou querendo dizer com toda essa insistência? Simples: não assista.


Dirty Dancing (Telecine Emotion)

Um verdadeiro clássico da cinematografia mundial, não é mesmo? Ironias à parte, rever o filme foi interessante.
Eu tenho uma teoria sobre o seu sucesso: ele tem, intencionalmente, o objetivo de alavancar a auto-estima da mulher, ou melhor, das mocinhas adolescentes. Como?

Estratégia 1: A mocinha do filme é feia. Ela tem um nariz gigante, quase não tem boca e seu cabelo é ruim. Pronto: ela é exatamente como nós, pelo menos em algum defeito.

Estratégia 2: Coloque o Patrick Swayze para dizer ao seu ouvido: ó, tadinho de mim, eu sou pobre, ignorante, e aquelas mulheres malvadas abusam do meu corpão. Você cuida de mim? Ok, ok, nem a Hannah Arendt resistiria....

Estratégia 3: A mocinha dá pro mocinho e naaaaada de ruim acontece. O que eu quero dizer: ela assume a relação e encara o pai. Ela tem força moral, para dizer, é, dei mesmo, e daí? Antes ser honesta do que virgem! Ela é inteligente! Convenhamos, isso foge do padrão hollywoodiano e encanta qualquer mocinha sonhadora com mais de dois neurônios. Sem contar que hoje, em 2005, nos Estado Unidos falso-moralista do Bush, isso tudo é quase ofensa.

Estratégia 4: Coloque tudo no liquidificador e tempere com músicas/danças sensuais e uma mela-cueca grudenta:
Now I've had the time of my life
No I never felt like this before
Yes, I swear it's the truth
And I owe it all to you


Voilá! Um sucesso tremendo e uma pitada de feminismo de buteco que não faz mal a ninguém!


A sem-gracinha conquista o bonitão por meio de sua inteligência e sentido ético: é, não se fazem mais filmes como antigamente...

Amanhã (ou em um futuro próximo): Livro e pizza.



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