quinta-feira, outubro 30, 2003

A Flor do Meu Segredo

Essa noite a minha professora de Economia da Informação transformou-se em minha ginecologista. Um dado interessante é que durante a consulta ela ficava em pé, gesticulando muito, conforme são suas aulas.
Aliás, hoje é dia de consulta. Ai, ai.





terça-feira, outubro 28, 2003

Uma aventura na África

Essa noite tive um sonho bacana. Estava assistindo Globo Esporte e apareceu uma reportagem falando sobre uma viagem que a Mariana e o Biochico estavam fazendo pelo interior de Minas. Eles tinham alugado um jipe enorme, azul, e saíram desbravando Minas, numas cidades com nomes esquisitos (não lembro de nenhum nome, mas eram estranhos...)

Pois é, estou com saudade desse povo. Mari, melhorou?





segunda-feira, outubro 27, 2003

Murder

Sonhei que estava batendo no meu chefe. E pior, que estava com uma vontade imensa de esganá-lo.





sábado, outubro 25, 2003

No Paraíso do Havaí

O Dri comemorou o aniversário dele ontem, no maior estilo havaiano. Juntou um povo muito bom. Meio esquisitos, é verdade, no primeiro passar dos olhos. Mas no fundo, tudo boa gente, procurando o colo dos velhos amigos, um copo da bebida preferida e rir até a barriga doer.

Ah, os bons e velhos amigos...





sexta-feira, outubro 24, 2003

Smoking / No Smoking

De vez em quando eu tenho uma vontade louca de fumar. Quando eu tenho essa vontade às vezes eu penso: puta que pariu, são mais de três anos sem fumar, mesmo assim ainda tenho uma vontade danada. Ela vai continuar aparecendo para o resto da minha vida e mais cedo ou mais tarde, eu vou acabar voltando...
Sabe o que eu descobri? Descobri que esse pensamento só dificulta a minha decisão de não fumar naquele momento. O melhor antídoto para ele é pensar: Bom, como o resto da minha vida ainda está distante, é melhor eu arrumar um jeito de não fumar agora.
E assim, superando cada vontade, em cada momento que ela aparece, eu vou garantindo uma vida sem cigarros.

O próximo desafio é levar essa lógica para o resto.




quinta-feira, outubro 23, 2003

The Commitments

Ontem a banda Dejà Blue fez seu début no Festival de bandas da TIM. Foi só uma música, mas a galera mostrou a que veio. Raquel, Cavanha, Zeferino, Juliano e o Mr. Kenji fizeram bonito. Não ganharam porque rolou a maior marmelada. Ok, exagerei um pouquinho. O fato é que foi bom, muito bom. Parabéns, Galera. Parabéns, Kenji. Agora, aguardamos um show maior...



Robocop

As coisas estão saindo do controle. No meu sonho dessa noite eu morava em uma casa onde só existiam policiais. Algumas caras, inclusive, eram conhecidas, de reportagens que eu fiz pouco tempo atrás.

Tudo era muito misturado. Os outros moradores da casa eram da mesma família e da mesma corporação. As duas instituições (família e polícia), na verdade, eram a mesma coisa no sonho, não fazia muito sentido diferenciá-las. A minha presença na casa também era meio dúbia. Ali era meu espaço de trabalho e de descanso ao mesmo tempo. Eu também sabia que não fazia parte da família, que eu estava ali temporariamente. Pelo menos isso.



quarta-feira, outubro 22, 2003

Short Cuts

Sonhei que estava cobrindo um evento para a revista com a presença do governador Aécio Neves. Enquanto o mesmo chegava, alguém comenta que ele está muito doente e pode até morrer em breve. Ele passa por mim, eu reparo o ar cansado e penso: “é, parece mesmo doente.”

Uma péssima maneira de começar um dia de trabalho:
Luiz Eduardo Soares pede demissão

Frase extraída do texto “Rosto”, de Emmanuel Levinas, indicação de leitura do meu professor de filosofia:
“A ética não aparece como suplemento de uma base existencial prévia; é na ética entendida como responsabilidade que se dá o próprio nó do subjetivo. A subjetividade não é um para si: ela é, mais uma vez, inicialmente para o outro.”

Ética? Nó do subjetivo?? Gente, tem dó...





segunda-feira, outubro 20, 2003

Se meu apartamento falasse

No meu sonho dessa noite eu tinha alugado um apartamento e iria morar sozinha. Ele ficava no bairro floresta. Eu e o Kenji estávamos caminhando para lá com o intuito de iniciar a mudança. Encontramos o Paulinho (que esteve ontem na casa do Kenji) no viaduto de Santa Tereza e na conversa, descobrimos que seríamos vizinhos. O Paulinho morava no apartamento em cima do meu. Cheguei a pensar: “que bom, terei com quem conversar”.

O prédio lembrava muito uma casa de dois andares e era de tijolos vermelhos. Entramos no apartamento (só eu e o Kenji, o Paulinho ficou para trás) e ele estava todo mobiliado. Eu fiquei pensando se havia alugado daquele jeito ou não e o onde colocar as minhas coisas.

Um detalhe interessante é que tudo era pequeno no apartamento. O pé direito, os cômodos, as mesas e cadeiras, tudo era baixinho e pequenininho. O Kenji chegou a comentar sorrindo: “mas é tudo tão pequeno!”.

Na sala, havia vários bibelôs e um relógio antigo, algumas imagens de santos e crucifixos também. Eu pensava se poderia ou não jogar aquilo tudo fora, uma vez que apartamento era alugado, porque pretendia fazer uma outra decoração, bem mais clean.

Blowup

Sábado estivemos na Up! Uma boate ali na Savassi. Naquele ambiente, estava rolando um profundo respeito pelas opções individuais. E sem aquela onda “ó, vamos respeitar...”, tratava-se de uma premissa absolutamente interiorizada. Até os dois casais de popozudas e popozudos sentiram-se à vontade para se divertir da maneira mais conveniente para eles. Mesmo que isso envolvesse a mocinha subir em cima do sofá e dançar com a bunda na cara do seu namorado. Tudo bem, a gente entendeu. A gente já sabe que toda forma de amor vale a pena.




sábado, outubro 18, 2003

O Anjo Exterminador

Mais uma noite com sonhos esquisitos, imagens misturando preocupações distintas.

Depois um outro sonho, mas esse eu não conto não, he he.






sexta-feira, outubro 17, 2003

A Grande Arte

Essa noite o Walter Salles estava me dando aula de “antropologia e cinema”. Na sala, algumas pessoas conhecidas de graduação e da pós. Lá estavam, dos meus tempos de FAFICH, a, Clarice, o Sandro e a Bel (esses dois últimos, inclusive, trabalham com cinema hoje). A Marisa, minha colega da especialização também estava na sala.

No final da aula, ele começou a falar de um concurso, que a turma poderia produzir algum material para concorrer. O pessoal ficou empolgadíssimo, mas eu me desinteressei. Fui para a janela e pensei com meus botões:
É, não está adiantando nada fazer uma especialização, eu tenho é que correr atrás de outra graduação porque a comunicação em si não me atrai tanto. Se eu estudo “antropologia e comunicação” ou “filosofia e comunicação”, as discussões antropológicas e filosóficas me interessam muito mais.

Isso eu pensei no sonho.

Será?




quinta-feira, outubro 16, 2003

Um cão andaluz

As poucas horas de sono criaram algumas imagens desconexas ligadas a uma pesquisa de opinião, o estatuto do desarmamento e uma reunião da equipe “estratégica”.

A filosofia de Alcova

Frases retiradas da 2a aula de filosofia:

Sujeito: o indivíduo com autonomia. O indivíduo capaz de fazer escolhas.
O homem definiu-se como sujeito no sec XVIII.
A mulher realiza o mesmo feito na segunda metade do sec XX.

Saber: dar forma ao conteúdo do vivido.

Tolerância: aceitar tudo aquilo que não foi escolhido. Acolher as diferenças é difícil.

A tirania da intimidade: onde você estava? Com quem? O que você estava fazendo?

O lugar da tirania da intimidade: Belo Horizonte.

Ócio: tempo interno
Negócio: a negação do ócio, do tempo para você.

Eterno: o agora do meu tempo. Eu eternizo um por do sol, esquecendo-me do passado e do futuro.

Sentido: aquilo que o sujeito atribui às coisas.

Os seres nascem sós, sofrem sós e morrem sós.

Só isso.


Platão e Aristóteles, por Rafael



quarta-feira, outubro 15, 2003

The Truth About Cats & Dogs

Manter um bichinho de estimação sempre é bom. Mas a relação muda de bicho para bicho. Quem procura interação, por exemplo, não vai ter um peixe (mesmo que há peixes e peixes...). Eu tenho uma gata e um cachorro, em casas diferentes. As diferenças são incríveis.

O cachorro quer que você brinque com ele. O gato quer brincar com você.

Quando você briga com seu cachorro ele sofre, porque quer agradar sempre. Quando você briga com o gato ele também sofre, porque a brincadeira o agradava.

O cachorro tem prazer em comer. O gato tem prazer em caçar. Você enche a tigela do cachorro ele vai, todo feliz, devorar a refeição. O gato não. Ele se esconde, pula, fixa o olhar na “presa”, caminha como um verdadeiro leopardo, tudo isso para pegar um pouco de mamão amassado no potinho.

O rabo do cachorro é uma ferramenta de equilíbrio. Para o gato, é quase um computador, serve para equilibrar, entreter, comunicar, bater e até chantagear. Toda vez que você tentar fechar uma porta, ele deixa o rabinho para ver se rola uma peninha.

O cãozinho vai passar a vida inteira tentando entender o que você diz a ele. Com o tempo a gente até se espanta com a capacidade de compreensão de um cachorro adulto. Já o gato passa a vida tentando se fazer entender por você. Ele cria miados dos mais variados, responde a estímulo com miados totalmente específicos. Tudo para que um dia, você em toda a sua ignorância de não-felino, consiga compreender, e realizar evidentemente, os desejos do seu gato.

As demonstrações de carinho também variam. Por menor e delicado que um cachorro seja, ele sempre vai lamber e babar em você mais do que o necessário. Um gato é mais cuidadoso e sutil. Muitas vezes ele chega, dá uma lambidinha no seu rosto e vai embora. Você ganha o dia.

Mas cuidado para não confundir: muitas vezes o gato não pretende ser amigável quando lambe. Ele quer limpá-lo mesmo. Aliás, os bichanos são asseados como um cão jamais será.

A alegria do cão é externa, facilmente perceptível, pela boca aberta, os olhos vivos e o abanar do rabo. Um gato feliz deita por perto e, no máximo, ronrona baixinho.

O cão é bicho disponível, sempre vai estar ali para o que der vier. O gato tem seus humores, seus momentos. E se você não gosta de mordidas ou unhadas, é melhor respeitá-los.

A semelhança, entretanto, é que os animais (e quem nunca se relacionou com um que atire a primeira pedra) se apegam aos seus “provedores”, já que dono é uma palavra muito dura para uma relação tão afetiva, de uma maneira sincera, explícita e deliciosa.

Portanto, se você tem um cachorro ou um gato (ou um pássaro, um coelho, um iguana...) cuide bem dele. Ele merece.

Ah sim, relendo o texto...bem, eu também percebi. Nós somos realmente como cães e gatos






terça-feira, outubro 14, 2003

It’s all true

Outro dia, acho que foi anteontem, sonhei que o Sapujo e Sassá (o Rafael) trabalhavam juntos e me convidaram para trabalhar num projeto. Quem conversou comigo no sonho foi o Sapujo. Era uma espécie de periódico, não sei se jornal, site, revista...com várias matérias no interior de Minas.
Eu agradeci o convite, mas disse que esse negócio de ficar viajando era meio complicado e que eu já tinha aprendido que encarar uma publicação sozinha, com um único jornalista, era muito difícil.

Convenhamos, será que o meu inconsciente me considera burra? Por que ele é tão evidente? Podia colocar umas imagens, uns textos mais sutis, não?
Meu inconsciente virou roteirista de Hollywood! Eles é que fazem questão de explicar tudo nos mínimos detalhes...



Banquete de Casamento

Eu e o Kenji seremos padrinhos de casamento em 2004.






domingo, outubro 12, 2003

O grande samba disperso

Cale-se. O pensamento é um fútil pássaro. Toda razão é medíocre. Viver é respirar; pensar já é morrer. Só Deus é dono de todas as simultaneidades. Só há um diálogo verdadeiro: o do silêncio e da voz. Se quer dizer alguma coisa, diga por exemplo:...Em minha alma se abriu, esta hora, um golfo de Guiné...

Guimarães Rosa





quinta-feira, outubro 09, 2003

Rebel Without a Cause

Você descobre que não tem mais 20 anos quando:

Sua pele seca.

