quarta-feira, fevereiro 22, 2006


Dia 4 - o ó do ócio


Aí você fica com mais tempo, e o que vai fazer com ele?
O óbvio, nada que preste.
Até televisão aberta eu assisti ontem.
Peguei um pedaço de O Observatório da Imprensa, aquele programa da TV Cultura com o Alberto Dines, aliás, tadinho,
cada vez mais parecido com o Tutan Kamon, depois de mumificado.
Nesse programa fiquei sabendo que as escolas de samba do Rio estão vendendo os seus sambas enredos.
Quer dizer, vendendo não, veja bem, estão angariando patrocinadores para os mesmos, uma coisa completamente diferente.
Nessa brincadeira a 'Vila Isabel' desclassificou o samba enredo composto pelo Martinho...*da Vila* porque não estava de acordo
com os interesses do patrocinador.
Tem cabimento? Imagina só, daqui alguns anos, os sambas enredos:
Portela: 'Mais que o possível' - patrocinador Banco Real
Beija Flor: 'Amo muito tudo isso' - Mac Donald's
Vem aí, patrociada pelas Casas Bahia, a Mangueira, com o samba-enredo: "Quer pagar quanto?"
Olha que eu já achava um saco aqueles sambas invariavelmente sobre o período colonial brasileiro, pretexto básico para colocar índia pelada, homem com roupa dourada e peruca branca, ou então, vestido de bandeirante. Façam-me o favor...

Antes disso eu ainda tentei assistir Big Brother, mas não dei conta. O que é aquilo? Um senhor já, carequinha, de barriga, carregando uma vassoura e uma pá de lixo pra baixo e pra cima, um povo com pinta de 'profissional do sexo' dentro de uma banheira de hidromassagem, o que significa aquilo?
Juro, parece cenário de filme pornô. Assustador.
Eu vou é tocar pandeiro.

Nenhum comentário: