quarta-feira, março 03, 2004

Poesia e Companhia

Essa noite eu sonhei com a Camilitcha Descontrol!
Nós conversávamos sobre poesia....

Poemetos – Paulo Leminski

I
É quando a vida vase
É quando como quase.
Ou não, quem sabe.

V
apagar-me
diluir-me
desmanchar-me
até que depois
de mim
de nós
de tudo
não reste mais
que o charme

VIII
nunca quis ser freguês distinto
pedindo isso e aquilo
vinho tinto
vinho tinto
obrigado
hasta la vista

queria entrar
com os dois pés
no peito dos porteiros
dizendo pro espelho
— cala a boca
e pro relógio
— abaixo os ponteiros

IX
nem toda hora
é obra
nem toda obra
é prima
algumas são mães
outras irmãs
algumas
clima




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