Uma boa noite de sono já não resolve todos os seus problemas.

Você não encontra todos os seus amigos, todos os dias.

Os horários de eventos culturais ligados a cinema, vídeo, literatura, música (incluindo shows gratuitos) e dança são absolutamente incompatíveis com os seus.

Os seus hábitos alimentares passam a ser uma preocupação sua.

Você pára de enganar sua mãe e passa a enganar a si próprio.

Nada na sua vida pessoal ou profissional tem mais ou menos três meses.

Você não se surpreende quando alguém que nunca faria isso vai lá e faz.

As aulas do Fábio Martins ficam menos engraçadas.

Os princípios passam a ser mais importantes que a inteligência.

Fica mais fácil aceitar os nãos da vida.

A sua opinião, os seus princípios, a sua visão de mundo, a sua postura diante da vida, já não são as únicas coisas que importam na hora de tomar uma decisão.

Nenhuma história de vida lhe parece sem graça ou inútil.


Safiya, uma das várias nigerianas condenadas ao apedrejamento por adultério





quarta-feira, outubro 08, 2003

Alta Tensão

Essa noite eu sonhei que tinha terminado a especialização e começado um novo curso logo em seguida, de Administração Pública. Ao final dessa nova pós eu poderia fazer uma prova e ingressar na carreira militar como tenente.
Assisti à primeira aula e achei péssima, além disso 90% da minha turma era constituída de soldados e sargentos (interessados em se tornar oficiais).
Saí da aula desanimada pensando se era aquilo mesmo que eu queria para minha vida. Aí aparece o Antônio Alves e me diz que eu deveria continuar, que eu teria estabilidade no emprego e passaria facilmente na tal prova para tenente. A única frase que martelava na minha cabeça:

- Militar? EU??

Fui pegar o elevador para ir embora. Estava louca para voltar para casa. Quando eu chego no térreo, percebo que tinha esquecida minha pasta na sala. Volto, tento pegar elevador outra vez, ele está cheio. A cena do elevador se repete algumas vezes e aquilo me angustia porque eu não consigo sair do lugar.

Bem, como diria o Kenji:
Como meus sonhos são óbvios!




terça-feira, outubro 07, 2003

Big, quero ser grande

Como já foi dito em vários blogs, quanto mais agitada sua vida, mais parado fica seu blog. Então, vamos colocar a conversa em dia nesse post gigantesco que tem de tudo menos sonhos.

Primeiro e mais importante

Para Vanessa e Joana

Mãe

Existirem mães,
Isso é um caso sério.
Afirmam que a mãe
Atrapalha tudo,
É fato, ela prende
Os erros da gente,
E era bem melhor
Não existir mãe.
Mas em todo o caso
Quando a vida está
Mais dura, mais vida,
Ninguém como a mãe
Pra agüentar a gente
Escondendo a cara
Entre os joelhos dela.
- O que você tem?...
Ela bem sabe que sabe
Porém a pergunta
É para disfarçar.
Você mente muito
Ela faz que aceita,
E a desgraça vira
Mistério para dois.
Não vê que uma amante
Nem outra mulher
Entende a verdade
Que a gente confessa
Por trás das mentiras!
Só mesmo uma mãe...
Só mesmo essa dona
Que apesar de ter
A cara raivosa
Do filho entre os seios
Marcando-lhe a carne,
Sentindo-lhe os cheiros,
Permanece virgem,
E o filho também...
Oh virgens, perdei-vos,
Pra terdes direito
A essa virgindade,
Que só as mães têm!

Mário de Andrade

Aula de Planejamento

O professor me ensinou:
os seres humanos são sistemas abertos
porque apresentam várias entradas e várias saídas.
Nos sistemas abertos e, portanto, nos seres humanos
A informação pode chegar pelas saídas e sair pelas entradas.
Também como um sistema aberto, os seres humanos
Não envelhecem:
Eles se atualizam.

Aula de filosofia

Outro professor:

“Crise moral: o momento em que, a partir de mudanças radicais, na nossa experiência cotidiana, os valores que regiam nossa vida tornam-se problemáticos

“Paradoxo do altruísmo: só pensar no outro inviabiliza um agrupamento humano, pois ninguém tomaria a atitude de nada”

“Se burro soubesse a força da manada, ninguém comia bife”

“– A cachaça matou meu marido.
– Minha senhora, o seu marido é que matou a cachaça!”